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Início Coluna Dra. Maura Neves

Tontura pode ser psicológica?

Entenda a relação entre mente e equilíbrio

Dra. Maura Neves Por Dra. Maura Neves
07/10/2025
Em Coluna Dra. Maura Neves
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Olá! Hoje vamos falar sobre um tema que gera muitas dúvidas: a tontura e suas possíveis causas psicológicas. 

Em primeiro lugar, é importante esclarecer: quando usamos o termo “psicológico”, não significa que os sintomas sejam “imaginários”. Muito pelo contrário! Condições como ansiedade, depressão e estresse estão relacionadas a mudanças reais no funcionamento do cérebro, envolvendo alterações nos neurotransmissores (substâncias químicas que regulam a atividade cerebral). Isso mostra que os sintomas são físicos e têm base biológica, mesmo quando desencadeados por fatores emocionais. 

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Qual o papel do cérebro na tontura? 

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O cérebro é o grande coordenador do equilíbrio corporal. Ele recebe informações de várias partes do corpo para manter a postura, a locomoção e a orientação no espaço. 

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Entre os sistemas que fornecem informações ao cérebro, destacam-se: 

  • O labirinto (ouvido interno): responsável pelo equilíbrio e pela percepção de movimentos. 
  • Os olhos: fornecem referências visuais sobre o ambiente. 
  • Os receptores do corpo e da coluna (propriocepção): enviam sinais sobre posição e movimento. 

Quando ocorre uma labirintite, por exemplo, há um descompasso entre as informações enviadas ao cérebro. Isso gera tontura, que costuma melhorar com o tempo graças a um processo chamado compensação cerebral. Nesse mecanismo, o cérebro se reorganiza e reaprende o equilíbrio através da plasticidade neuronal (capacidade de adaptação). 

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 Emoções influenciam o equilíbrio? 

Sim. A capacidade de compensação do cérebro é influenciada por diversos fatores, entre eles a ansiedade. 

A ansiedade e a depressão não se manifestam apenas como sintomas emocionais — elas causam também desconforto físico e mental, como agonia, angústia, palpitações, medo, tristeza e cansaço. Tudo isso está ligado ao desequilíbrio de neurotransmissores, impactando diretamente a forma como o cérebro processa os sinais do equilíbrio. 

 Tontura Postural Perceptual Persistente (TPPP) 

Estudos recentes mostraram que pessoas com ansiedade têm maior risco de desenvolver a Tontura Postural Perceptual Persistente (TPPP), descrita em 2017. 

A TPPP é caracterizada por uma tontura difícil de descrever, que aparece quase todos os dias e dura mais de três meses. 

Sintomas principais: 

  • Sensação de cabeça vazia ou tontura constante. 
  • Instabilidade, como se estivesse “balançando” ou com as “pernas bambas”. 
  • Piora da tontura em situações específicas, como: ambientes cheios de estímulos visuais (shopping, supermercados); ficar em pé por muito tempo;movimentar a cabeça. 

Muitos pacientes com TPPP apresentam exames normais do labirinto, o que reforça que o problema não está apenas no ouvido interno, mas na forma como o cérebro processa os estímulos. 

 E o estresse, tem relação? 

O estresse é um fator-chave na tontura. Ele ativa dois grandes sistemas do corpo: 

  • Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, responsável pela liberação de hormônios. 
  • Sistema nervoso autônomo, que regula funções automáticas, como batimentos cardíacos e pressão arterial. 

Quando há excesso de estresse, o equilíbrio entre esses sistemas se perde, prejudicando o processo de compensação cerebral. Isso explica por que o estresse pode: 

  • aumentar a intensidade de crises de labirintite; 
  • desencadear doenças como Doença de Ménière (tontura, zumbido e ouvido tampado) e enxaqueca vestibular (tontura associada ou não à dor de cabeça). 

 Tratamento: como lidar com a tontura de origem psicológica? 

É fundamental lembrar que a relação é de mão dupla: 

  • Fatores emocionais podem causar ou piorar a tontura. 
  • A tontura crônica aumenta o estresse, a ansiedade e a depressão. 

Por isso, o tratamento precisa ser integrado: 

  • Abordagem emocional: em alguns casos, antidepressivos ou ansiolíticos podem ser prescritos para ajudar na regulação dos neurotransmissores. 
  • Terapias complementares: psicoterapia, técnicas de relaxamento, meditação e exercícios respiratórios. 
  • Reabilitação vestibular: exercícios específicos que estimulam o cérebro a se adaptar ao desequilíbrio. 
  • Controle do estresse: sono adequado, atividade física regular e cuidados com a rotina. 

 A tontura pode, sim, ter origem em fatores psicológicos, mas isso não significa que seja algo “da cabeça” no sentido de ser imaginado. Emoções como estresse, ansiedade e depressão têm impacto direto no funcionamento do cérebro e nos sistemas envolvidos no equilíbrio. 

Compreender essa relação é essencial para tratar não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais que os acompanham. Procurar ajuda médica é o primeiro passo para um diagnóstico correto e um tratamento eficaz. 

Tags: otorrinosaúdeSENTIR TONTURATontura
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Dra. Maura Neves

Maura Neves, (@dra.mauraneves) é médica otorrinolaringologista, com formação e doutorado pela USP. Em AnaMaria, escreve sobre saúde, mas além da medicina, é apaixonada por corrida de rua, que a inspira a buscar equilíbrio e energia no dia a dia.

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