Na contramão da democracia, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou no último dia 07/01 que seus aplicativos (Facebook, Instagram e Treads) não vão mais checar se as informações que são publicadas pelos usuários nas redes sociais são falsas ou não.
Esta mudança nos algoritmos e no sistema de checagem visa, de acordo com ele, dar mais “liberdade de expressão” à população. Além disso, funções que valorizavam a comunidade LGBTQIAP+ já foram alteradas nos aplicativos, o que gerou críticas por parte de especialistas em diversidade e inclusão.
Não precisamos ir muito longe para lembrar que notícias falsas são um problema para a população. Basta olharmos para últimos quatro anos e pensarmos na quantidade de informação errônea sobre a covid-19 que circulou nas redes sociais. Acredito que elas tenham contribuído para a alta mortalidade da pandemia, afinal, quanta gente deixou de se cuidar porque era “apenas uma gripezinha”?
A notícia boa, neste caso, é a de que a mídia tradicional (TV, rádios, jornais) tem um sistema e método de checagem mais sérios e artesanais do que as redes sociais, pois para que uma matéria seja veiculada em um programa de TV, por exemplo, ela precisa passar pelas mãos de vários profissionais: editor, pauteiro, repórter, apresentador, etc. Por isso, as chances de o fato ser “fake” são muito menores!
Sem contar que haverá, assim eu espero, um filtro que respeite minimamente os Direitos Humanos, coisa que Mark Zuckerberg já demonstrou que não quer mais fazer…
Por isso, a TV pode se fortalecer ao oferecer ao telespectador a credibilidade e a checagem dos fatos que a população de fato precisa. A mídia tradicional será neste caso o colete salva-vidas para aqueles que estarão se afogando em um mar de mentiras.