Você sabe o que se comemora no dia 1º de maio, além do Dia do Trabalhador? O Dia da Literatura Brasileira! A data foi escolhida por ser o aniversário de José de Alencar, um dos maiores nomes da nossa literatura. Nascido em 1829, o autor consagrou-se como um representante do Romantismo no Brasil a partir de obras como ‘O Guarani’, ‘Senhora’ e ‘Lucíola’.
A data surge com o propósito de também estimular a leitura de obras clássicas nacionais entre os mais jovens. É comum que, quando não incentivados, eles tenham receio de se aventurar nesse universo por acreditarem que as leituras são entediantes, difíceis ou distantes de sua realidade. Mas são se enganem, elas têm muito o que oferecer.
Em seu texto “Por que ler os clássicos?”, Italo Calvino – um dos mais importantes escritores italianos do século 20 – afirma que as leituras realizadas na juventude dão forma às experiências futuras. Segundo o autor, elas “fornecem modelos, recipientes, termos de comparação, esquemas de classificação, escalas de valores e paradigmas de beleza”.
Pensando nisso, separamos cinco livros nacionais para incentivar a formação de novos leitores. Confira na sequência!
1. Aluísio Azevedo e O Cortiço, de Ivan Jaf – Editora Saraiva
Uma narrativa que recria os eventos biográficos e históricos do clássico de Aluísio Azevedo, O cortiço, combinando dados factuais com criação ficcional. O livro remonta à vida do autor maranhense até o momento de escrita de sua obra-prima, em uma viagem literária à cidade do Rio de Janeiro do século 19, onde Aluísio Azevedo viveu durante mais de quinze anos. Escrito por Ivan Jaf, o livro mostra como O Cortiço nos ajuda a entender melhor nossa formação literária, política e social, propiciando um olhar crítico em relação ao presente.
2. Dom Casmurro, de Machado De Assis – Editora Saraiva
No Rio de Janeiro do século 19, Dom Casmurro traz um relacionamento regado de amor e ciúmes, narrado a partir do ponto de vista do rabugento narrador Bentinho, que acredita ter sido traído por sua esposa, Capitu, “dona de olhos de ressaca”. O romance é um marco do Realismo brasileiro, caracterizado pelo uso de ironias no estilo inconfundível de Machado de Assis, autor sensível e observador.
3. O Guarani, de José de Alencar – Editora Ática
Um amor conturbado entre Peri, indígena goitacá, e Ceci, filha do fidalgo português D. Antônio de Mariz. Após a morte acidental de uma indígena aimoré, a tribo se revolta contra os brancos colonizadores, levando o protagonista a enfrentar muitos perigos para proteger sua amada. Considerado o grande épico de José de Alencar, O Guarani é um livro temperado por amor, aventura, vingança e planos de traição, que se desenrolam em cenários cinematográficos.
4. Os Sertões, de Euclides da Cunha – Editora Ática
Os Sertões narra episódios da descomunal guerra de Canudos, revelando um território desconhecido e esquecido pela República recém-instaurada no Brasil. Além de ser reconhecida pelas excelentes descrições da paisagem, a obra de Euclides da Cunha se consagrou como uma importante denúncia social, reforçada pelo elemento humano. A edição publicada pela editora Ática apresenta mapas estilizados da região e um texto reduzido para atrair os leitores mais jovens sem perder a excelência e o tom clássico do original.
5. A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães – Editora Scipione
O clássico de Bernardo Guimarães traz como protagonista a jovem Isaura, uma escrava branca e que foi educada como uma dama da corte. Isso porque ela é filha de um português com uma negra e, após a morte de sua mãe quando Isaura ainda era criança, foi adotada pela esposa do comendador. Em seguida, com a morte de sua benfeitora, seu sonho de liberdade parece cada vez mais distante ao cruzar com as maldades de Leôncio, dono da fazenda onde ela vive.