Filho primogênito de três irmãos, o artista plástico Paulo Ricardo Campos, reconhecido por sua inovadora técnica feita em “pixels”, se destaca também por produzir uma arte vibrante e cheia de emoção. Goiano de Itumbiara, ele resolveu assumir a responsabilidade pela família aos dezessete anos, após a falência do negócio familiar, oferecendo aulas de pintura para ajudar em casa. “Essa decisão foi uma virada de chave em minha vida e me levou a descobrir e criar minha própria forma de expressão artística. Assim, minha trajetória mostra que o estímulo pode ser transformador e gosto de levar essa mensagem para todos”, revela.
A determinação sempre esteve presente em sua vida, já que desde pequeno usou a pintura como um meio de expressão e liberdade. Reconhecido internacionalmente por sua maestria na pintura e as contribuições à arte, continua a surpreender o mundo com seu talento e seu comprometimento humanitário. Dentre suas conquistas, o artista acumula quatro Títulos de Imortalidade Acadêmica, dois Títulos de Comendador numerados pela ONU (Organização das Nações Unidas), além de ser laureado como “Catedrático das Artes” pela Santa Igreja Católica. Em 2022 recebeu o prêmio de “Artista do Ano” durante o “Top Of Mind Awards” na Inglaterra, solidificando ainda mais seu status como um dos grandes nomes da arte contemporânea.
Se tudo começou por causa da família, é ela também que inspira as suas obras. Conhecido por sua sensibilidade e conexão com suas origens, sua ancestralidade indígena está visível em “Raízes de Esperança”. Movido por suas avós, Eunice e Esperança, Paulo mergulha nas significações profundas de seus nomes, revisitando a essência de suas histórias e legados. “Minhas raízes mais antigas são minhas avós, e o nome delas diz muito sobre quem são. Eunice, que significa ‘boa vitória’ ou ‘vitória verdadeira’, simboliza a força e a resiliência, enquanto Esperança representa a fé e a crença na possibilidade de realização de sonhos”, explica.
O artista brasileiro também é famoso por sua técnica “Pixels”, que combina elementos contemporâneos, científicos e poéticos. A técnica reflete a busca de Paulo por uma nova estética que dialoga com a cultura brasileira e global, convidando a explorar a conexão entre o cosmos e nossa própria existência. Recentemente, homenageou a Rainha Elizabeth II durante um tributo póstumo em Londres, onde retratou a monarca como uma estrela. “Alguma parte do nosso ser sabe de onde viemos e ansiamos voltar. O cosmos está dentro de nós. Somos feitos de matéria estelar”, instiga.
Certo de que as pessoas são portadoras de um brilho que vai além da superfície, em sua mais recente coleção o artista simboliza essa verdade primordial e científica, refletindo a ideia de que somos feitos da mesma matéria das estrelas. Cada pincelada remete a um ponto de luz, o mesmo dos nossos olhos, representando a fagulha de uma ancestralidade cósmica. “Para enxergar nossa verdadeira origem, que é estelar e celestial, é preciso reconhecer a força divina que mora dentro de cada um de nós”, ressalta o artista.
Uma das vertentes de Paulo Ricardo é o despertar da divina essência que habita no interior de cada um, por isso, cada quadro é um convite para uma nova percepção de nós mesmos. Sua última obra, a qual chamou de “pincelada da alma”, tem como tema a figura humana. Assim, em uma paleta vibrante, o artista transforma pontos de luz em “faíscas de vida”, onde o pixel, unidade mínima de luz, simboliza nosso brilho interior e a verdadeira essência de nossa origem. Através de suas pinturas, somos convidados a embarcar em uma jornada de autodescoberta e iluminação, buscando em nossa ancestralidade a resposta para muitas perguntas. “É um convite a mergulhar em uma jornada de autoconhecimento e reflexão”, finaliza.