Você sabia que o Ministério da Saúde, por meio do Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos, recomenda que crianças dessa faixa etária não consumam alimentos com alto teor de sódio, gordura, conservantes e, principalmente, açúcar? Isso porque, nesse período, a criança está formando seus hábitos alimentares e a ingestão precoce de alimentos ricos em açúcar pode dificultar a aceitação de alimentos mais saudáveis, como frutas, verduras e legumes.
Por isso, apenas a partir dos três anos, o chocolate pode ser inserido na alimentação da criança, sempre com cuidado na escolha dos tipos de chocolate.
Vale lembrar que o fato de poder oferecer chocolate não significa que você deve oferecer. A escolha deve ser feita com base na rotina de cada família, ok?
Chocolate para crianças: qual oferecer?
O melhor é optar por cacau em pó 100% sem adição de açúcar, que possui maior valor nutricional, seguido do chocolate amargo (70% a 80% de cacau), que é menos doce e contém menos açúcar. Já o chocolate branco, por ser feito apenas de manteiga de cacau, é mais calórico e menos nutritivo, sendo a opção menos indicada.
Fique atenta a alergias!
Além disso, é fundamental que os pais ou responsáveis fiquem atentos a possíveis alergias ou intolerâncias alimentares. Se necessário, há alternativas de chocolates veganos ou sem lactose disponíveis no mercado. E lembre-se: mesmo em ocasiões especiais, como a Páscoa, o chocolate não deve ser a única opção de guloseima, e as refeições principais da criança devem continuar sendo balanceadas e nutritivas.
Existe quantidade ideal de chocolate para crianças?
Com relação à quantidade, é importante estabelecer limites. O consumo diário de chocolate não é recomendado, e a porção ideal para crianças maiores de dois anos deve ser de aproximadamente 55 kcal por dia.
Controlar a quantidade e oferecer o chocolate com moderação, em momentos específicos, é o segredo para evitar problemas de saúde, como ganho de peso e aumento do colesterol.
Optar por chocolates amargos ou de qualidade superior, respeitar os horários das refeições e garantir que a criança tenha uma alimentação variada e rica em nutrientes são atitudes essenciais para que o consumo de chocolate se mantenha equilibrado e saudável.
Chocolate para crianças: dicas práticas para moderar o consumo!
Sabemos que pode ser um desafio dosar a quantidade – e que a criança pede chocolate sempre que pode. Mas algumas dicas podem ajudar. Confira este guia que AnaMaria preparou para você:
- Escolha o tipo certo de chocolate:
Prefira chocolates com maior teor de cacau, como o amargo (70% ou mais) ou o meio amargo. Evite chocolates ao leite, recheados ou brancos, que possuem mais açúcares e gorduras. - Estabeleça horários para o consumo:
Ofereça chocolate após uma refeição balanceada, como almoço ou jantar. Evite servir o doce à noite, para não prejudicar a digestão e o sono. - Controle as porções:
O ideal é oferecer pequenas quantidades, como um ou dois quadradinhos de chocolate. Evite dar barras inteiras ou embalagens grandes. - Inclua alternativas saudáveis:
Substitua chocolates convencionais por preparações caseiras com cacau em pó 100% e sem açúcar, como bolos, mousses ou vitaminas. - Evite o consumo diário:
Reserve o chocolate para ocasiões especiais ou um dia da semana, criando uma relação saudável e sem exageros com o doce. - Eduque pelo exemplo:
Mostre para a criança que doces podem ser consumidos com moderação e que alimentos como frutas, legumes e proteínas são importantes para a saúde. - Combine com outras opções:
Durante datas festivas, como a Páscoa, ofereça opções criativas, como cestas com frutas, livros ou brinquedos, para que o chocolate não seja a única atração. - Leia os rótulos:
Escolha chocolates com listas de ingredientes mais simples, sem excesso de aditivos, açúcares e gorduras trans. - Acompanhe o consumo:
Esteja atento ao comportamento da criança ao comer chocolate, incentivando a apreciação do sabor e evitando o consumo rápido e excessivo. - Reforce a importância de uma alimentação equilibrada:
Mostre que o chocolate pode ser parte de uma dieta variada e saudável, sem substituir outros alimentos essenciais para o crescimento e desenvolvimento.
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