O Ministério da Saúde incluiu, na última quarta-feira (5), crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. Quem comemorou o anúncio foi o médico Rodolfo Aparecido da Silva, que perdeu a filha Alicia, de apenas 7 anos, para a covid-19 em Ribeirão Preto (SP).
Um dos motivos para o alívio é que Rodolfo também é pai de uma menina de três anos e um menino de 11, que poderá receber o imunizante da Pfizer nas próximas semanas. “Estamos vibrando aqui. Ele vai fazer 12 anos e estava torcendo para isso”, contou em entrevista ao G1.
Por enquanto, a vacina está prevista para crianças de 5 a 11 anos, com prioridade àquelas com comorbidades ou deficiência permanente. A filha caçula do médico poderá ser incluída no plano de vacinação futuramente.
“Se Deus quiser, [a vacinação] rapidinho já vai começar. Minha outra filha ainda não entra, mas logo logo, vai entrar”, completou em seguida, lamentando que os imunizantes não chegaram aos pequenos mais cedo.
Para quem não lembra, a pequena Alicia foi infectada pela covid-19 em janeiro de 2021. A menina desenvolveu uma síndrome raríssima devido à contaminação pelo vírus, chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), e não resistiu.
VACINAÇÃO DE CRIANÇAS
Uma dúvida quanto à vacinação de crianças é sobre a necessidade de autorização e/ou receita médica no momento da aplicação do imunizante. Segundo o Ministério da Saúde, a autorização por escrito será necessária apenas na ausência de um responsável pela criança durante a vacinação. Já a receita médica não será exigida.
O primeiro lote da Pfizer dedicado às crianças chegará ao Brasil em 13 de janeiro e será distribuída aos estados no dia seguinte. O cronograma de aplicação irá variar em diferentes estados e municípios.
À princípio, o intervalo previsto entre a aplicação da primeira e segunda dose será de oito semanas – maior do que o previsto na bula do imunizante, que é de apenas três semanas.