Este ano, o Carnaval de Veneza, na Itália, celebrou os 300 anos de Giacomo Casanova com o tema “O Tempo de Casanova”. O aventureiro, que nasceu em 1725, ficou eternizado na história veneziana como símbolo de liberdade e devoção à cultura.
E, como sempre acontece na “cidade flutuante” durante a tradicional festa italiana, a programação do evento teve bailes de máscaras, espetáculos ao ar livre e muito glamour nas fantasias. As ruas costumam ficam cheias e a proposta para os turistas nesse período é caminhar pelas vielas, pelas pontes e cair na folia.
A cidade fica cheia de barracas com adereços, máscaras diversas e confetes. Lojas de roupas para aluguel de fantasias também abrem as portas para os mais exigentes escolherem seus looks.
No trajeto, partindo da famosa Piazza San Marco (Praça São Marco, em português), onde acontece um completo desfile de personagens, é possível contemplar os produtos típicos da região nas vitrines das lojas, como objetos feitos de murano e comidas curiosas.
O que comer e beber
Me diverti ao ver os biscoitos doces em formato de pênis (sim, eles são comuns por lá), por R$ 45 (7,50 euros) e com um delicioso arancino recheado de ragu, que lembra a nossa coxinha de frango.
Além disso, boas opções de vinhos do país, como o Prosecco, e o verdadeiro café espresso italianos dispensam comentários.
Passeio de gôndola
Entre uma caminhada e outra (vale destacar que não há carros na área histórica), navegar é uma ótima dica. Diversas gôndolas se movimentam com milhares de turistas diariamente pelas centenas de canais.
O passeio indispensável, seja para fazer com parentes e amigos ou sozinho, pode custar a partir de R$ 480 (80 Euros) nessa época do ano e vale cada minuto.
Por que o Carnaval de Veneza é tão impactante?
As origens do evento remontam a 1094 e, após uma grande pausa, ele foi reativado com força total em 1979.
É importante levar em conta que o Carnaval de Veneza, ao contrário da festa brasileira, acontece no inverno europeu. Esse detalhe climático torna fundamental fazer as malas levando em conta o frio local. E que frio!
À noite, a temperatura chega a 4ºC.
É por isso que o evento é tão impactante para brasileiros: os trajes são robustos e repletos de camadas, totalmente diferentes dos trajes mínimos adotados no calor do Brasil.
Onde se hospedar
Para quem tem uma folga financeira que suporta pagar um hotel sofisticado, existem inúmeras opções, inclusive, às margens dos canais. No meu caso, a escolha foi o Hostel Generator Venice. Apesar de afastado do centro e de ser necessário o uso de uma balsa para acessar, o local tem uma vista perfeita para o Grande Canal de Veneza.
Hospedei-me em um quarto compartilhado feminino, com direito a cama de solteiro, banheiro com chuveiro e guarda-volume para a mala. O preço, R$ 300 (50 euros) por dia, e a área comum de bar/restaurante repleta de mochileiros do mundo todo completaram o pacote de estadia perfeita.
Foi nessa região que pude ver de perto a fabricação de uma gôndola no estaleiro Cantiere Nautico Crea. É uma experiência que recomendo a todos que vão a Veneza em qualquer momento do ano.
Como chegar
Como já estava na Itália, usei o transporte que achei mais interessante disponível: o trem confortável da Trenitalia. Carro, avião e barco também são opções possíveis.
Gostou das informações e pensa em planejar a viagem para o próximo ano? Não se esqueça de verificar com antecedência hospedagem e passagens.