Quem já cogitou fazer depilação a laser deve ter encontrado inúmeras dúvidas sobre o assunto. É definitiva ou não? Causa dor? Quanto tempo dura? Tem efeito colateral? Essas são apenas algumas de tantas perguntas. Mas, afinal, quais são os mitos e verdades da depilação a laser?
Diante de tantas informações fica difícil saber em o que confiar. Por isso, AnaMaria foi atrás de algumas respostas com quem entende do assunto.
Confira a seguir o que dizem as especialistas sobre os mitos e verdades da depilação a laser
1. Depilação pode ser realizada em qualquer parte do corpo
Verdade. Em qualquer parte do corpo que tenha pelo, já que objetivo é a remoção deles. A exceção fica para a planta dos pés e a região palma, as áreas chamadas de não pilosas, onde não há pelos.
“Tem que ter um cuidado na região dos olhos, porque alguns pacientes que depilam a face têm pelos próximo desta região. Por isso é necessário ter bastante cautela”, explica a médica dermatologista Ana Carolina Sumam, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologis (SBD).
2. Depilação a laser é um método definitivo
Mito. Não dá para afirmar que é um método 100% definitivo, porque não é possível eliminar 100% dos pelos. “Mas conseguimos eliminar uma grande parte, então sobra uma quantidade pequena e fina que podem permanecer e voltar nascer com tempo. Podemos dizer que é um método quase definitivo, dependendo do tipo de laser e tecnologia realizada”, diz a especialista.
3. Pelos loiro/claros não são removidos
Verdade. Infelizmente, quem tem pelos loiros ou muito claros dificilmente conseguirá ter resultados eficientes com a depilação a laser, apesar de todo avanço na tecnologia.
“Todo laser tem um alvo. No caso do laser de depilação é a melanina, o pigmento do pelo. A gente atua na raiz do pelo, especificamente no pigmento que é a melanina. Então o pelo claro tem pouca melanina, que não absorve a luz do laser e, com isso, a gente não consegue destruir pela raiz”, esclarece Ana Carolina.
4. Não é recomendado aplicar laser em áreas tatuadas
Verdade. Assim como a cor do pelo, a tatuagem é cheia de pigmento, que vai acabar absorvendo a luz emitida pelo laser. “O paciente pode ter uma queimadura na pele”, diz a dermatologista.
Isso pode resultar em desbotamento da cor da tatuagem, alterações na textura da pele ou até mesmo cicatrizes. “Portanto, é essencial que você consulte um profissional experiente em depilação a laser e discuta quaisquer preocupações relacionadas à sua tatuagem antes de prosseguir com o procedimento”, destaca Karla Gomes, fundadora da Posê.
5. Laser dói mais do que cera
Depende. Um dos mitos e verdades da depilação a laser envolve o comparativo com a cera, sobretudo na questão da dor. A percepção de dor, entretanto, é algo extremamente individual, há quem sinta mais e quem sinta menos, além de que algumas regiões do corpo são mais sensíveis.
“Tenho pacientes que sentem mais dor na cera do que no procedimento a laser, mas também já tive pacientes ao contrário. Isso depende do tipo e do aparelho e da tecnologia do laser. Existem aparelhos que a aplicação é menos dolorosa e outras que doem mais, vai depender da sensibilidade individual”, explica a médica.
6. Grávidas não podem realizar depilação a laser
Verdade. De acordo com Ana Carolina, não existem estudos de seguranças durante a gestação, logo a depilação a laser não é recomendada durante a gravidez.
“Isso se deve ao potencial desconhecido de efeitos colaterais ou riscos para o feto. É sempre melhor consultar o médico obstetra antes de realizar qualquer procedimento estético durante a gravidez para garantir a segurança tanto para a mãe quanto para o bebê”, destaca Karla.
7. Depilação a laser clareia a pele
Mito. A depilação a laser pode provocar um singelo clareamento na pele, mas nada muito significativo. “Até porque para clarear a pele você precisa gerar uma queimadura. O alvo do laser é o pigmento, a melanina. Para conseguir um clareamento significativo, teríamos que atuar mais superficialmente na pele, gerando com se fosse uma queimadura para pele clarear, mas não é esse o objetivo”, explica a médica.
Ou seja, cada tipo de laser tem uma profundidade de penetração na pele, de acordo com o seu comprimento de onda. Para clareamento existem lasers que são mais eficazes e oferem mais segurança.
Karla, por sua vez, diz que existem os chamados efeitos secundários, em que as pessoas podem notar uma melhora na aparência da pele, já que a depilação a laser pode reduzir a irritação e os pelos encravados.
8. Quatro ou cinco sessões já são suficientes para remover o pelo por completo.
Depende. O número de sessões depende da resposta individual do organismo. “O intervalo que a gente vai dar entre cada sessão também é importante por conta do ciclo de crescimento do pelo. Se você não respeita o intervalo, você pode interferir na eficácia do tratamento e precisar de um número maior de sessões”, afirma Ana Carolina.
Além disso, o tipo de tecnologia deve ser levado em conta. Tem tecnologias que conseguem alcançar essa depilação quase definitiva de maneira mais rápida com um número menor de sessões, enquanto outras precisam de um número maior de sessões.
9. É necessário evitar exposição solar depois da sessão
Verdade. É necessário evitar a exposição solar, porque todo laser pode causar uma hipercromia pós inflamatória, isto é, um escurecimento da região tratada. “Uma das maneiras de a gente evitar essa hipercromia é a evitar a exposição ao sol”, diz a dermatologista.
Segundo Karla, a recomendação é aguardar pelo menos 48h após o tratamento antes de se expor ao sol e usar protetor solar de amplo espectro com FPS alto para proteger a pele. “Sempre siga as instruções específicas do seu profissional de depilação a laser para cuidados pós-tratamento adequados”, afirma.
10. Laser queima a pele negra e pele bronzeada
Verdade. Dependendo do tipo de laser, a luz vai queimar a pele negra ou bronzeada. “Para a maioria dos tipos de laser, o alvo é a melanina. Uma pele negra e uma pele bronzeada têm muito alvo. Então, existe uma grande chance de se queimar a pele nesses casos. A pele negra precisa ser tratada com um tipo de laser muito especifico e com muito cuidado”, ressalta Ana Carolina.
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