Autocuidado não é luxo, tampouco se resume a uma rotina de skincare ou beber três litros de água por dia, pelo contrário, ele é a base da saúde emocional, da clareza mental e da construção de uma imagem sólida e autêntica. Hábitos essenciais de autocuidado na vida pessoal e profissional vão além de pequenos mimos: são práticas intencionais, estratégicas e transformadoras. Além disso, cuidar de si mesma influencia diretamente como os outros percebem sua força, consistência e confiabilidade.
Neste artigo, apresentamos nove hábitos essenciais de autocuidado, bem como insights sobre como o seu guarda-roupas pode se transformar numa ferramenta de saúde emocional, unindo moda, mitologia grega e psique feminina.
1 – Corte Pessoas Tóxicas
Nem todo mundo merece espaço na sua energia. De fato, pessoas tóxicas são aquelas que, constantemente, diminuem suas conquistas; além disso criticam sua aparência, questionam suas decisões ou ainda, disseminam negatividade disfarçada de opinião sincera. Esse tipo de comportamento pode acontecer com familiares, amigos ou, inclusive, colegas de trabalho.
Exemplos típicos de comportamento tóxico:
- Comentários depreciativos sobre sua aparência merecem atenção. Por exemplo: “nossa, sua pele tá tão manchada…aconteceu alguma coisa?”
- Críticas ou deboches constantes às suas escolhas, sem qualquer elogio. Um exemplo disso seria: “Você ficou parecendo uma criança com essa franja”
- Comentários que desvalorizam suas conquistas, como: “essa faculdade que você fez é reconhecida pelo MEC?”, também comprometem seu bem-estar emocional.
- Hábitos de autocuidado economizam sua energia. Evite compartilhar suas vitórias com quem tende a reagir com inveja ou julgamento. Além disso, não é necessário cortar relações de forma dramática, mas aprender a filtrar informações e reduzir exposição é vital.
Na perspectiva das deusas gregas, Atena simboliza essa sabedoria estratégica: ela protege seu espaço e energia, mantendo apenas aliados que fortalecem e respeitam sua presença. Cultivar esse hábito é agir de forma consciente para preservar sua autoestima e bem-estar.
2 – Respeite sua Imagem Pessoal
Sua imagem não é apenas estética; é comunicação não-verbal. É uma extensão de quem você é, da sua identidade, dos seus valores e de sua posição no mundo. Portanto, cuidar da sua aparência faz parte dos hábitos de autocuidado com sua pisque. Assim como o exercício físico fortalece o corpo, se vestir com intenção fortalece a mente e a autoconfiança.
Exemplos práticos:
- Em reuniões desafiadoras, que, portanto necessitam de flexibilidade, agilidade e firmeza, usar um sapato de salto bloco baixo pode ser mais estratégico que um tênis
- Ajustar a postura e escolher roupas que reflitam autoridade ajuda a impor respeito sem uma palavra. Por exemplo: se você trabalha com beleza, então, use peças visualmente atrativas; da mesma forma se você atua no setor financeiro, escolha peças que sugiram poder econômico.
- Pequenos detalhes, como cores, texturas e acessórios, podem comunicar assertividade, poder ou acolhimento, dependendo da mensagem que você deseja passar.
Com Atena aprendemos a escolher com inteligência; com Hera, a sustentar respeito. Na imagem, razão e autoridade caminham lado a lado.
3 – Cuide das suas Redes Sociais
No mundo digital, sua presença on-line é uma extensão direta da sua marca pessoal. Além disso, fotos, legendas e interações comunicam mais do que você imagina. Nesse sentido, autocuidado digital significa, em primeiro lugar, planejar cuidadosamente o que você compartilha; em segundo lugar, alinhar cada postagem à sua identidade; e, por fim, garantir que sua comunicação seja coerente, estratégica e representativa da imagem que você deseja projetar. Dessa forma, você não apenas preserva sua autenticidade, como também fortalece sua reputação e seu posicionamento no ambiente digital.
Dicas práticas:
- Revise seu perfil de WhatsApp e redes sociais: cada foto e cada texto dizem algo sobre seus valores. Exemplo: Cuidado com fotos de perfil contendo bebidas, cigarros ou roupas de banho. Isso pode imputar sobre você uma imagem que não é verdadeira, principalmente em ambientes corporativos tradicionais.
- Evite publicar conteúdos que contradizem sua postura ou imagem no trabalho. Por exemplo: Se você trabalha com um público masculino que exige uma postura firme, evite postar desabafos, tristezas e vulnerabilidades, caso esse publico te siga.
- Use o digital como uma ferramenta estratégica de presença, não apenas como espaço de exposição. Como você quer que as pessoas te percebam? O que você gostaria que seu futuro chefe ou seu próximo cliente soubesse sobre você?
Hera, como arquétipo, nos lembra da importância de proteger o território e a reputação. Cuidar das redes não é vaidade; é posicionamento. E posicionamento influencia tanto oportunidades profissionais quanto relações pessoais.
4 – Confronte sua Sombra
Encarar suas partes difíceis é um passo transformador. Todos carregamos medos, inseguranças e padrões de autossabotagem. Hábitos essenciais de autocuidado exigem coragem para olhar para dentro, identificar essas sombras e trabalhá-las.
Por que isso importa:
- Conhecer seus medos ajuda a prever reações e evitar sabotagens emocionais. Exemplo: o medo de ser abandonada pode levar a um ciúme exagerado, sufocar o parceiro (a) e ser abandonada por ele (a)
- Aceitar limitações permite crescer com autenticidade, sem comparações destrutivas. Exemplo: “Meu cabelo ficou branco e não tenho interesse em pintá-lo. Aceito que sou uma mulher madura, livre e corajosa para ir contra à imposição social da juventude eterna”.
- Confrontar devolve poder interno, gerando mais autoconfiança. Exemplo: Quando você “segura” um look que todo mundo acha estranho, é como se conquistasse uma batalha interna. E é isso que dá força para continuar.
Perséfone nos ensina que atravessar o submundo interno é necessário para renascer mais forte. Sem enfrentar essas sombras, é difícil dizer “não” de forma firme, questionar negativas automáticas e se posicionar com segurança.
5 – Estabeleça Limites Firmes
Dizer “não” é difícil, especialmente para mulheres condicionadas a agradar. No entanto, limites claros são essenciais para proteger tempo, energia e saúde mental. Estar sempre disponível não é sinal de generosidade; muitas vezes, é caminho para esgotamento.
Práticas de autocuidado com limites:
- Não negocie afeto usando sua imagem como moeda de troca. Exemplo: “eu queria tanto cortar meu cabelo, mas pra não arrumar confusão com meu marido deixo comprido mesmo”.
- Se você fizer uma make ousada ou montar um look diferente, evite pedir a opinião de pessoas leigas, pois além de não terem repertório técnico para ajudar, ainda farão com que se sinta insegura.
- Aprenda a reconhecer falas abusivas, como: “você já passou da idade para usar esse tipo de roupa”, e responder com assertividade: “Entendo sua opinião, mas essa escolha combina com o que quero transmitir hoje”.
Ártemis simboliza independência e proteção do espaço pessoal. Preservar sua intimidade e cultivar limites são hábitos de autocuidado que impõe respeito e evita que você se perca no esforço de agradar a todos.
6 – Não Seja uma Pessoa Tóxica
O autocuidado não é apenas sobre se proteger; é também sobre não prejudicar outros. Reflita sobre como você reage às falhas alheias e ao sucesso dos outros.
Exemplos de comportamento saudável:
- Opiniões só quando solicitadas. Exemplo: Se a pessoa pintou o cabelo de escuro e você não gostou, fique quieta. Se ela não pediu sua opinião é porque é irrelevante pra ela.
- Feedback sincero, mas sempre delicado. Exemplo: A pessoa perguntou se você gostou do novo corte de cabelo e você não gostou. Seja sincera e explique seus motivos com delicadeza, sem deboche ou críticas.
- Evite comparações e julgamentos desnecessários. Exemplo: “Essa sua roupa fica melhor no corpo da fulana de tal”. “Onde é a festa que eu não tô sabendo?”
Deméter nos inspira a ser gentil e acolhedora sem drenar a energia de ninguém. Ser consciente sobre o impacto de suas palavras é um hábito essencial de autocuidado de mão dupla: protege você e fortalece suas relações.
7 – Aceite que Você não é Especial
O hábito do autocuidado aqui é praticar a realidade com leveza, entendendo que o mundo não gira em torno de você, mas você ainda pode impactar positivamente.
Cultivar esse hábito é desconfortável, mas necessário. Ser “única” não significa estar acima dos outros. Ego inflado gera conflitos, enquanto humildade e flexibilidade permitem criar relações de confiança e cooperação.
Por que é importante:
- Reduz ansiedade e procrastinação por comparação constante. Ao aceitar suas limitações e qualidades, você para de medir seu valor pelos outros e consegue agir com mais foco.
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Ajuda a lidar com críticas sem ressentimentos. Humildade permite ouvir feedbacks de forma construtiva, sem reagir com defesa ou raiva.
- Permite perceber oportunidades sem arrogância. Reconhecer que não é especial abre espaço para aprender, crescer e aproveitar novas chances sem bloqueios.
O arquétipo da Deusa Psiquê nos ensina a reconhecer nossos limites sem perder a curiosidade e a capacidade de agir. Aceitar que não é especial abre espaço para crescer e se transformar com autenticidade.
8 – Não aceite o “não” como ponto final
Persistência é autocuidado ativo. Quantas vezes você aceitou limites impostos sem questionar? Insistir, criar alternativas e negociar é exercício de poder pessoal.
Como aplicar:
- Questione negativas automáticas. Nem todo “não” é definitivo; muitas vezes, é apenas resistência inicial que pode ser revista.
- Explore caminhos alternativos para alcançar objetivos. Por exemplo: se seu chefe negar uma promoção, proponha assumir um projeto desafiador para demonstrar preparo e abrir caminho para novas oportunidades.
- Transforme obstáculos em aprendizado. Cada barreira vencida fortalece sua capacidade de adaptação e amplia sua visão de futuro.
Psiquê nos ensina que a verdadeira transformação vem do desafio constante: ao manter a curiosidade viva, explorar possibilidades e persistir diante dos desafios, construímos mudanças profundas e duradouras em nossa vida.
9 – Faça terapia
Cultivar esse 9 hábitos essenciais de autocuidado, é assumir as rédeas da própria vida e agir com intenção. É escolher diariamente se respeitar, proteger sua energia, aprimorar sua imagem e persistir diante dos desafios. A terapia clínica ajuda a identificar medos, processar frustrações e estruturar comportamentos, enquanto a Terapia de Estilo integra imagem e autoconhecimento, fortalecendo autoestima, relacionamentos e posicionamento — no trabalho e na vida pessoal.
Em resumo, autocuidado não é conforto, é força: é a maneira de garantir que você não apenas sobreviva, mas se transforme e cresça continuamente.
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