O coronavírus já deixou de ser uma ameaça e se tornou uma realidade. Com mais de mil casos confirmados da doença somente no Brasil, governadores já começaram a adotar medidas mais restritivas, como os fechamentos de shoppings e academias.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas devem ficar em casa e sair somente em casos mais urgentes, principalmente os mais velhos, justamente para diminuir a circulação do vírus.
Mesmo que ainda não obrigatória, a quarentena e afastamento social tem aumentado no país e estima-se que nos próximos dias, cresça de forma relevante. Com isso, existe a possibilidade de desenvolver doenças psicológicas, como excesso de ansiedade e a depressão.
E qual seria a melhor alternativa para não “pirar” dentro de casa? De acordo com a psicanalista Eloah Mestieri, especialista no bem-estar do idoso, existem algumas dicas que, se praticadas com certa rotina em horários alternados, contribuirão para que o período de quarentena seja menos estressante.
Confira!
BANHO DE SOL
Em momentos de quarentena, quem está em casa acaba deixando de tomar um pouco de sol, o que pode ser prejudicial à imunidade. “Ele é a principal fonte de vitamina D para o nosso corpo. Ao ficarmos 15 minutos em exposição, pelo menos, vamos aumentar nossa imunidade, diminuir o risco de depressão e ainda melhorar a qualidade de nosso sono”, explica a especialista.
CRIE NOVOS HÁBITOS
Use o acesso à internet para fazer exercícios online gratuitos possíveis de serem feitos dentro de casa. “Isso ajudará a diminuir o estresse e ainda aumentará a qualidade de vida”, aconselha.
NÃO SE DESCONECTE DAS PESSOAS
Em tempos de isolamento e de pouco contato físico com amigos e parentes, usar o telefone ao invés das redes sociais é uma opção. “Dê um telefonema para um amigo que não conversa há algum tempo ou que tenha gostos em comum, converse de outros assuntos que não seja o coronavírus. Falar pelo telefone traz uma sensação maior de conexão com o próximo, e isso conforta nos tempos que vivemos”, diz.
APRENDA A LIDAR COM A SOLIDÃO
É normal que a gente queira sair e ver pessoas, marcar aquele encontro semanal com os amigos, mas precisamos aprender a lidar com nossa própria companhia. “O mundo vai sair diferente dessa pandemia. É importante e necessário aprender a ficar sozinho, uma habilidade que teremos que adquirir. Existe bastante material de meditação, por exemplo, que pode ser útil”, destaca a psicanalista.
ORGANIZAÇÃO
Sabe aquela gaveta de documentos dos seu quarto que você não mexe há anos? Que tal organizá-la? “Deixar a nossa casa em ordem fará muito bem para o nosso cérebro, para nosso interior e para o astral como um todo. É importante manter o nosso ambiente ao redor o mais organizado e agradável possível. Agindo dessa forma, passar o período em quarentena será mais leve”, explica
MANTENHA A VAIDADE
Conforme aumenta o tempo em que a pessoa fica dentro de casa, é natural que os cuidados com a aparência diminuam. Para Eloah, continuar sendo vaidoso ajudará a tornar o período de isolamento mais saudável.
“Nada muito elaborado, mas colocar uma roupa como se fosse usar na rua, maquiagem e até mesmo um perfume ajuda, pois quando ela se olhar no espelho, verá que não está com aspecto de doente, pois o objetivo principal desta quarentena é encontrar formas de não ficar doente”, explica.
De acordo com a especialista, é essencial que o “quarteto da felicidade” esteja em alta justamente por manter a pessoa blindada de doenças: “Manter a vaidade com certeza vai ativar a endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina, pois eles são neurotransmissores importantíssimos para o nosso sistema imunológico”.
DESAFIE-SE
Tenha um objetivo claro. Neste período de quarentena, entende-se que o tempo esteja sendo perdido. Na verdade, é uma oportunidade para ampliar o conhecimento em algum hobbie, qualificação pessoal ou mesmo uma meta. “O sentimento de perda de tempo, pode levar ao tédio e ao desalento, desencadeando ou aumentando o nível de ansiedade, depressão ou outras patologias”, afirma a psicanalista
Desenvolver uma nova habilidade, tocar um instrumento novo, falar um idioma desconhecido, fazer algum curso de qualificação profissional, são alguns exemplos a serem feitos. “A ideia é que, ao fim da quarentena, a pessoa saia com a sensação de ter tido um ganho real por algo que ela fez por ela mesma. No fim, com a autoestima em alta, certamente passará a se valorizar mais, podendo externar ao mundo suas novas aptidões”, conclui.