O ator e cantor Felipe Camacho, de 28 anos, está prestes a subir aos palcos pela primeira vez com o espetáculo teatral que marca sua estreia oficial na atuação. Natural de Niterói (RJ), o artista traz uma trajetória marcada por recomeços e coragem: antes de dar vida ao personagem Gabriel, Felipe foi jogador de futebol profissional e trilhou um caminho de autodescoberta entre a música e a dramaturgia.
“Eu comecei a jogar bola muito novo, com uns quatro ou cinco anos. Sempre foi meu sonho ser jogador profissional e consegui. Mas eu também sonhava em ser cantor e ator, embora parecesse distante”, conta ele.
O interesse pelas artes nasceu em casa. Filho de pais ligados ao samba, Felipe cresceu rodeado por instrumentos e melodias. Aprendeu cavaquinho ainda na infância e levava o instrumento até para as concentrações nos clubes onde jogava. “A música sempre esteve presente. E o teatro era um dos meus hobbies favoritos”, relembra.
Do campo para os palcos
Após deixar o futebol, Felipe não perdeu tempo. Assumiu o microfone e começou a cantar profissionalmente. Mas o desejo pela atuação falou mais alto, e ele decidiu se profissionalizar, estudando em escolas renomadas como CAL, O Tablado e a Escola de Atores Wolf Maya.
“A atuação eu não sabia como fazer, então comecei os cursos pra me preparar. E desde o primeiro contato eu amei. Me influenciaram totalmente para seguir nesse sonho.”
Agora, o artista vive a intensidade do processo de ensaios para seu primeiro espetáculo. No palco, ele interpreta Gabriel em um texto assinado por Regina Antonini, ao lado de apenas mais um ator — o que exige concentração, entrega e domínio de cena.
“É um texto de trífego, com 34 páginas, só dois atores em cena. Um grande desafio, mas eu gosto de viver intensamente o processo. Todos os dias eu leio o texto inteiro, até durante o banho eu fico dando vida ao Gabriel.”
Música e teatro: dois palcos, uma mesma paixão
Dividido entre os ensaios teatrais em São Paulo e os shows musicais nos fins de semana, Felipe se vê realizado por trabalhar com o que ama — mesmo com a rotina puxada.
“Obviamente tem dificuldades, mas fica muito confortável quando você ama o que faz. Eu amo a música, amo a atuação. E acho que o que une as duas coisas é o palco. Ser o porta-voz de um momento de alegria no dia de alguém é o que me faz feliz.”
Com os olhos no futuro, Felipe Camacho não esconde o desejo de ampliar sua carreira artística. Além do teatro, ele já se prepara para mergulhar em novos formatos. “Quero seguir com foco total na música e na atuação, não só no teatro, mas também buscando novelas, filmes e séries.”
E conclui com uma filosofia inspiradora:
“Sonhar pequeno e sonhar grande dá o mesmo trabalho. Então é sonhar grande, fazer novas peças, grandes novelas. Esse é meu grande sonho.”