A quinta edição do reality “Casamento às Cegas Brasil”, que estreou sua temporada “Nunca é Tarde”, na Netflix, está dando o que falar. Tudo porque o programa desta vez resolveu dar chance aos, digamos, maduros de plantão. De olho na tendência, Ana Maria Digital resolveu conversar com uma das participantes, a advogada Fabiana Chechia, de 53 anos, sobre a decisão de participar do experimento.
Com carreira consolidada e as filhas já adultas, ela é uma das protagonistas da série que decidiu abrir espaço para uma nova experiência, marcada por coragem, maturidade e autenticidade. “A oportunidade para participar surgiu através de um convite de uma pessoa do casting que viu o meu perfil. Participei do processo como todos os outros candidatos, enviando um vídeo de três minutos e preenchendo uma ficha extensa”, conta.
Apesar de já conhecer o programa por influência das filhas, ela admite que levou algum tempo para aceitar o desafio. “Fiquei um pouco pensativa se realmente queria me expor ao que esse experimento propõe. Mas, uma vez decidida, mergulhei de cabeça”, diz. A identificação com a proposta desta edição é voltada exclusivamente a participantes acima dos 50 anos e isso foi um fator decisivo para que ela se sentisse representada e motivada a buscar uma nova chance de viver o amor.
A busca pelo parceiro ideal é uma constante na maturidade
A temática da temporada dialoga com uma realidade crescente no Brasil: cada vez mais pessoas solteiras ou divorciadas após os 50 buscam relacionamentos significativos. Segundo dados estatísticos, em 2022 cerca de 23% dos divórcios envolveram homens nessa faixa etária, enquanto 31% foram de mulheres. O aumento da expectativa de vida, hoje em torno de 76,4 anos no país, também contribui para que muitos, como Fabiana, enxerguem o recomeço afetivo como uma oportunidade legítima de felicidade.
Pesquisas do IBGE reforçam essa tendência, evidenciando que separações na maturidade se tornaram mais comuns, acompanhando mudanças culturais e sociais. A longevidade maior e a autonomia conquistada por muitas pessoas acima dos 50 ajudam a consolidar esse momento da vida como um período fértil para novas relações. O reality, nesse contexto, aparece como vitrine de histórias reais que dialogam com um público que se reconhece nos participantes.
Programa cativa e coloca amor em prova, ao mesmo tempo
Ao trazer perfis variados como viúvas, divorciados, artistas e aposentados, o programa busca desmistificar o preconceito que associa paixão apenas à juventude. Para Fabiana, que além de advogada tem formação em dança e já foi bailarina, a participação significa também reafirmar que é possível viver aventuras e emoções intensas, independentemente da idade. A temporada “Nunca é Tarde” reforça que afetividade e maturidade não são opostos, mas complementares.
O formato mantém a essência que conquistou os fãs: encontros às cegas em cabines, conversas profundas, pedidos de noivado e convivência antes do tão aguardado “sim”. Entre os prós dessa edição estão a visibilidade inédita para histórias de pessoas na faixa dos 50+, o estímulo à empatia e a mensagem de que “nunca é tarde” para se apaixonar, como ressaltam os apresentadores Camila Queiroz e Klebber Toledo. Por outro lado, os contras incluem o risco de repetição de etapas já conhecidas e a pressão emocional que a exposição pode gerar em quem carrega vivências marcantes.
Para Fabiana, porém, a experiência vai além de um simples entretenimento televisivo. Sua presença na atração simboliza coragem, recomeço e o desejo de viver uma nova fase afetiva. Casamento às Cegas Brasil: Nunca é Tarde convida o público a olhar o amor depois dos 50 com respeito, esperança e emoção — lembrando que, quando o assunto é felicidade, o tempo pode ser apenas um detalhe.