Se na vida pessoal Nathalia Dill vive um romance perfeito ao lado do ator Sergio Guizé, em Liberdade, Liberdade, novela das 23h, na Globo, sua personagem, Branca, amarga a angústia de ser trocada por outra mulher. Mas não é o amor perdido que transtornará a moça, e sim o medo de não casar. “O que era a mulher sem o homem naquela época? De que ela valeria sem casar? Ela pensava que tinha que casar de qualquer jeito, senão nada dava certo”, fala a atriz.
Como é o relacionamento com o Sergio agora, que estão em tramas distintas? Vocês trabalhavam juntos na novela Alto Astral…
É o melhor possível. Sou fã do trabalho dele e da novela. A gente conversa muito, toca junto também. Antes de a minha novela começar, já trocávamos impressões sobre tudo. É uma troca artística muito legal.
Na época em que se passa a novela, as mulheres eram consideradas muito inferiores aos homens. Acha que ainda existe muita desigualdade entre homens e mulheres nos dias de hoje?
Não dá para dizer que algum país vive em uma igualdade geral de gêneros. A gente vive os problemas retratados na novela até os dias de hoje. Antigamente, claro, era muito pior. Acho que estamos caminhando para uma igualdade. Um dia a gente pode chegar lá.
Qual é a questão principal de Branca: o amor ou o casamento?
A minha personagem é o contraponto da Joaquina [vivida por Andrea Horta], que é a mulher forte, líder. Mas Branca mostra um ponto muito forte. O que era a mulher sem o homem naquela época? O que acontecia com uma mulher sem o casamento? Ela pensava que tinha que casar de qualquer jeito, senão nada daria certo.
E o preconceito contra a mulher que não casa ainda é muito forte?
Sim, totalmente. Homem com 50 anos e solteiros parecem ainda jovens. Mas mulher… as pessoas olham diferente. Tem gente que ainda pensa que a mulher sem casar é mal-amada. Há ainda um caminho longo pela frente.
Você já se sentiu diminuída em relação a algum homem?
A todo momento. Só o fato de andar à noite na rua e não se sentir plena já é segregação. Ainda vivemos isso.
Você está ruiva. A mudança de cor exige muitos cuidados extras?
Eu tenho que tratar. Muita tintura, porque não pode aparecer a raiz. Ele é um ruivo mais para loiro, porque naquela época a tintura não poderia parecer muito forte. Toda vez que eu vou pintar o cabelo, aproveito para hidratar. Procuro sempre secar naturalmente, só uso secador ou chapinha se o trabalho exigir.
O ruivo do momento!
◗ O vermelho-cereja que vimos em novelas passadas ficou para trás. Os tons atualmente vão mais para o acobreado, um fundo castanho trabalhado com um vermelho discreto.
◗ Há também o “strawberry blonde” (que quer dizer loiro de morango, em inglês), um loiro que flerta com o vermelho, como o de Nathalia.
◗ As mais branquinhas, como ela, podem abusar desse estilo, já que uma tonalidade mais clara combina com esse tipo de pele. Diferente dos tons acobreados, que combinam com praticamente todo mundo!
◗ Quando for à praia ou à piscina, use protetor solar para os cabelos, assim ele não desbotará com tanta facilidade. Tonalizantes
ajudam a reativar a cor.
◗ A tintura deve ser retocada a cada 15 dias (para aquelas que já têm cabelos brancos) ou uma vez no mês pelo menos – tudo vai de acordo com o crescimento do cabelo.
◗ É indispensável hidratar os cabelos, principalmente após a coloração. Ela ajudará a preservar por mais tempo também. Faça hidratação semanalmente em casa mesmo!
◗ Da mesma forma que existe xampu roxo para o cabelo loiro, para os tons ruivos existem xampus específicos, que mantém a cor vibrante.
FONTE: SÉRGIO PASCHOAL, cabeleireiro do Jacques Janine do Shopping Jardim Sul, em São Paulo