Espinhas são mais comuns durante a adolescência, por causa das alterações hormonais que aumentam a oleosidade da pele. “Mas elas podem surgir também em mulheres adultas, e o problema se estender durante toda a vida”, diz a dermatologista Christiana Blattner, de Campinas (SP). E, qualquer fase elas incomodam e fazem a gente se sentir feia… Confira as respostas para as principais dúvidas sobre o assunto, e aprenda a manter sua pele lisinha.
1) O que pode causar as espinhas?
Ih, os motivos são vários… Mas desequilíbrio hormonal e pré-disposição genética para acne são os principais. Outros fatores também interferem, como estresse, uso de medicamentos orais ou tópicos, vitaminas, gravidez e alimentação gordurosa.
2) Como controlar depois que elas já surgiram?
Segundo a médica, as espinhas podem ser tratadas tanto topicamente (passando algum produto na pele) quanto por via oral (dependendo da intensidade do problema). Em casos mais leves, normalmente dá para cuidar da acne com substâncias aplicadas sobre a pele. Os nomes são complicados: alfahidroxiácidos e retinóides, além de produtos com enxofre. Você os encontra em sabonetes, loções, géis e até em filtros solares – é só ler o rótulo para saber. Além disso, é possível fazer peelings e ajudar a secar as lesões. Mas aí o dermatologista que precisa monitorar! Se usar os medicamentos errados, pode até piorar o aspecto da pele…
3) É verdade que tomar pílula deixa a pele livre de espinhas?
Nem sempre. O uso incorreto de anticoncepcionais pode piorar o quadro, pela carga exagerada de hormônios. Anabolizantes, muito recomendados em academias, também fazem um belo estrago.
4) Quando procurar o dermatologista?
Toda alteração de pele deve ser investigada e tratada. Está incomodada? Procure um médico. Em casos mais graves de acne,
pode ser preciso tomar remédios.
5) Quais atitudes reduzem ou curam o problema?
A acne piora com o aumento da oleosidade da pele. Lavar bem o rosto com sabonetes que reduzem a gordura é o primeiro passo.
O mercado oferece bons produtos para limpeza diária por preços justos. Um estilo de vida saudável, controlando o estresse quando for possível e fazendo refeições balanceadas, também contribui (veja mais no item 7).
6) Quando é o caso de tomar remédios?
Quando há muitos cravos e espinhas, que chegam a formar pus. Mas só o médico pode determinar, hein? A automedicação é um perigo enorme! Além de antibióticos, a isotretinoína, derivada da vitamina A, pode ser usada no tratamento – ela diminui o tamanho da glândula sebácea e reduz assim a oleosidade da pele.
7) A alimentação influencia?
Sim. Estudos recentes têm mostrado que alimentos como carboidratos, derivados do leite e com alto índice glicêmico (arroz e farinha brancos, batata e açúcar, por exemplo) podem influenciar, fazendo com que as glândulas sebáceas produzam mais sebo
e causem acne. O ideal é evitar o consumo exagerado desses itens e procurar ter uma alimentação saudável, com ingestão de verduras, legumes e frutas, além de tentar consumir até dois litros de água e chás por dia. Resumindo, é o que você já sabe: se comer alimentos mais naturais e menos gordurosos ou doces, seu corpo agradece, porque você fica bem mais saudável e ainda vê o efeito no espelho, em uma pele lisinha.
8) Quais os riscos de espremer as espinhas?
O principal é machucar a pele, que pode ficar com uma cicatriz feia de tanto apertar. Além disso, as unhas sujas passam mais bactérias para o ferimento e pioram o aspecto dele, que inflama. O jeito certo é segurar a mão quando você dpa de cara com o espelho do elevador (ai, que vontade de espremer…) e usar produtos secativos. Se passar durante a noite, já acordará com ela melhor. “Tratamentos com laser e peelings podem minimizar cicatrizes”, diz a especialista.
9) Em relação aos produtos de beleza: o que devo usar e evitar?
Use produtos “oil free” (livres de óleo) indicados para pele oleosa. É importante, ainda, lavar muito bem o rosto, hidratar e usar proteção solar, pois o sol em excesso também piora o quadro. Os hidratantes devem ter textura leve e fácil absorção.