O Reino Unido proibiu a exibição de duas imagens de uma campanha publicitária da Zara por considerar que as modelos apresentavam sinais visíveis de magreza extrema. A decisão foi tomada pela Advertising Standards Authority (ASA), órgão regulador de publicidade do país, após denúncias que questionavam o padrão corporal exibido nos anúncios.
A medida reacende o debate sobre os limites da publicidade de moda e a responsabilidade das marcas na promoção de imagens corporais saudáveis e realistas.
Imagens foram consideradas “irresponsáveis”
Segundo o parecer oficial, as imagens vetadas exibiam detalhes considerados problemáticos, como braços extremamente finos, rostos muito magros e ossos proeminentes, especialmente na região das clavículas. A ASA avaliou que os anúncios poderiam passar uma mensagem nociva ao público e reforçar padrões estéticos associados à magreza extrema.
Por isso, determinou que as fotos fossem retiradas de circulação e que não fossem utilizadas novamente em campanhas futuras dentro do território britânico.
Zara acata decisão e promete mudanças
Em resposta, a Zara acolheu a decisão do órgão regulador e afirmou que está comprometida com a responsabilidade em sua comunicação publicitária. A empresa informou que as imagens já foram removidas e que reforçará os critérios de seleção visual em futuras campanhas, com o objetivo de evitar novas controvérsias.
A medida foi vista como um avanço por grupos que combatem a glamorização da magreza extrema na indústria da moda, especialmente diante do impacto que esse tipo de representação pode ter na saúde mental de jovens e adolescentes.
Outras marcas também foram advertidas
A Zara não foi a única gigante do varejo a receber advertência. O órgão britânico também já aplicou sanções a campanhas de outras marcas conhecidas, como Next e Marks & Spencer, com base nos mesmos critérios: uso de imagens que sugerem padrões corporais inatingíveis ou prejudiciais.
As ações fazem parte de um movimento mais amplo dentro da publicidade do Reino Unido, que busca garantir maior responsabilidade social por parte das empresas em relação aos conteúdos que divulgam.
Padrões estéticos sob vigilância
O veto às imagens da Zara se soma a outras iniciativas internacionais que tentam frear o impacto negativo de padrões de beleza irreais promovidos pela indústria da moda. Em vários países, campanhas e legislações vêm sendo criadas para coibir a veiculação de imagens de modelos com aparência fragilizada ou com sinais visíveis de distúrbios alimentares.
Resumo:
A publicidade da Zara foi vetada no Reino Unido após denúncia sobre a magreza extrema das modelos nas imagens. A empresa acatou a decisão e prometeu reforçar o controle sobre suas campanhas. Outras marcas, como Next e Marks & Spencer, também foram advertidas por promover padrões estéticos considerados prejudiciais.
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