O Brasil deve enfrentar pico de infecções pela variante Ômicron nas próximas duas semanas, segundo especialistas. Atualmente, o país vive a pior média móvel de casos desde junho do ano passado. O número de pessoas infectadas com coronavírus aumentou em 193% na última semana.
Ethel Maciel, epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo, afirmou que agora veremos as consequências das comemorações de final de ano: “Natal, Ano Novo, as festas de fim de ano no geral demoram duas semanas para que tenhamos o pico de contaminação. E a gente ainda está em um período de férias, onde muitas pessoas tendem a aglomerar”, disse em entrevista à CNN nesta terça-feira (18).
Para Maciel, as próximas duas semanas serão difíceis. “Estamos seguindo os dados de outros países que fazem muitos testes, mas acredito que ainda não chegamos no nosso pico”, ressaltou. A professora ainda pontuou a dificuldade em se obter dados claros, que deem um panorama completo da situação do país por causa do ataque cibernético, e consequente apagamento de dados, do Ministério da Saúde e falta de testes para covid-19.
NOVA VACINA
Uma vacina específica para variante Ômicron deverá ser lançada em março deste ano, segundo o CEO da Pfizer, Albert Bourla. Mesmo com altas taxas de infecções, ainda não existem estudos que comprovem a necessidade de uma fórmula diferenciada.
“Estamos trabalhando em uma nova versão de nossa vacina, uma versão que também será eficaz contra a Ômicron, não que não seja eficaz contra as outras variantes, mas também contra a Ômicron”, afirmou Bourla à CNBC no último dia 10.
A Pfizer alega que a nova vacina é para garantir uma proteção melhor e mais satisfatória contra a nova variante. Bourla continua: “A proteção contra as internações e doenças graves, é satisfatória agora com a vacina atual, desde que você receba a terceira dose”.