Giovana Vieira, diagnosticada com doença de Parkinson aos 45 anos de idade, é autora do livro “Ame o Parkinson”, lançado pela Editora Leader. A professora, ao ser surpreendida pelo diagnóstico, conta que precisou exercitar resiliência e autocontrole ao receber a notícia. “A primeira coisa que me veio à cabeça foi a mãe da Xuxa, porque me lembro das declarações da apresentadora, do quanto ela sofria vendo a situação da dona Alda Meneghel e imaginei que poderia sofrer tanto quanto ela. Mas ressignifiquei esse sentimento e percebi que precisava fazer diferença na sociedade. Foi quando resolvi expor minha vida e história para lançar o livro”, conta.
Neste livro emocionante, a autora compartilha a trajetória real e corajosa de quem, no auge da carreira e da vida, recebeu o diagnóstico de Parkinson e convive com ele há sete anos. Com uma escrita envolvente e humana, ela transforma sua experiência em inspiração para milhares de pessoas que enfrentam desafios invisíveis.
“Essa publicação vai muito além de um relato pessoal. É um guia de superação, informação e esperança que deve ser consumido por todos, já que Giovana ensina, com a alma de professora e o coração de quem vive cada batalha, que a qualidade de vida é possível, mesmo diante de uma doença degenerativa”, declara Andreia Roma, CEO da Editora e criadora do Selo Editorial Série Mulheres, que também credencia o título.
“O Parkinson não deve limitar ninguém”, defende autora
Com lançamento que acontece hoje na Livraria da Vila, no Shopping Pátio Higienópolis, às 19 horas em São Paulo, Giovana espera tocar as pessoas e falou com exclusividade para Ana Maria Digital, sobre os mitos que assolam o Parkinson.
– Isolamento é necessário. Mito. Quem disse que é preciso isolar-se quando descobrimos a doença? “Considero como mito, em relação à Doença de Parkinson, que você precise de isolar socialmente. Não, não é verdade. É claro que você vai se adaptando a cada situação ou desafio de forma contínua, mas isso não pode te condenar a viver sozinho ou na escuridão. Sou prova viva disso”, explica.
– A culpa é de quem carrega o diagnóstico. Mito. Não podemos culpar a pessoa pelo diagnóstico nem tão pouco os outros que a rodeiam. “Nos culpar então, é proibido. Ninguém tem esse diagnóstico porque quer, mas é preciso absorver a ideia de que o Parkinson é uma doença como qualquer outra e precisamos encarar um novo modo de vida para superar. Mantenha uma rede de apoio, converse com outros que vivenciam a mesma experiência e não perca a esperança, mas ao se olhar no espelho, diga que é um vencedor”.
– Negatividade é comum no Parkinson. Mito. Não é preciso ser assim! “O Parkinson é uma doença degenerativa, mas ela não é destrutiva. E viver com positividade faz diferença sim em nossa saúde mental. O segredo está em aprender a conviver bem e não brigar com a doença. Eu acho que essa é uma dica valiosa: dê peso a isso para poder viver melhor”.
– Parkinson é uma doença só de gente velha. Mito. “Entendi que 4% da população de Parkinson no Brasil é diagnosticado antes dos 50 anos, então eu me enquadro nessa minoria. Geralmente as pessoas associam a doença aos idosos e só conhecem um sintoma que é o tremor, mas não é realidade: existem 32 tipos de Parkinson e existem pessoas que não são diagnosticadas cedo”.
– Não é possível ser ativo após o diagnóstico. Mito. A autora do livro, que busca ajudar outras pessoas a compreenderem a vida de outra maneira após o diagnóstico da doença reforça que o problema não pode nos limitar. “Como professora de negócios na área de estratégia, customer experience e inovação, nas principais escolas de negócio do Brasil, com mais de 35 anos de experiência no mercado B2B e agora autora desse livro que será um marco, mostro que é possível tornar a trajetória de vida com a Doença de Parkinson em algo leve”, finaliza.