O Dia dos Namorados é uma data que celebra o amor, mas também pode ser um bom momento para refletir sobre os papéis que assumimos nas relações. Em muitos casos, o carinho se confunde com excesso de cuidado, e a parceira acaba ocupando um lugar que não é seu: o de mãe. Essa dinâmica, embora comum, pode desgastar o vínculo. Afinal, amar não é maternar.
A terapeuta e escritora best-seller Lari Pedrosa propõe uma reflexão importante: será que estamos nos relacionando de forma equilibrada ou assumindo um papel que não nos pertence? Segundo ela, entender isso é essencial para construir vínculos saudáveis.
Amar não é maternar
Lari Pedrosa provoca: “Você não se casou com uma criança”. A frase, ainda que direta, chama atenção para um padrão recorrente nas relações amorosas, especialmente entre mulheres: o de se colocar no lugar de mãe do parceiro, mesmo sem perceber.
Esse comportamento aparece em atitudes cotidianas, como corrigir constantemente, querer ensinar, carregar emocionalmente ou tentar “salvar” o outro. Para a terapeuta, isso desequilibra a troca entre o casal, transformando o que deveria ser uma parceria entre adultos em uma relação de dependência.
As raízes do comportamento
Assumir esse papel de cuidadora pode ter origens emocionais mais profundas. Lari aponta que, muitas vezes, esse impulso vem de feridas da infância, quando a criança tentou — sem sucesso — mudar os pais para que eles a enxergassem ou ficassem por perto.
“Pode ser a dor daquela menininha(o) que, no passado, não conseguiu mudar o pai ou a mãe para que ele(a) a visse, escutasse ou ficasse. E agora ela(e) tenta novamente, com o cônjuge”, afirma. A tentativa de curar o outro, portanto, pode ser reflexo de antigas carências.
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Dia dos Namorados com relações maduras
Neste Dia dos Namorados, o convite da terapeuta é para permanecer no lugar de parceira(o), e não de mãe. Isso significa dar espaço para que o outro lide com seus próprios desafios e responsabilidades e ainda se manter presente com afeto, mas sem carregar o que não é seu.
“Não é frieza, é saúde emocional”, reforça Lari. Essa postura ajuda a preservar a leveza e a liberdade dentro do relacionamento, evitando sobrecargas e frustrações desnecessárias.
No lugar de flores ou jantares, que tal um novo acordo afetivo? A terapeuta sugere que um bom presente neste 12 de junho é o compromisso com um amor adulto: baseado na troca, no respeito mútuo e na autonomia de cada um.
Reconhecer a própria história, sem repetir padrões que machucam, é um passo importante para manter uma relação saudável. Um relacionamento onde ninguém precisa se anular para sustentar o vínculo.
Resumo: Neste Dia dos Namorados, a terapeuta Lari Pedrosa alerta para um erro comum nos relacionamentos: assumir o papel de mãe do parceiro. Ela defende que amar não é maternar e que relações saudáveis exigem trocas entre adultos. A proposta é refletir sobre padrões e construir vínculos mais equilibrados.
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