O uso de protetores solares começou a se popularizar nos anos cinquenta, mas pesquisas recentes mostram que grande parte da população não aplica corretamente. Estudos em São Paulo indicam que apenas 30% dos brasileiros aplicam a quantidade ideal de produto, cerca de dois mg por cm² de pele.
Além disso, fatores como suor intenso, natação ou exposição prolongada ao sol exigem reaplicações frequentes para manter a eficácia, algo que muitos desconhecem.
Quais hábitos reduzem a eficácia do protetor solar?
Alguns hábitos comprometem a proteção solar, incluindo:
- Aplicar o protetor apenas uma vez ao dia, ignorando reaplicações a cada duas ou três horas.
- Usar quantidade inferior à recomendada, cobrindo apenas áreas visíveis.
- Misturar o produto com cosméticos, perfumes ou maquiagem que podem alterar a fórmula.
- Armazenar o protetor em locais quentes, diminuindo estabilidade química.
Esses comportamentos, mesmo que discretos, diminuem a proteção e aumentam riscos de lesões cutâneas.
Como escolher o protetor solar adequado?
Dermatologistas indicam optar por produtos com amplo espectro de proteção (UVA e UVB) e fator de proteção solar (FPS) compatível com o tipo de pele e intensidade da exposição solar.
Além disso, é essencial verificar validade, textura e formulação. Para pele oleosa, opções oil-free são indicadas, enquanto peles secas se beneficiam de fórmulas hidratantes. Marcas internacionais, como as fabricadas nos Estados Unidos, seguem padrões rigorosos de testes, garantindo maior confiabilidade.
Quem deve ter atenção redobrada ao usar protetor solar?
Pessoas com histórico de queimaduras solares, manchas, melasma ou câncer de pele devem redobrar atenção. Crianças, idosos e indivíduos que trabalham ao ar livre, como jardineiros ou atletas, também necessitam de reaplicações constantes e produtos resistentes à água.
Além disso, moradores de cidades com alta incidência solar, como Fortaleza, precisam manter rotina diária de proteção, evitando exposição nos horários de pico do sol.
Quais mitos cercam o uso do protetor solar?
Um equívoco comum é acreditar que maquiagem com FPS substitui o protetor. Na prática, a cobertura é insuficiente e a reaplicação é difícil. Outro mito é usar protetor apenas em dias de sol intenso; raios UV atravessam nuvens e vidros, tornando a aplicação diária necessária.
Também se engana quem acredita que aplicar protetor solar antes da exposição garante proteção total. A quantidade, reaplicação e correta distribuição na pele são determinantes para eficácia.
Qual é o impacto do uso incorreto do protetor solar?
O uso inadequado aumenta risco de queimaduras, envelhecimento precoce, manchas e câncer de pele. Estudos mostram que a maioria dos casos de melanoma está relacionada a exposição solar acumulada sem proteção adequada.
Reaplicar, usar quantidade suficiente e escolher produto compatível com a pele são práticas que reduzem significativamente esses riscos, promovendo saúde cutânea a longo prazo.
O que podemos aprender com o uso correto do protetor solar?
O cuidado diário com o protetor solar vai além de estética: é questão de saúde. Aplicar corretamente, reaplicar e escolher produto adequado garante proteção eficaz contra raios UVA e UVB, prevenindo danos cutâneos.
Pequenas mudanças na rotina, como manter o protetor em temperatura adequada e reforçar aplicação após transpiração ou banho, aumentam a proteção e reduzem riscos de problemas dermatológicos.