Pode até parecer muito tempo, mas o primeiro beijo gay da TV brasileira foi exibido a apenas pouco mais de 11 anos. Giselle Tigre, uma das protagonistas do beijo, avalia a cena de ‘Amor e Revolução’ como muita ousada.
“Uma novela que se passava nos tempos da ditadura, num canal como o SBT, que eu e a Luciana [Vendramini] protagonizamos algo extremamente ousado, mesmo para os dias atuais”, relembra.
Quando questionada sobre a evolução das tramas LGBTs nas novelas e produções da televisão aberta, a atriz reconhece que um bom caminho foi percorrido, mas ainda considera a naturalização da diversidade como muito lenta.
“É preciso naturalizar e lutar pelo respeito à comunidade LGBT + e isso passa pelo entendimento, representatividade e militância. Precisamos todos lutar contra qualquer tipo de preconceito e estigmatização. O mundo é plural, isto é um fato’, conclui Giselle.
Avançando um pouquinho no tempo, após participar de ‘Gênesis’ e ‘Reis’, ambas da Record, nos últimos anos, Giselle ficou com desejo de voltar a fazer uma novela do início ao fim e revela já ter feito testes para futuras produções no início de janeiro: “Estou na expectativa de fazer uma novela este ano”.
POLIVALENTE
Ao mesmo tempo, o mundo da atuação não é sua única prioridade, já que ela também pretende seguir caminhando na carreira musical. Inclusive, um de seus projetos na área é com o cantor e compositor cearense Ednardo, conhecido em todo o Brasil com a lendária canção ‘Pavão Misterioso’, abertura da novela ‘Saramandaia’.
“2023 marca a celebração da Cultura Brasileira em todos os seus segmentos. Estou animada para voltar aos palcos cantando as músicas que me tocam o coração e que estou há tanto tempo ensaiando e planejando cada detalhe”, afirma.
Além de atriz e cantora, ela também já trabalhou com locução e é formada em jornalismo. Sobre sua polivalência, ela considera ser uma pessoa que busca agregar conhecimento sempre. “Só há coisas positivas em agregar experiências em nosso currículo”, argumenta.
E não para por aí: a autora do livro ‘O Melhor da História é Agora’, em comemoração aos seus 50 anos de vida e 36 anos de carreira, também revela o desejo de produzir projetos autorais no ramo do audiovisual, algo que já está em processo de elaboração.