Quem já recebeu o diagnóstico de câncer de pele costuma comemorar o fim do tratamento como um grande alívio. No entanto, com a chegada do verão, surgem novas dúvidas sobre como se proteger corretamente. Afinal, o sol fica mais forte, os dias ao ar livre aumentam e a pele, que já passou por um processo delicado, exige atenção constante. Por isso, adotar cuidados no verão não é apenas uma recomendação estética, mas uma atitude de saúde.
Segundo dados oficiais, o câncer de pele é o tumor mais comum no Brasil e representa cerca de 30% de todos os casos de câncer registrados no país. Embora a taxa de cura ultrapasse 90% quando o diagnóstico ocorre precocemente, especialistas reforçam que o histórico da doença pede vigilância contínua. Especialmente nessa época do ano, a exposição solar intensa pode favorecer o surgimento de novas lesões, mesmo após um tratamento bem-sucedido.
A seguir, Carolina Nery, médica dermatologista e proprietária da Clínica da Cidade, reúne 5 pontos essenciais para transformar os cuidados no verão em aliados permanentes da sua saúde.
Câncer de pele e o uso diário do protetor solar
Muitas pessoas acreditam que, após a retirada da lesão, não precisam manter o mesmo nível de atenção. Entretanto, quem já teve câncer de pele apresenta maior risco de desenvolver novos tumores ao longo da vida. Por isso, o protetor solar deve fazer parte da rotina diária, faça sol ou não. Além disso, a reaplicação a cada três horas em áreas expostas garante uma proteção mais eficaz e contínua.
Tipos de tumor e níveis de risco
Nem todos os tumores se comportam da mesma forma. Lesões como o carcinoma basocelular e o espinocelular, quando retiradas com margens de segurança, raramente reaparecem no mesmo local. Ainda assim, isso não elimina o risco de novas ocorrências em outras áreas do corpo.
Pessoas com pele clara, histórico de exposição solar prolongada e idade acima dos 40 anos precisam redobrar os cuidados no verão, pois esses fatores aumentam a vulnerabilidade.
Sinais de alerta
Observar a própria pele é um hábito simples e extremamente valioso. Feridas que não cicatrizam em até um mês, áreas que sangram com facilidade, coceira persistente ou mudanças na textura da pele merecem atenção imediata. Nesse sentido, procurar o dermatologista ao notar qualquer alteração ajuda a identificar problemas cedo e, consequentemente, reduz complicações.
Proteção física
Além do filtro solar, acessórios adequados ampliam a proteção contra os raios UV. Chapéus de aba larga, óculos escuros com proteção ultravioleta e roupas com tecidos específicos para bloqueio solar fazem diferença, principalmente em praias, piscinas e atividades ao ar livre. Dessa forma, esses recursos complementam os cuidados no verão e ajudam a preservar a saúde da pele.
Rotina após o câncer
Transformar a proteção solar em hábito diário é um passo essencial. O protetor solar não deve aparecer apenas em férias ou passeios ocasionais. Pelo contrário, ele precisa integrar o autocuidado cotidiano. Atualmente, inclusive, a maior conscientização sobre saúde e envelhecimento precoce tem incentivado pessoas de todas as idades a manter esse compromisso com a pele.
Resumo: Quem já teve câncer de pele precisa manter atenção constante, especialmente nos meses mais quentes.
Os cuidados no verão envolvem proteção solar diária, observação da pele e uso de acessórios adequados.
Com hábitos simples e consistentes, é possível reduzir riscos e viver a estação com mais tranquilidade.
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