Recentemente, a influenciadora Karolina Trainotti, sugar baby assumida, voltou a circular pela mídia. Seu nome foi ligado a doação de um apartamento de R$ 4,3 milhões na região da Faria Lima, em São Paulo, atribuído a Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. O imóvel, entregue oficialmente no final do ano passado, reúne localização privilegiada e uma estrutura sofisticada: são 113 m² de área privativa, 231 m² de área útil, e itens de alto padrão como piscina de borda infinita, academia, sala de pilates, cozinha gourmet, espaço de beleza e três vagas de garagem com serviço de manobrista — a poucos metros da sede do banco.
Contudo, o presente não chegou sozinho: Vorcaro foi alvo recentemente de uma grande investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), dentro da Operação Compliance Zero. Ele responde a suspeitas de venda de carteiras de crédito “inexistentes” ao Banco de Brasília (BRB), em transações que somariam cerca de R$ 12,2 bilhões, de acordo com a IstoÉDinheiro.
O banco foi decretado em liquidação extrajudicial pelo Banco Central do Brasil (BC), e diversos bens foram bloqueados ou apreendidos pela PF. O empresário chegou a ser preso em 18 de novembro, mas foi solto 12 dias depois usando tornozeleira eletrônica.

O que é uma sugar baby
Mas afinal — o que significa ser uma sugar baby? Esse termo descreve uma pessoa mais jovem que se envolve com alguém mais velho e financeiramente estável — o chamado sugar daddy ou sugar mommy — em um relacionamento fundado em troca de benefícios materiais em vez de compromisso tradicional. A pessoa oferece companhia, presença e, muitas vezes, afeto ou afinidade; em troca, recebe apoio financeiro, presentes, facilidades e estilo de vida de luxo.
Diferentemente de prostituição, em um sugar dating existe um vínculo de companheirismo, afinidade e a possibilidade de uma relação que vai além do mero ato comercial. O que diferencia, portanto, é o acordo claro, consentido e transparente entre os envolvidos.
Para quem assume esse papel, algumas vantagens podem parecer atraentes:
- Estabilidade financeira imediata, via mesadas, ajuda com contas ou suporte a despesas;
- Acesso a bens e experiências sofisticadas: viagens, jantares caros, presentes de luxo;
- Potencial de networking, mentoria ou abertura de portas profissionais;
- Companhia e convivência, quando há envolvimento genuíno e acordo entre as partes.
Uma relação entre poder, dinheiro e afeto
Ser uma sugar baby pode significar, de fato, acesso a conforto e oportunidade. Mas o contexto revela que esse tipo de vínculo vive à sombra de julgamentos e riscos — especialmente quando envolve pessoas com visibilidade, dinâmicas de poder, e agora, acusações sérias.
No fim, o que permanece claro é que para haver equilíbrio, é essencial que haja clareza e consentimento: os benefícios e expectativas devem estar bem definidos, independentemente da aparência exterior de glamour. Quando há doações, presentes ou imóveis envolvidos, o peso da decisão — emocional, social e, eventualmente, público — pode ser grande.
Resumo: A doação de um apartamento de R$ 4,3 milhões a Karolina Trainotti abre discução sobre o que realmente significa ser uma sugar baby. A relação, baseada em troca de apoio financeiro por companhia, ganhou força diante da polêmica envolvendo o Banco Master e as investigações da PF por suposta fraude de bilhões. O caso alerta para os riscos de misturar afeto, poder e dinheiro.
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