A nova promessa do sertanejo vem do Nordeste. Eles são irmãos, vieram do circo e sempre foram apaixonados pelo gênero que nasceu nos rincões do Centro-Oeste e Sudeste.
Quatro anos separam Jonatha Keven Vieira Fontenele, nascido em 1994, em Crateús (CE), e Cristiano Deyvid Vieira Fontenele, de 1990, natural de Mossoró (RN).
Após celebrarem ontem o Dia do Palhaço, a dupla abre o coração e revisita a infância debaixo da lona, as primeiras experiências no palco e as lições que trouxeram para a música.

O início de vocês como palhaços de circo marcou profundamente a trajetória artística da dupla. Que lembranças mais fortes desse período ainda moldam quem vocês são hoje?
“Temos boas e felizes lembranças do circo. A gente começava o espetáculo cantando e, logo depois, nossa mãe entrava como palhaça. Também lembramos dos outros números que fazíamos, como palhaço, no trapézio e vários outros. Foi uma fase que marcou muito a nossa história e nos mostrou, na prática, que nada é fácil.”
O que o universo do circo, sua rotina, o improviso e o contato direto com o público ensinou a vocês que nenhuma outra profissão teria ensinado?
“Ter contato com o público desde cedo e ser palhaço nos ajudou a perder a timidez. Sempre tivemos um bom desenvolvimento quando o assunto era palco e público. Acho que isso nos ajudou de uma forma que nenhuma outra experiência teria ajudado.”
Como foi a transição de palhaços para cantores? Houve algum momento decisivo em que perceberam que a música seria o novo caminho?
“Ainda muito jovens, saímos do circo. Nossa mãe queria que nós estudássemos. Então a música passou a ser nosso maior foco, e percebemos que aquilo era o nosso forte. Desde então, seguimos nos aperfeiçoando com muito amor e dedicação.”
Ontem foi o Dia do Palhaço. Que mensagem vocês gostariam de deixar para os artistas circenses que seguem levando alegria pelo Brasil, muitas vezes com pouco reconhecimento?
“A todos os artistas circenses, deixamos o nosso agradecimento por levarem alegria, humor e felicidade por onde passam. Que continuem com esse trabalho lindo, digno de grandes reconhecimentos.”

Se vocês pudessem revisitar o picadeiro onde tudo começou, que conselho diriam para a versão mais jovem de Jonatha e Cristiano?
“Nós diríamos para a nossa versão mais jovem que cada momento é único, que cada momento traz felicidade e que cada momento é perfeito dentro da sua própria particularidade. E diríamos para aproveitarmos cada instante como se fosse realmente único e especial.”








