A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a venda de autotestes de covid-19, nesta sexta-feira (28), em todo o país. No entanto, será preciso um pouco mais de calma, uma vez que as empresas deverão solicitar o registro junto ao órgão de saúde e aguardar a aprovação para começar a comercializar o exame.
Além disso, os autotestes liberados são apenas os antígenos (feito a partir da coleta do material no fundo da boca e do nariz e busca sinais de anticorpos gerados pelo corpo após a infecção). Não se aplica ao RT-PCR, que é mais preciso, tem resultado mais demorado e detecta a presença do coronavírus. A informação é do portal G1.
Agora, o Ministério da Saúde deve incluir orientações de uso de autotestes no chamado Plano Nacional de Expansão de Testagem para Covid-19 (PNE Teste).
Vale ressaltar que uma das grandes preocupações que atrasou a liberação de autotestes no Brasil era a notificação no Ministério da Saúde. Embora não tenha imposto como condição, a Anvisa espera que as empresas orientem os consumidores sobre como informar o resultado à pasta de saúde.
“A partir do resultado positivo, procure uma unidade de atendimento de saúde (ou teleatendimento) para que um profissional de saúde realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes“, afirmou a relatora Cristiane Rose Jourdan Gomes, citando o ministério.
Para ela, os novos exames tem potencial para ser uma “estratégia de triagem”, evitando que as pessoas precisem ir até postos de saúde ou laboratórios para testarem.
O QUE É?
O autoteste é como o teste rápido. Entretanto, ele poderá ser feito por pessoas leigas e em casa. Trata-se de um kit que acompanha um dispositivo de teste, tampão de extração, filtro e o swab – uma espécie de cotonete usado para a coleta nasal, a mais comum.
Os testes de antígeno detectam as estruturas do coronavírus. Se dá positivo, significa que a pessoa está infectada – e pode infectar outras.