E finalmente chegou o momento que muitos pais tentaram protelar ao máximo: o retorno às aulas presenciais. Embora algumas crianças já tivessem voltado desde 2020, fosse no modelo híbrido ou integralmente dentro das escolas, para muitas outras, recomeçar a rotina de estudos fora de casa após o início da pandemia vai acontecer somente na próxima semana, quando a maioria das escolas abrirá as portas para o ano letivo de 2022. E teremos uma diferença importante: desta vez, o retorno acontece com boa parte das crianças acima de cinco anos vacinadas com a primeira dose contra a covid-19.
E se o retorno pode ser um misto de emoções para pais e filhos, imagine para as famílias em que as crianças vão começar esta rotina escolar a partir de agora. Afinal, há uma grande parcela de pequenos de 2, 3 ou 4 anos que vão conhecer a escola pela primeira vez, um grupo formado especialmente por crianças que nasceram pouco antes da covid-19 aparecer ou de março de 2020 para cá. Ou seja, adaptação para alguns, readaptação para outros, pais apreensivos, e uma mistura de alegria e preocupação.
E fica a pergunta: como, afinal, se preparar para a volta às aulas em 2022, sem estresse? Na coluna de hoje, vamos conversar com pais que já voltaram e contam suas boas experiências, pediatras que dão dicas de cuidados, escolas e, claro, com pais e mães que estão se preparando para este novo começo.
UM COMEÇO OU RECOMEÇO
Um dos grupos de maior expectativa para esse retorno é o de pais de crianças que vão para a escola pela primeira vez. E são muitas, tanto dos pequenos que nasceram durante a pandemia quanto dos que começariam na escolinha em 2020/2021.
Alana Zoz, mãe do pequeno Joaquim, de 1 ano e oito meses, vai levar o filho pela primeira vez para a escola este ano. Ela conta que, quando ele nasceu, em abril de 2020, ficaram alguns meses sem encontrar ninguém, apenas os três (mãe, pai e filho) juntos e sem a presença de outros familiares ou qualquer rede de apoio. Com o passar do tempo, apenas avós e tios o conheceram, mas o menino não teve contato com ninguém de sua idade, pois mantiveram o isolamento.
“Acredito que por ele ter crescido em meio a adultos, muitas de suas atitudes não são de criança. Vejo os reflexos e ações que um adulto faria, como seu interesse por cozinhar, ajudar a limpar. Se ele tivesse tido a oportunidade de conviver com outras crianças, teria outro comportamento. Então, nesse momento em que Joaquim inicia na escola, estou otimista para que possa aprender a brincar com outras coisas e interagir com meninos e meninas de sua idade”, pontua.
Na tentativa de preparar o filho para essa nova rotina, sempre que passa de carro em frente à escola, explica que o garotinho vai fazer amigos por lá, além de poder desenhar e brincar com outras crianças. “Estou com receio, é claro, principalmente por conta do vírus que ainda circula, das variantes e tudo mais. Mas como ensinei desde sempre a usar o álcool em gel, e realmente sempre pede para passar na mãozinha, estou confiante. Também comprei máscaras do tamanho dele para mantê-lo protegido”, complementa.
Para a psicóloga Daniela de Oliveira, ir para escola pela primeira vez pode gerar incertezas e inseguranças, mas também pode ser um momento de alegria, tudo depende de como os pais vão preparar seus filhos. “Todos esses hábitos preparam um contexto para que se sinta segura em ir para a escola”, pontua. Anote aí:
- Converse, explicando o novo contexto;
- Responda às perguntas que possam surgir na conversa;
- Sempre assegure o vínculo para que a criança entenda que pode se distanciar dos pais para depois se aproximar;
- Deixe a criança participar, na medida do possível, das compras de materiais escolares;
- Mostre os materiais alguns dias antes;
- Organize a roupa no dia anterior.
Mas e quando a criança não quer ficar na escola e tenta fugir seja por medo ou por estar se sentindo perdida? Para essa situação, que é bastante corriqueira, especialmente entre os menores, os pais devem tentar entender o que aconteceu e conversar sobre os sentimentos dos filhos. “Sempre que vamos conversar com elas, é importante olharmos nos olhos, estando na mesma altura da criança (sentados ou ajoelhados) e cuidar do tom de voz. Podemos dar opções sobre aquilo que achamos que ela está sentindo, acolhendo a emoção e ensinando que podem sentir e conversar sobre suas emoções, em vez de atuar sobre elas (como, por exemplo, fugindo da escola). Outra sugestão é que pais e escola atuem em conjunto nessa questão, traçando estratégias para lidar com o que estiver acontecendo”, complementa Daniela.
OUVIR MAIS DO QUE FALAR
A também psicóloga Ediane Ribeiro lembra, ainda, que a manifestação de medos ou tentativas de fuga da escola são indicadores de que a introdução da nova rotina está causando uma carga de estresse no sistema nervoso da criança maior do que ela tem recursos para lidar. “Cabe aos pais ajudarem a desenvolver esses recursos transmitindo segurança para a criança sobre o retorno para casa e sobre poder contar com eles para atravessar essa fase de adaptação. Aqui, é importante mais uma vez dar espaço para que a criança se expresse. Ouvir mais do que falar, aumentando a sensação de segurança para ela lidar com o momento desafiador”, comenta. Além disso, os pais podem considerar flexibilizar a introdução da rotina, diminuindo, por exemplo, o tempo em que a criança fica na escola ou o número de vezes na semana que vai e, aos poucos, ir ampliando essa experiência.
Se para os menores tudo será absolutamente novo, para crianças mais velhas, que já estudavam antes da pandemia, as experiências serão diferentes. Enquanto alguns voltaram para as salas de aula há algum tempo, outros se mantiveram em casa, acompanhando a rotina escolar por uma tela nos últimos dois anos, como é o caso de Daniel, de 10 anos. Camila Bastos Pagamisse, mãe do menino, conta que, no início, ele achava legal estar em casa, no computador, vendo os colegas virtualmente de suas casas.
Com o passar dos dias, porém, quando se acostumou com essa nova realidade, a empolgação passou e manter-se concentrado nas aulas foi o mais difícil. “Conversamos bastante durante todo esse período sobre suas responsabilidades, até ajustar a forma mais correta para que ele aprendesse. Suas notas se mantiveram boas, mas notei que ele perdeu um pouco na interação com os amigos. Então, acho que agora não será exatamente um retorno, mas uma nova adaptação, inclusive para se acostumar com todos os protocolos e pela volta às aulas acontecerem em outra escola. Ele está ansioso e animado para conhecer os novos amigos, e eu ansiosa para que ele tome todos os cuidados necessários por conta da pandemia”, conta Camila.
E esse medo de voltar as aulas não é uma realidade apenas para os pais e responsáveis. Muitas crianças também estão com o mesmo receio. E para ajudar a minimizar essa insegurança, apostar no lúdico pode ser a melhor forma de obter uma resposta positiva. “Usar personagens, histórias e metáforas para ajuda-las a compreender o momento que vivemos é uma boa estratégia e pode ser usada tanto por pais quanto por professores. Foram produzidos nesse período muitos materiais sobre como explicar a pandemia e o vírus para crianças, como cartilhas e vídeos no Youtube com formas lúdicas de conversar com a criança sobre o tema. Os pais podem buscar esses materiais na internet para ajudá-los nas conversas com a criança”, sugere Ediane.
Daniela, no entanto, faz um alerta: “Muitas vezes, o medo da criança não é exatamente dela. Por isso, é importante também estarmos atentos para não colocarmos nossos medos nos nossos filhos. Muitas estão felizes com a volta às aulas e, mesmo com receio, querem voltar. O medo tem a função de nos manter fora de perigo. E algum nível de medo, neste momento, é normal e importante para que sejam seguidos os protocolos de segurança”, complementa.
Vale lembrar que o diálogo entre as famílias e as escolas, que já era importante antes, agora se torna essencial, já que pais e profissionais da Educação terão que lidar com uma série de sentimentos dos pequenos, como medo e insegurança. Assim, o acolhimento é fundamental. As professoras vão receber crianças que, assim como os adultos, sofreram os impactos emocionais da pandemia e do isolamento social. Algumas, inclusive, nem chegaram a vivenciar e desenvolver as habilidades sociais integralmente.
“Então, os professores deverão ter em mente que uma aproximação ou reaproximação acolhedora será extremamente importante para que criem um vínculo positivo com as crianças. Desta forma, aos poucos, os alunos, sejam os que estão entrando na escola pela primeira vez ou que estão retornando, se sentirão seguros para ficar algumas horas longe de casa e dos pais. Importante dizer também que muitas crianças perderam familiares próximos em função da covid-19 e que, para muitas, foi o primeiro contato com a morte. Então, além da mudança na rotina, saudade de casa e dos pais, as escolas vão receber muitas crianças que estão lidando com o luto de pessoas queridas. Portanto, mais uma vez, dar espaço para que elas expressem e elaborem suas emoções e sentimentos será importantíssimo”, conclui Ediane.
A IMPORTÂNCIA DO PRESENCIAL
Em 2020 ainda, quando o filho voltou para a escola, Márcia Rodrigues, mãe de Bento, de 9 anos, ficou bastante apreensiva e sentiu muito medo de mandá-lo de volta. Mas, assim como aconteceu com muitas famílias, a impossibilidade de ter com quem deixar o menino enquanto trabalhava acabou a obrigando a concordar com o retorno. “No início, tanto eu quanto o pai dele ficamos em home office, como a maior parte das pessoas. Um tempo depois, como trabalhamos na mesma empresa, conseguimos fazer um rodízio, e cada dia um ficava com ele”, explica.
No entanto, quando o dia a dia do trabalho dos pais voltou ao normal, ambos ficaram sem ter com quem deixar Bento, que retornou para a escola. “Confesso que tive muito receio, porque não existia nem data para começar a vacinação dos adultos e, naquele momento, as crianças nem estavam sendo cogitadas para a vacina”, conta. Ela lembra de ter alertado o garoto sobre a necessidade de se proteger e manter distanciamento. “Não tenho dúvidas que, para saúde mental e física dele, foi a melhor coisa. Ele sempre foi muito querido pelas pessoas, conhecia todo mundo da escola, sempre estudou lá, e foi muito sofrido o período que ficou em casa apenas comigo ou com o pai. Hoje, mesmo preocupada com o vírus, fico feliz em vê-lo sorrir, interagir com os amigos, se divertir, pois lá no início, quando estava preso em casa, chorava muito, não queria estudar”, lembra.
Ela ressalta, porém, que a volta à escola também trouxe alguns problemas, especialmente em relação ao aprendizado. “A pandemia começou quando ele ia passar a ter, de fato, uma rotina de estudos. E com todas as mudanças que aconteceram em 2020, ele começou a não ter os resultados que queria nas provas e ficou decepcionado com ele mesmo. E isso não foi legal. Precisei conversar muito, mostrar que aos poucos se acostumaria com esse nova fase e metodologia de estudos. Hoje, colocando na balança, acho que foi melhor ele voltar do que ficar em casa. Deu e continua dando medo deixá-lo sair, mesmo com todas as cautelas? Sim. Mas os ganhos foram maiores que as perdas, especialmente pelo lado emocional dele”, pontua.
E A QUESTÃO DO APRENDIZADO?
Com o retorno definitivo em 2022, as escolas estão se preparando para receber os alunos de volta, o que também traz alguns desafios, especialmente em relação ao aprendizado. A pedagoga Bruna Montenegro, da Escola Padre Dr. Francisco da Motta, explica que devido à pandemia, muitas crianças não assimilaram bem os conteúdos, por encontrarem dificuldade de acesso ao ensino remoto e, por isso, será preciso fazer uma revisão neste início para identificar as dificuldades.
Outra situação esperada é em relação às crianças que possam estar com medo de retornar às salas de aula e de ter contato com as pessoas. “Inicialmente, haverá uma reunião com pais e responsáveis para que haja um preparo emocional para estimular as crianças a seguir todos os protocolos de prevenção da covid-19. Entendo que as escolas deverão ser muito mais acolhedoras, pois receberão alunos que estarão passando ainda pelo processo do luto provocado pela pandemia”, pontua.
Mas os desafios desse retorno nem de perto chegam aos benefícios de voltar às aulas presenciais. Para Marina Pedrosa, coordenadora da Educação Infantil e 1º Ano do Colégio Augusto Laranja, embora o ensino remoto tenha sido necessário no primeiro ano da pandemia, este veio também para deixar clara a importância da escola presencial, especialmente para os menores. “A educação infantil é relação, é desenvolvimento de habilidades, corporal e sensorial. Então, é muito importante que seja presencial”, diz. Para receber os alunos que estão voltando ou começando, a instituição está se preparando da mesma forma que fez no último ano, com cuidados na formação da equipe e reciclagem de retomada (reforçar todos os protocolos de segurança, preparação dos ambientes, higienização, entre outros).
E não são apenas os pedagogos que enxergam a importância desse retorno presencial para o desenvolvimento infantil. A pediatra Jessica Loekmanwidjaja, que tem especialidade em Imunologista Pediátrica, registra que é impossível enumerar todos os benefícios das aulas presenciais, pois são muitos. “Vamos pensar em nós, adultos isolados, como isso nos afetou tanto no emocional quanto no físico. Agora, imagine o que é para uma criança/adolescente em desenvolvimento. O cérebro deles ainda está se formando e sabemos o quanto a interação com outras pessoas é importante nessa fase”. Lembra, porém, ser aconselhável que, antes do retorno, os pais façam uma consulta de rotina para avaliar se a saúde como um todo da criança está boa.
Afinal, crianças também pegam covid-19. E embora os sintomas normalmente sejam mais leves, sempre há o risco. “A imunidade é tão complexa, e infelizmente não existe vitamina específica ou suplemento que vá aumentá-la. O que mantém nossa imunidade boa é um conjunto de fatores: boa alimentação, qualidade de vida (brincar na natureza), vacinas em dia e sono de qualidade”, complementa.
A também pediatra Marcia Dias Zani, co-fundadora da casa Anama, diz, ainda, que a convivência na escola com outras crianças e as experiências e aprendizados que isso proporciona são muito importantes também para a saúde em geral, mas faz algumas ressalvas. “Precisamos ponderar a idade da criança e o impacto que deixar de frequentar a escola pode causar na vida dela. Em geral, as menores de 2 anos ficam bem em casa com a família e não apresentam repercussões por ficarem longe da escola. Até essa idade, a imunidade está em amadurecimento e, na minha opinião, menores de 2 anos, se houver condições para os pais, devem ser cuidadas em casa”, explica.
Após os 2 anos, no entanto, cada criança deve ser olhada individualmente, mas a convivência social e escolar passa a ser importante para a saúde e desenvolvimento. “Pesando prós e contras, os pais devem decidir sobre frequentar a escola. Já os maiores de 4 anos sofrem muito pela privação da escola. Portanto, os pais devem cobrar estruturas escolares seguras com ambientes mais arejados, atividades ao ar livre e higiene adequada e estimular a volta às aulas com segurança. Uma coisa muito importante a refletir é ter a consciência de não levar a criança doente à escola, pois é dessa maneira que as infecções se espalham. Se a família cuidar para avisar a escola quando a criança ficar doente e mantiver a criança afastada no período de contágio, a incidência de contaminações entre as crianças será menor e isso trará benefícios para todos. Sabemos que a logística de muitas famílias não é fácil, e que isso se complica dependendo de recortes sociais e econômicos, mas se quem puder fizer esse controle adequado, já haverá impacto positivo”, esclarece.
Mas e quanto aos pais que ainda têm certo receio em mandar seus filhos de volta para os colégios? Para Bruna, é importante que escolas e professores tenham em mente todas as regras possíveis para a segurança dos alunos. E vacinação, é claro. “Escola e família precisam trabalhar juntas, pois só assim será possível amenizar os prejuízos na aprendizagem e no emocional de todos os envolvidos no processo educacional”, diz. Para Marina, conforme as crianças começam a frequentar a escola e a conviver com todos, os pais sentem que podem confiar tanto nos profissionais quanto nos protocolos estabelecidos.
AVENTURAS E DESVENTURAS QUE PODEM ACONTECER
Se por um lado, a socialização e os aprendizados do presencial são maravilhosos e potencializam o desenvolvimento da criança, por outro, o retorno ao mundo externo, com toques e interação social, também pode trazer viroses e alguns estresses extras.
Para começar, é importante checar a carteira de vacinação e conferir se as vacinas do calendário normal estão em dia e também se a vacina da gripe foi feita. “Além do novo coronavírus, temos as outras doenças comuns no Brasil, que são prevenidas por vacinas. Então, não podemos perder a oportunidade de deixar a vacinação em dia”, enfatiza Marcia Dias Zani. Ela diz, ainda, que se as consultas regulares ao pediatra não estiverem em dia, é, sim, interessante fazer uma visita para avaliar a saúde, conversar sobre o desenvolvimento e prevenção de doenças.
“Vacinar e cuidar da saúde garantem uma criança mais resistente e um organismo preparado para combater as infecções que podem acontecer no convívio escolar. Prevenir deficiências de vitamina, investir em uma nutrição com alimentos saudáveis e sem ultraprocessados fortalece o corpo e ajuda a criança a resistir às infecções tão comuns da infância. Aos poucos, anticorpos vão sendo produzidos e as células de defesa vão criando memória que fazem o corpo reconhecer e combater com mais rapidez e eficiência os vírus e as bactérias do ambiente. Conforme a criança fica mais velha, a quantidade de vezes que fica doente diminui por conta disso. Faz parte da infância ter algumas febres e doenças, mas, aos poucos, o organismo fica mais preparado para resistir e sarar mais rápido e a rotina cansativa de sara de um resfriado e pega outro fica para trás”, esclarece.
A pediatra e hematologista Adriana Leal, da Pediatria Integrada, faz um alerta importante: como estamos em uma pandemia, a probabilidade de uma criança apresentar sintomas que, de fato, sejam da doença, é alta. Quando se fala em ambiente escolar e crianças, porém, existem várias outras infecções comuns, como a Síndrome mão-pé-boca (que surge com febre, pápulas e descamação ao redor da boca, em mãos e pés e recusa alimentar), a Varicela (mais conhecida como Catapora, que pode aparecer com febre baixa, vesículas e muita coceira por todo o corpo), a Pediculose (mais conhecida como piolho, com muita coceira e ferimentos no couro cabeludo), além de resfriados comuns e infecções gastrointestinais, de ouvido e garganta.
“Na maioria destes casos, a doença é auto-limitada, com duração de febre de cerca de 3 a 4 dias e restante dos sintomas que melhora em até 10 dias. Caso a febre dure mais de 4 dias, haja algum sinal de gravidade ou não tenha recuperação após 10 dias, é importante que a criança seja reavaliada para saber se há necessidade de algum outro tratamento ou exames”, lembra. Adriana lembra, ainda, que é importante que os pais tenham consciência que, caso seu filho apresente tosse, congestão nasal, febre, manchas ou “bolinhas” pelo corpo, vômito e diarreia, estes podem ser sinais de doenças infecciosas e contagiosas e, nestes casos, elas não devem ser levadas para a escola até que seja afastada a presença de doença contagiosa ou até que a criança esteja recuperada.
Marcia Zani enfatiza que crianças doentes não devem nunca ir à escola, principalmente no início dos quadros febris. “Primeiro porque a maioria das doenças infantis é contagiosa e o contato com outras crianças faz que todos adoeçam e os ciclos intermináveis de doenças leva a um desgaste da saúde e do bem-estar de todos. Segundo porque sempre que nosso corpo adoece, nosso sistema imunológico trabalha para combater a doença, os sistemas e órgãos ficam todos mais sensíveis e vulneráveis e a defesa fica mais fraca, o que aumenta o risco de pegar outra infecção logo em seguida; e esse looping interminável de sarar de um quadro e logo entrar em outro é muito incômodo e enfraquece o corpo podendo comprometer, inclusive, o desenvolvimento e o crescimento saudável”, conclui.
*PRISCILA CORREIA é jornalista, especializada no segmento materno-infantil. Entusiasta do empreendedorismo materno e da parentalidade positiva, é criadora do Aventuras Maternas, com conteúdo sobre educação infantil, responsabilidade social, saúde na infância, entre outros temas. Instagram:@aventurasmaternas