Em uma conversa recente, Cátia Fonseca revelou que encara a vida de forma intensa. Para ela, é mais fácil lidar com a razão do que com a emoção. “Prefiro ter as rédeas da vida nas minhas mãos, o tal do controle, do que enfrentar a fragilidade emocional”, contou a apresentadora.
Esse comportamento, segundo ela, vem sendo trabalhado em sessões de terapia, onde aprendeu a reconhecer seus limites e a importância de se permitir sentir.
A comunicadora relembrou lembranças difíceis da juventude. Como filha mais velha de quatro irmãos, viu o pai abandonar a família quando tinha apenas nove anos. A mãe, então, precisou trabalhar para sustentar a casa, e ela assumiu o papel de cuidar dos irmãos.
“Precisava mostrar para minha mãe que eu era forte. Mas isso eu carrego até hoje. Arrepia, porque dói”, desabafou. Essas vivências precoces moldaram não apenas sua personalidade controladora, mas também a forma como encara desafios até os dias atuais.
Maternidade e amadurecimento
Quando se tornou mãe cedo, Cátia Fonseca percebeu que também cresceu junto com os filhos. Mesmo adulta, algumas emoções ainda se mostraram difíceis de lidar. Ela admite, contudo, que aprendeu a respeitar seu próprio tempo. “O tempo que preciso para lidar com as emoções é meu. Isso é libertador hoje, mas foi muito difícil chegar até aqui”, disse. Essa consciência, segundo a apresentadora, trouxe mais leveza e liberdade à sua vida.
Para a especialista em autoconhecimento e autoamor Renata Fornari, o comportamento relatado por Cátia Fonseca se encaixa no que chama de “armadura da Controladora”. Muitas mulheres, especialmente as filhas mais velhas, acabam assumindo responsabilidades precocemente. Essa postura, explica ela, cria uma das defesas emocionais mais pesadas: a de sempre estar disponível e dar conta de tudo.
Renata descreve que, por trás dessa mulher forte e resolutiva, existe uma menina que acreditou que só teria valor se conseguisse sustentar todos ao redor. “Brincar era perigoso, descansar era inaceitável. Se ela não cuidasse, tudo desmoronaria”, aponta.
O peso da hiperresponsabilidade
De acordo com a especialista, a mulher que vive sob essa armadura emocional paga um preço alto. A necessidade de estar sempre no controle pode resultar em ansiedade, solidão e cansaço profundo. “Essa mulher vive em alerta constante, tentando controlar tudo para não reviver o caos da infância”, explica.
No entanto, a transformação é possível. Renata destaca que o processo começa quando se compreende que controlar não significa segurança, mas sim prisão. “Soltar não é abandonar, é confiar. É deixar de ser a filha perfeita para se tornar a mulher inteira, dona de si mesma”, conclui.
Resumo: A apresentadora Cátia Fonseca revelou detalhes de sua relação com o controle emocional, marcada por responsabilidades assumidas desde cedo. Ao lado da maternidade, essa trajetória moldou seu jeito de ser. Especialistas explicam que a “armadura da Controladora” é comum e pode levar a exaustão, mas aprender a confiar e soltar é parte essencial da cura.
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