Globalização é um termo famoso já há muitos anos. De forma geral, ele envolve a integração internacional nos vários setores, como econômico, social, cultural, político, tecnológico, entre outros. E sabe o que impulsionou a Globalização? Entre outros fatores, a redução de custos dos meios de transporte e de comunicação dos países, no final do século 20 e início do século 21.
Aí você deve estar se perguntando: mas como é que essa tal de Globalização afeta minha vida? Justo eu, um morador de alguma cidade do interior do país, que nunca nem colocou os pés para fora do país. Te respondo: é por causa da Globalização que podemos degustar uma cerveja Heineken (empresa holandesa), fazer um lanche no McDonald’s (empresa americana) ou dirigir um veículo da Honda (empresa japonesa) no Brasil.
Com relação à informação globalizada, podemos ainda destacar a compra de um produto através de um e-commerce de outro país, como é o caso da China. Já no que diz respeito à globalização cultural, poderíamos, por exemplo, fazer aulas, cursos e treinamentos, em quaisquer idiomas, com profissionais do mundo inteiro.
DIFERENTES MOMENTOS
A Globalização 1.0 é de meados de 1500 a 1800, e nela os países se globalizaram através das grandes navegações. Podemos destacar, neste ponto, as expedições portuguesas que atravessavam o Oceano Atlântico, cortando o Continente Africano, até chegar às Índias, com o intuito de estabelecer parcerias e mercados comerciais.
Já a Globalização 2.0 data de 1800 a meados de 2000, onde as empresas se globalizaram pela expansão dos mercados internacionais. Foi o momento da Revolução Industrial, onde aconteceu a transição para novos processos de manufatura. Essa transformação incluiu a mudança de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção, o uso crescente da energia a vapor, e o desenvolvimento de máquinas e ferramentas.
No caso da Globalização 3.0, ela abrange o período do ano 2000 até os dias atuais. No caso, a globalização não é mais construída em torno de países ou empresas, mas sim nas pessoas. Vamos imaginar uma outra situação.
MAIS EXEMPLOS
Fulano de Tal nasceu na Itália, mas reside nos Estados Unidos há 20 anos. O mesmo recebe frequentemente solicitações para escrever matérias para um Jornal Argentino. Em um desses textos, Fulano escreveu durante sua viagem de trem, entre duas cidades americanas. Ao chegar na estação final, conectou-se à internet wi-fi disponível gratuitamente para os usuários, e logo após fazer os ajustes finais no texto, enviou, via email, para o Jornal Argentino, para posterior publicação.
Fazendo-se uma análise do trecho anterior, percebemos que Fulano de Tal é o “perfeito trabalhador globalizado”. De acordo com o Jornal “The New York Times”, que cita o livro “O Mundo é Plano”, de Thomas Friedman, ele era considerado uma mini-multinacional trabalhando no seu escritório virtual global. Em síntese, é como se seu notebook conectado à internet fosse uma grande empresa multinacional, e também um escritório no qual você pode desenvolver projetos, parceiras e trabalhos para empresas e países do mundo inteiro.
Ainda, de acordo com o livro, a maior parte do seu dinheiro virá de trabalhos globais; restando somente desvendar quem terá chance de se tornar global, e quem será atropelado pelo processo, sendo deixado para trás na corrida pela globalização, observa uma matéria da revista SuperInteressante.
A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR DE ONDE QUISER
Importante neste cenário, falar sobre o home office, que ganhou grande destaque após a pandemia. E grande parte das empresas, particularmente as de tecnologias, têm modificado as relações de trabalho, propondo agora o trabalho híbrido, em que o funcionário precisa estar presente na empresa apenas alguns dias na semana, e em outros pode desenvolver seu trabalho de forma remota, através do home office.
Esse modelo de trabalho traz vantagens tanto para o profissional, quanto para a empresa. No caso do primeiro, o mesmo não precisa gastar tempo e dinheiro com deslocamento, e pode melhor aproveitar seu tempo para realizar atividades físicas no seu dia a dia, por exemplo. No caso da empresa, a mesma economiza espaço físico, energia elétrica, água, aluguel, entre outros.
Importante também destacar, neste cenário, as chamadas “vagas globalizadas”. Essas vagas são aquelas oportunidades de trabalho que independem da localização física de onde esteja o candidato. Por exemplo, poderíamos ter uma oportunidade para programador de softwares em uma empresa de tecnologias em São Paulo/SP; e um candidato de Recife/PE, se candidatar.
Se o candidato fosse selecionado, não precisaria se mudar para a capital paulista, mas poderia desenvolver seu trabalho de forma remota, de Recife mesmo. Hoje em dia existem softwares que gerenciam o tempo de permanência do funcionário no computador (para controle), entretanto, existem aquelas oportunidades de trabalho onde o colaborador trabalha por “metas”, quando ele “faz o seu horário de trabalho”, digamos assim.
Esperamos ter desbravado um pouco o mundo do Profissional 3.0. Até o próximo artigo!!!
*JULIANO SCHIMIGUEL é Pesquisador, Orientador de Pós-Doutorado, Doutorado e Mestrado, Professor Universitário (Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo/SP, Centro Universitário Anchieta – Jundiaí/SP) e escreve sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), além de seu impacto na sociedade e no ensino e aprendizagem. Para encontrá-lo, basta acessar seu LinkedIn, seu Instagram, seu Canal no Youtube ou mandar um e-mail: [email protected]