A atriz Paolla Oliveira, conhecida por sua luta em prol da aceitação do corpo e contra os padrões estéticos impostos pela sociedade, revelou que as críticas recebidas nas redes sociais não apenas afetaram sua autoestima, mas também resultaram na perda de contratos com algumas marcas. Essa é a chamada ditadura da beleza. Afinal, será que padrões irão cair em esquecimento?
Durante o carnaval de 2023, a artista enfrentou uma onda de comentários negativos sobre seu corpo, que não apresentava a definição habitual. Este episódio a levou a um desabafo no programa Fantástico, da TV Globo, onde compartilhou o impacto emocional dessas ofensas.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Paolla afirma ter encontrado novos caminhos profissionais. Atualmente, ela se relaciona com marcas que compartilham seus valores e ideais. “Mais do que perder contratos, deixei ir algumas parcerias que não refletiam mais a pessoa que me tornei e os princípios que defendo. Isso me permitiu fortalecer laços com marcas que já possuem um conceito mais alinhado ao feminino”, declarou em entrevista ao Gshow.
A artista também ressaltou a importância de trabalhar com empresas que buscam evoluir junto com a sociedade. “Acredito que tanto as marcas quanto o mundo têm um longo caminho a percorrer para se comunicar sem preconceitos e valorizar a diversidade na beleza“, acrescentou.
Ditadura da beleza
Os padrões estéticos da ditadura da beleza mudam frequentemente, mas é difícil submeter o corpo a tantas mudanças. Por isso, padrões são inalcançáveis e custam a saúde mental das mulheres, resultando em doenças como distorção de autoimagem, transtornos alimentares, depressão e ansiedade.
Além disso, eles refletem a banalização de procedimentos, cirurgias e remédios que colocam em risco à saúde e podem levar à morte.
Apesar da indústria de beleza milionária, ainda restam esperanças para que mulheres se libertem. Paolla Oliveira é o exemplo, ao decidir não retocar as fotos de seu corpo. Assim como Viih Tube, que não escondeu seu corpo pós-maternidade. Ou seja, as mulheres estão buscando liberdade, apesar da pressão.
Em complemento, outras mulheres estão abrindo debates para a diversidade de corpos, saindo em defesa de mulheres vítimas desse tipo de violência.
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