Olá a todos!
Nesta semana, volto a falar sobre um tema clássico, que continua gerando muitas dúvidas: o ronco.
Apesar de muitas vezes tratado com humor, roncar não é piada — e pode ser, sim, sinal de uma condição médica que precisa de atenção.
Como saber se o ronco é grave?
Nem todo ronco é sinal de problema. Em alguns casos, ele aparece de forma esporádica e não representa riscos. Mas, em outros, pode estar relacionado a apneia obstrutiva do sono, uma condição em que a respiração para por alguns segundos repetidas vezes durante a noite.
Quando o ronco NÃO é preocupante:
-
Acontece só de vez em quando (quando a pessoa está muito cansada, resfriada ou após ingerir álcool).
-
Não interfere na respiração.
-
Não afeta a qualidade de vida — apenas gera barulho.
Quando o ronco PODE ser um problema:
-
Vem acompanhado de pausas na respiração durante o sono (a pessoa pode parar de respirar e depois “engasgar” ou dar um suspiro forte).
-
Mesmo dormindo a noite toda, a pessoa acorda cansada, com sono não reparador.
-
Há sonolência excessiva, irritabilidade, dificuldade de concentração ou dor de cabeça matinal.
-
Há histórico de pressão alta ou doenças cardíacas.
Se esses sinais estiverem presentes, é fundamental procurar um otorrino ou um médico do sono. A apneia do sono está relacionada a riscos aumentados de hipertensão, problemas cardíacos e diabetes tipo 2.
Tem como investigar em casa?
Hoje existem aplicativos e gravadores de ronco que registram sons noturnos e pausas respiratórias. Eles não substituem o diagnóstico médico, mas podem servir como alerta. O exame mais indicado para confirmar a apneia do sono é a polissonografia.
E quando seu companheiro(a) se recusa a ir ao médico?
É comum que quem ronca negue o problema. Nesses casos, além da conversa acolhedora e respeitosa, existem algumas medidas que podem ajudar:
Dicas práticas:
-
Mude a posição de dormir: Dormir de lado costuma reduzir o ronco. Um truque? Costurar uma bolinha de tênis nas costas do pijama para evitar dormir de barriga para cima.
-
Use tiras nasais ou dilatadores: Ajudam a abrir as vias nasais e facilitar a respiração.
-
Evite álcool e refeições pesadas à noite: O álcool relaxa a musculatura da garganta, favorecendo o ronco.
-
Perca peso (se necessário): O excesso de peso, especialmente na região do pescoço, pode comprimir as vias aéreas.
-
Mantenha o nariz livre: Umidificadores, inalações ou sprays nasais salinos podem ajudar.
-
Use protetores auriculares ou ruído branco (pra você!): Fones com cancelamento de ruído ou aplicativos de white noise podem salvar suas noites.
E se nada der certo?
Conversem com carinho. Dormir bem é essencial para a saúde física e mental de ambos. Buscar uma solução juntos, com paciência e sem julgamentos, é sempre o melhor caminho.
