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Início Coluna Aventuras Maternas

Discalculia: transtorno que interfere no aprendizado de Matemática

Priscila Correia Por Priscila Correia
03/05/2024
Em Coluna Aventuras Maternas
Unsplash

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Esta semana, retomamos a coluna destinada a transtornos de aprendizagem, aproveitando a proximidade com o Dia da Matemática, que acontece neste 6 de maio. Assim como a dificuldade na leitura pode ser um impeditivo para o aprendizado, a matemática também pode ser uma área desafiadora para muitas crianças, especialmente aquelas que enfrentam a discalculia e outras dificuldades relacionadas.

Caracterizada como um transtorno de aprendizagem que afeta a habilidade matemática, a discalculia interfere no entendimento dos conceitos numéricos e operações matemáticas, até mesmo nas menos complexas, como cálculos simples.

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Nesta segunda parte da nossa série sobre transtornos de aprendizagem, vamos explorar esses obstáculos específicos e entender como nós, pais, podemos oferecer suporte e recursos necessários para que essas crianças superarem suas dificuldades em cálculos. Vamos examinar estratégias práticas e métodos eficazes que podem transformar a experiência de aprendizado em matemática em algo acessível e gratificante para todos os alunos.

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AJUDA NO TRATAMENTO DA DISCALCULIA 

É possível que em algum momento – ou em vários – da sua vida escolar ou acadêmica, você tenha se esforçado muito para ouvir o que o professor explicava diante da lousa e de toda a turma, mas por mais atenção e empenho que dedicasse, nada daquilo que era dito fazia sentido para você.

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Em algumas situações, de fato, poderia haver um pouco mais de leitura sobre o assunto, uma abordagem alternativa ou uma didática diferente para o entendimento completo. Entretanto, para uma parcela, tudo piorava de forma drástica se o tema fosse a Matemática. No caso desses estudantes, o problema poderia ser a Discalculia. De acordo com Sueli Conte, que é aplicadora de Barras de Access, Psicopedagoga, mestre em Educação, doutoranda em Neurociência e fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte , o desenvolvimento matemático de quem tem discalculia é significativamente menor do que o esperado quando se leva em conta a idade cronológica, suas experiências e oportunidades educacionais.

Segundo a profissional, a Discalculia normalmente pode ser percebida ainda na Educação Infantil, quando a criança tem em torno de 4 a 5 anos de idade. Nessa faixa etária, os pais devem acompanhar o desenvolvimento dos filhos na escola a fim de perceber se há grandes dificuldades no aprendizado da matemática. Os professores, por sua vez, podem observar se a criança manifesta dificuldades para aprender a contar, se ignora os números por muito tempo enquanto as demais crianças da turma já conseguem se lembrar deles na ordem correta, por exemplo – outras situações que podem ajudar a identificar a discalculia são a dificuldade para reconhecer padrões, problemas para reconhecer símbolos numéricos e relacionar palavras, dificuldades para lembrar fatos matemáticos, sofrimento na hora de tentar resolver situações-problemas, não conseguir fazer a interpretação dos conceitos com os números, entre outros.

Nesses casos, Conte indica que seja avaliado se há associação com algum laço parental. “Na maioria das vezes, a discalculia está ligada à genética. Também recomendo que um psicopedagogo seja procurado para a realização de testes para compreender a criança, considerando os aspectos sociais, emocionais, qualitativos e quantitativos e apresentar um diagnóstico. Se aprender matemática está causando dor e sofrimento, além do desestímulo, cansaço para fazer atividades da disciplina e mal humor, pode ser sinal de discalculia”, alerta.

A mestre em Educação também explica que a Discalculia pode afetar a escolarização das crianças de diversas maneiras e enumera características que mostram como o transtorno se manifesta nas diferentes fases escolares: durante a Educação Infantil, por exemplo, as crianças podem apresentar dificuldade para aprender a contar, reconhecer padrões simples, entender o significado dos numerais e o conceito de numeração. No Ensino Fundamental, por sua vez, pode haver dificuldade de aprender e lembrar fatos numéricos, como a soma. Pode haver, ainda, o uso excessivo dos dedos para contar, dificuldade para identificar símbolos e linguagem matemáticos ou o valor posicional dos algarismos, entendimento da propriedade comutativa, de selecionar uma estratégia para resolver problemas matemáticos, lembrar o placar de jogos em atividades esportivas, calcular o preço total de dois ou mais itens, etc. Por fim, no Ensino Médio, há dificuldade para entender informações apresentadas em tabelas e gráficos, lidar com o cálculo do troco ou de gorjeta ao lidar com dinheiro, medir ingredientes de uma receita, problemas para calcular velocidade, distância e direção ou para encontrar diferentes estratégias para resolver um problema.

Sueli explica, ainda, que o diagnóstico da Discalculia é feito por meio da aplicação de uma série de testes, que devem ser realizados por um Psicopedagogo. “A avaliação de um profissional é imprescindível para a definição de quais testes devem ser aplicados. É esse conjunto de testes direcionados que levarão ao diagnóstico correto”, analisa a especialista. O tratamento é feito com exercícios e atividades cerebrais simples, que ajudam a estimular as conexões neurais responsáveis pelo processamento da linguagem numérica. “A Neurociência desenvolveu vários jogos que permitem aos profissionais avaliarem os déficits de atenção. Entre eles está a Discalculia. Cada criança deve ser avaliada, de forma que os profissionais possam selecionar o tratamento com participações interativas, jogos e brincadeiras, que estimulem a área cerebral onde está localizado o problema”, diz.

O diagnóstico precoce é importante, segundo a psicopedagoga, para que haja um trabalho eficaz e concentrado nas áreas de aprendizagem, como jogos online e atividades de raciocínio. “Estes trabalhos devem iniciar de maneira simples e avançar para os mais complexos à medida em que a criança e ou adolescentes dá sequência no tratamento”, conclui.

 

DIRETO AO PONTO

A seguir, Thiago da Silva Gusmão Cardoso, neuropsicólogo, doutor em educação e saúde pela Unifesp e professor do curso de psicologia da Unip, responde algumas dúvidas que os pais e responsáveis possam ter sobre o assunto.

AVENTURAS MATERNAS: Quais são os sinais que os pais podem verificar em casa que indicam que o filho tenha discalculia? 

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Crianças com discalculia têm dificuldade de compreender e lidar com números e matemática. Os pais podem perceber essas dificuldades quando a criança tem dificuldade de reconhecer os números, e de relacionar os números a um conjunto de figuras ou objetos de igual quantidade, por exemplo, relacionar o numeral 4 há quatro bolas. Também são dificuldades comuns ordenar os números do menor para o maior, por exemplo, 1, 3, 2, 4 em vez de 1, 2, 3, 4. Na idade escolar e a introdução do aprendizado da matemática outras dificuldades vão surgindo, como identificar pequenas quantidades de itens (até 5 ou 9) apenas olhando sem contar, o que chamamos de subitizing; fazer cálculos simples de memória; aprender a tabuada e contar com os dados ou utilizar apoio concreto até o final do ensino fundamental I.

AVENTURAS MATERNAS: Na escola, como os professores avaliam essa condição? Há testes específicos ou é por observação?

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Na escola os professores podem observar vários sinais de dificuldade de aprendizagem na matemática, como em reconhecer o mesmo problema matemático quando a ordem dos números ou símbolos muda (lutando para entender que 2+8=10 é o mesmo que 10=2+8); ansiedade ou medo extremo com a matemática. Além da observação é importante utilizar as sondagens para perceber as defasagens em relação ao esperado para a série escolar. Um teste padronizado que o professor pode ser treinado a utilizar é o Teste de Desempenho Escolar (TDE-II). Todavia, para o diagnóstico mais abrangente e diferenciado, uma avaliação multidisciplinar com abordagem psicopedagógica e neuropsicológica para transtornos da aprendizagem da matemática é o mais recomendado.

AVENTURAS MATERNAS: Como ensinar para crianças com discalculia?

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Relacionar a matemática com objetos do cotidiano pode ajudar os alunos com discalculia a visualizar e compreender os conceitos matemáticos de uma forma mais concreta. Objetos como blocos, moedas e itens manipulativos podem ajudar a tornar os problemas matemáticos menos abstratos. Caso o aluno tenha problemas de memorização associadas aos procedimentos de cálculo, dividir os problemas em etapas menores pode ajudar a não sobrecarregar a sua memória. Fornecer ao aluno acesso a tabelas de multiplicação e outros procedimentos numéricos pode reduzir ainda mais o estresse da memorização. Alguns recursos visuais como cadernos quadriculados, uso de canetas coloridas, podem facilitar as dificuldades visuais e espaciais no posicionamento dos números para os cálculos. Use também tecnologia assistiva como aplicativos em tablets, para conversão de texto em fala e no ditado de números, e para correções dos símbolos associados aos algoritmos de adição, subtração, multiplicação e divisão. Permita o aluno usar calculadoras e outros recursos até gradualmente eles não serem necessários num plano de ensino individualizado.

AVENTURAS MATERNAS: Há perda na aprendizagem enquanto não acontece o diagnóstico correto?

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores serão as chances da criança se adaptar a essa condição e limitar os impactos. A discalculia pode dificultar a compreensão de conceitos matemáticos ou a realização de tarefas que envolvam matemática. Então sem as estratégias mais adequadas a criança pode ter atrasos significativos.

AVENTURAS MATERNAS: Após este acontecer, a criança/adolescente aprende da mesma forma que o restante da turma?

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Não, após o diagnóstico passamos a entender justamente qual o perfil de aprendizado da criança ou adolescente e como atender melhor suas necessidades educacionais. Assim, pode-se enfocar novas estratégias e acomodações em sala de aula que ajudem a criança ou adolescente a compreender melhor a matemática, mas as dificuldades não desaparecem completamente.

AVENTURAS MATERNAS: Há “cura” para a discalculia? Fale sobre isso.

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Não há “cura” pois a discalculia é um dificuldade persistente com a matemática ou dito de outra forma uma maneira diferente do cérebro processar as quantidades e códigos matemáticos relacionados, incluindo as habilidades de contagem, cálculo e memorização de fatos numéricos (como o resultado de 5×6 ser igual a 30). Então, entender esse funcionamento diferenciado é essencial para o tratamento e manejo das dificuldades, mas não há uma superação completa destas. Muitos adultos podem ter uma vida plena e funcional sem grandes limitações decorrentes da discalculia, a depender do diagnóstico precoce e desenvolvimento de boas estratégias de enfrentamento.

AVENTURAS MATERNAS: Quais são as estratégias mais eficazes no processo de aprendizado de quem tem discalculia?

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: As melhores estratégias de aprendizagem para alunos com e sem discalculia consistem em conectar a matemática à vida real com exemplos concretos. Usar modelagem matemática, ou seja, transformar problemas matemáticas em problemas cotidianos, como por exemplo encontrar a quantidade mínima de tecido para confeccionar uma boneca de pano. Usar também jogos que estimulem a ordenação dos números, a linha mental numérica e a relação entre adição e subtração conforme se avança ou retornam casas num tabuleiro. No caso de algumas dificuldades com conceitos numéricos, o uso material dourado, blocos e outros recursos manipulativos e mesmo o apoio da contagem no dedos – uma forma de cognição corporificada é indicado.

AVENTURAS MATERNAS: Em casa, há algum tipo de exercícios que os pais possam fazer para incentivar os filhos com discalculia?

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Os pais podem ajudar os filhos com dificuldade de aprendizagem da matemática oferecendo um ambiente estruturado para estudarem, como local adequado, livre de distrações, com horários fixos e rotina para as tarefas escolares. Além disso, oferecer apoio constante dentro das suas possibilidades para o esclarecimento de dúvidas e incentivo a continuarem enfocando as tarefas que eles tenham dificuldade. Uma outra forma é estimulando os filhos por meio de jogos que utilizem conceitos numéricos como dominós, rummikub, resta um, jogos de tabuleiro que manipulam moedas e cédulas, entre outros.

AVENTURAS MATERNAS: Na vida adulta, a falta de tratamento para a discalculia pode afetar o indivíduo de qual forma?

Thiago da Silva Gusmão Cardoso: Na vida adulta a falta de tratamento e manejo dos sintomas pode afetar várias áreas da vida, como trabalho e finanças. Adultos com discalculia frequentemente tem problemas para lidar com dinheiro ou controlar as finanças. Muitos podem ter dificuldades para ter melhores trabalhos, especialmente aqueles que exigem maior domínio matemático, com problemas para entender gráficos ou tabelas, utilizar planilhas e dominar fórmulas financeiras.

Em tempo: A habilidade de operacionalizar a matemática, seja nos primeiros anos de vida ou na fase adulta, nem sempre é uma aptidão natural, mas sua ausência pode significar um diagnóstico mais complexo, como a discalculia. Essa condição não está ligada à falta de inteligência, mas sim a uma dificuldade específica com os números. Estratégias de intervenção adaptadas são cruciais para auxiliar pessoas com esse transtorno a superar desafios e desenvolver suas habilidades numéricas. O livro-caixinha® Discalculia, desenvolvido pela autora Raquel Alves e publicado pela Matrix Editora, foi pensado para abordar os tipos de discalculia (verbal, ideognóstica, operacional, léxica e gráfica), auxiliando no desenvolvimento das áreas afetadas pelo transtorno. Levando em consideração que a discalculia afeta a aprendizagem do raciocínio lógico matemático, leitura e escrita matemáticas, operações e cálculos mentais, o livro reúne 40 desafios para estimular o raciocínio e a aprendizagem de forma simples e dinâmica.

 

 

 

 

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Priscila Correia (@aventurasmaternas) é jornalista, casada e mãe de 2 meninos, Theo e Benjamin. Autora de livros infantis, adora viajar e escrever sobre educação e saúde. Tem diagnóstico de Superdotação, assim como seus dois filhos, e gosta de falar sobre o assunto. É colunista da AnaMaria Digital, onde compartilha matérias sobre maternidade, infância e adolescência.

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