O estado de São Paulo confirmou o terceiro caso da variante Ômicron do coronavírus, nesta quarta-feira (1º). De acordo com a secretaria de saúde, trata-se de um homem de 29 anos que voltou da Etiópia e testou positivo para covid-19 no sábado (27), logo quando desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
A amostra foi sequenciada geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz, do Governo de São Paulo, confirmando que se trata da nova variante da doença.
As autoridades afirmaram que o homem está bem, assintomático e imunizado com as duas doses da vacinada da Pfizer. “Ele está em isolamento domiciliar desde o último sábado e está sendo acompanhado pela vigilância do município de Guarulhos, local que reside”, afirmou a Secretaria em nota.
OUTROS DOIS CASOS
A Anvisa confirmou, na terça-feira (30), os dois primeiros casos no Brasil da variante Ômicron do coronavírus. O diagnóstico e os resultados positivos foram feitos pelo laboratório do hospital Albert Einstein instalado no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os sequenciamentos genéticos que apontaram a variante são de um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 37, que vieram da África do Sul e não estão imunizados. Ao desembarcarem no Brasil, eles tiveram resultado positivo em exames PCR coletados pelo laboratório local.
Na ocasião, os dois apresentaram sintomas leves e, após o diagnóstico, feito em 25 de novembro, o casal foi orientado a permanecer em isolamento domiciliar. Agora, eles estão sob monitoramento das Vigilâncias estadual e municipal.
Na última sexta-feira (26), diante dos casos envolvendo a variante Ômicron, a Anvisa recomendou medidas restritivas para voos e viajantes que viessem da África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
A preocupação é que essa variante tem 50 mutações. Cerca de 30 delas na proteína S (spike) – a entrada que o vírus usa para atingir as células e alvo da maioria das vacinas disponíveis. De acordo com o virologista brasileiro Túlio de Oliveira, que fez a descoberta, a B.1.1.529 “tem potencial para se espalhar muito rapidamente”.