Uma criança autista foi agredida dentro da escola por um professor. O caso aconteceu em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e a denúncia foi revelada pelo programa Fantástico no último domingo (6).
De acordo com Joyce Siqueira, mãe do menino, o caso aconteceu no Centro Educacional Meireles Macedo. O responsável pela agressão seria Vitor Barbosa, professor de capoeira da unidade.
Segundo as imagens exibidas pelo programa e o relato da mãe, o menino — uma criança autista — teve dificuldades para realizar um exercício. O professor sugeriu que ele tentasse com uma bola. O garoto tentou pegar a bola com outras meninas, que se recusaram a entregar. Ele então chutou a bola e levou um tapa na cabeça de uma das crianças.
Alguns minutos depois, o menino chutou a bola novamente. Nesse momento, o professor aplicou uma rasteira, fazendo com que a criança caísse e batesse a cabeça no chão.
A escola decidiu suspender o menino por dois dias, alegando que ele “desrespeitou o professor e agrediu outras crianças”. Foi quando a mãe buscou apoio na Justiça para conseguir acesso às imagens das câmeras de segurança.
A defesa do professor alegou que ele usou uma técnica de imobilização para evitar novas agressões. Já a escola afirmou, em nota, que o funcionário foi desligado após o ocorrido.
“Eu olhei as imagens, quando falei para ele (professor). Vi que você fez com meu filho, você não vai falar nada?”, relatou Joyce.
A mãe ainda contou que tentou matricular o filho em outra instituição, mas ele não conseguiu se adaptar e passou a estudar em casa. “Passou a ter desregulações, batia na cabeça, batia a cabeça na parede. Fiquei mal, tentando minimizar os danos que ele vem sofrendo”, lamentou.
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Criança autista na escola: o que é necessário para garantir inclusão?
Para garantir o direito à educação de forma plena, é essencial que a escola esteja preparada para acolher cada criança autista com respeito, cuidado e estratégias adequadas. Veja abaixo algumas práticas que contribuem com esse processo:
1. Currículo adaptado
Ter um currículo flexível e inclusivo, considerando as necessidades de todos os estudantes, é o primeiro passo para garantir uma aprendizagem significativa.
2. Recursos e adaptações
Disponibilizar salas de atendimento especializado, tecnologias assistivas e materiais adaptados permite que os alunos tenham acesso ao conteúdo de forma igualitária.
3. Aprendizagem colaborativa
Estimular a convivência em grupo ajuda a desenvolver empatia, respeito às diferenças e o senso de cooperação entre os estudantes.
4. Valorização da diversidade
Reconhecer e respeitar as habilidades individuais é essencial. Cada aluno tem seus talentos e deve ter espaço para se expressar.
5. Parceria com a família e a comunidade
Reuniões, workshops e grupos de apoio fortalecem o vínculo entre escola e família, criando uma rede de acolhimento mais eficiente.
6. Conscientização da comunidade escolar
Campanhas, palestras e atividades lúdicas são fundamentais para estimular o respeito e a empatia entre alunos e profissionais.
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