O jejum intermitente está cada vez mais em alta – e não é à toa. Ele promete auxiliar na perda de peso, melhorar a sensibilidade à insulina e dar um impulso na saúde metabólica. No entanto, quando o assunto é o corpo feminino, os hormônios entram em cena, tornando o tema mais delicado.
Hormônios como o estrogênio e a progesterona desempenham papéis fundamentais na regulação do ciclo menstrual, do humor, da disposição e do metabolismo. O jejum intermitente, que pode ser uma estratégia interessante para algumas pessoas, também pode ter efeitos específicos nas mulheres – e nem sempre eles são positivos.
Os prós do jejum intermitente
Por um lado, o jejum intermitente pode ser uma ferramenta eficaz para controlar o apetite, ajudando a reduzir a ingestão calórica e favorecendo a perda de peso. Para quem tem dificuldades em evitar as “beliscadas” ao longo do dia, ele oferece uma estrutura alimentar mais simplificada, com janelas de alimentação curtas e planejadas.
Outro benefício relatado é a sensação de energia mais estável e maior clareza mental durante o período de jejum, uma vez que o corpo aprende a usar as reservas de gordura como fonte de energia. Esses efeitos podem ser muito motivadores para algumas mulheres.
Os contras do jejum intermitente
Porém, é importante discutir os possíveis contratempos. Em algumas mulheres, o jejum intermitente pode impactar negativamente o ciclo menstrual e os hormônios. Isso acontece porque o organismo feminino pode interpretar a restrição alimentar como um “estado de alerta”, aumentando os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Esse estresse adicional pode levar às seguintes consequências:
- Irregularidades no ciclo menstrual;
- Dificuldade em perder peso, especialmente na região abdominal.
Outro ponto de atenção é a tireoide. Mulheres com condições como hipotireoidismo podem sofrer com os efeitos do jejum intermitente. A tireoide, que regula o metabolismo, pode reagir negativamente a mudanças bruscas na alimentação, resultando em cansaço extremo, queda de energia e até ganho de peso – o oposto do esperado.
Para quem é o jejum intermitente?
No fim das contas, o jejum intermitente não é uma solução universal para todas as mulheres. Cada organismo responde de maneira única, e isso deve ser respeitado. Se você está considerando experimentar o jejum, vá com calma. Observe os sinais do seu corpo, como:
- Mudanças no humor;
- Nível de energia;
- Regularidade do ciclo menstrual.
Além disso, conte com o suporte de um profissional de saúde para orientar o processo.
O mais importante: o equilíbrio
A saúde e o bem-estar são construídos a partir do equilíbrio e da escuta do próprio corpo. Se o jejum intermitente funciona para você, ótimo! Mas, caso não funcione, lembre-se de que existem diversas maneiras de conquistar suas metas de forma segura e sustentável. O essencial é respeitar o seu ritmo e priorizar a saúde.