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Início Coluna Aventuras Maternas

Além da vítima, o agressor do bullying também sofre; veja dicas para lidar

Da Redação Por Da Redação
08/04/2022
Em Coluna Aventuras Maternas
Jeswin Thomas/Unsplash

Jeswin Thomas/Unsplash

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Nas últimas semanas, muito se ouviu falar sobre bullying. Inclusive, por aqui, já fizemos algumas matérias sobre o tema. O assunto, de enorme importância para pais e responsáveis, não à toa, é tema recorrente nas conversas com os filhos. Habitualmente porém, fala-se muito sobre como a vítima sofre e quais as consequências dessas agressões para suas vidas. Mas e os que cometem bullying?

Sim, o bullying machuca, destrói vidas e é muito danoso para todos. E não há como negar que a maior vítima é a criança que aguenta os deboches, as brincadeiras sem graça e os ataques físicos. Por outro lado, muitos educadores e psicólogos são taxativos ao afirmar que quem agride também sofre. Afinal, na maioria das vezes, existe algum tipo de gatilho que faz aquele indivíduo agir daquela forma.

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Por isso, na coluna de hoje, vamos tentar traçar um perfil dos que praticam o bullying, inclusive com sugestões para pais e escolas ajudarem essa criança.

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PERFIL E SITUAÇÕES RECORRENTES

Traçar um perfil das crianças que praticam bullying não é exatamente fácil. No entanto, algumas características normalmente são bastante percebidas, como falta de empatia, necessidade de chamar a atenção e controlar tudo a sua volta e/ou mostrar poder. Entretanto, há crianças com esses perfis que jamais praticaram qualquer agressão com outras. E aí fica a pergunta: é possível reconhecer um potencial agressivo levando em consideração apenas personalidade? Sinceramente, acredito que não.

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A pedagoga Marina Nordi Castellani, fundadora e Diretora Pedagógica da Escola Mais, explica que identificar o perfil de uma criança que pratica o bullying é muito mais profundo do que se imagina, além de nada simples. “Não é linear, é algo complexo de uma história, de um contexto, de uma personalidade e de momentos específicos. De forma geral, é comum que essas crianças tenham algumas experiências anteriores de sofrimento, agressões, algum tipo de abuso ou tenham sido violentadas de alguma maneira. É possível que não tiveram oportunidade de se expandir, desenvolver ou de se expressar autenticamente. Às vezes, podem ter sofrido perseguições ou situações até mesmo no âmbito familiar”, diz.

Para ela, pode ter sido algo sutil e difícil de constatar, mas que sistematicamente provocaram sentimentos ruins, como apelidos recebidos ou algumas de suas características pessoais sendo enfatizadas como boas ou ruins o tempo todo. “Então, é comum que essa criança, quando na interação com outras, aplique aquilo que ela viveu. Ela reproduz a forma como ela sabe”, exemplifica. E complementa: “Entretanto, é importante dizer que não é uma regra. Uma criança pode ter passado por isso e não praticar bullying, assim como outra pode praticar bullying sem ter vivido tudo isso. Alguns indivíduos, em seu processo de socialização, mesmo sem ter qualquer motivo pregresso, optam por testar limites e reações nas relações.”

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MAS E QUANDO NÃO HÁ UM GATILHO?

É possível dizer, então, que há crianças más, que fazem bullying por prazer? Segundo Milena Fernandes Mata, neuropsicóloga da Vibe Saúde, no bullying existe o alcance de uma satisfação por meio de um desconforto alheio, e isso pode ser algo que ocorre propositalmente e consciente, como pode ser algo executado com pouca consciência de sua gravidade e consequências. “Os gatilhos se constituem na relação entre as pessoas envolvidas e o contexto inserido. Por isso, a importância de estarmos atentos nos fatores que constituem essa relação de violência para auxílio em sua previsibilidade”, pontua.

Ela diz, ainda, que os motivos pelos quais levam uma pessoa a praticar o Bullying são variados, podendo se originar de modelos de expressão da raiva e dominação via agressividade aprendidos (em casa, escola ou outros lugares de socialização), bem como ser construído ao longo das relações da criança, adolescente ou adulto com seus pares. “O fator em comum por trás dessa ação é a tentativa de pertencer à um grupo, da sensação de poder e/ou ser percebido como uma liderança, ainda que pela via do medo”, pontua.

Para o psicólogo Ricardo Vieira de Carvalho, sim, é possível dizer que existem crianças más, que fazem bullying por prazer. “No entanto, é a menor parte. Importante dizer que, se identificado isso, é necessário cultivar nela comportamentos adaptativos e pró-sociais para reduzir a chance de uma vida cada vez mais disfuncional e ruim, para ela e para quem esteja em volta”, alerta.

NÃO MINIMIZE

bullying
Crédito: Unsplash

 

Outra situação muito comum que acontece quando se fala sobre o assunto (especialmente quando se quer justifica-lo) é tentar minimizar o bullying, classificando-o “apenas” como uma atitude inapropriada e não uma agressão. Não, não é a mesma coisa. Ricardo explica que o bullying é dirigido a uma pessoa e acontece de forma repetida, sistemática e dirigida. Além disso, geralmente ocorre em grupo. Já um comportamento inapropriado entre crianças seria algum caso de violência não sistemática e não vexatória, que invada a integridade física e emocional da outra criança de forma menos destrutiva e com possibilidade de reparação imediata possível.

Marina, da Escola Mais, diz também que é muito importante aprofundar, dentro das escolas e entre as famílias, o entendimento do que é o bullying e diferenciar de situações de indisciplina, incivilidade e de algumas transgressões. Todos estes processos têm relação com a construção da moralidade em todos nós. No geral, significa termos recursos próprios para estar na sociedade, reconhecendo os códigos que organizam as relações. Esta construção é gradual e, necessariamente, vivencial.

“isto quer dizer que não basta ‘darmos instruções às crianças e jovens’, mas estarmos constantemente apresentando parâmetros, contornos, limites e, claro, estabelecendo diálogo constante. A situação de bullying se caracteriza, normalmente, como uma relação em que um dos envolvidos apresenta, insistentemente, atitudes agressivas (verbais ou físicas) que intimidam e humilham a outra pessoa envolvida por um determinado tempo, podendo ou não haver um grupo de outras pessoas coniventes a essa situação”, diz.

Ela lembra, ainda, que é comum que o bullying não seja explícito e, por isso, pode ser mais difícil de ser identificado, inclusive porque, muitas vezes, a pessoa agredida pode acabar tendo receio de pedir ajuda e romper com o padrão da relação. Já os casos de indisciplina, incivilidade e outros tipos de transgressão social ou de conduta são mais explícitas, palpáveis e não dizem respeito a um processo persecutório em relação a alguém. “Assim que for identificado o caso, deve haver abordagem ao assunto imediatamente com todos os envolvidos o quanto antes, pontuando-se os contornos necessários, eventualmente mobilizando consequências aos atos, mas, sobretudo, construindo diálogo para que seja possível identificar causas, sentimentos, consequências e para que se possa traçar um novo cenário de relações”, enfatiza.

Para a psicóloga Bruna Richter – que é autora dos livros infantis “A noite de Nina – Sobre a solidão”, “A música de dentro – Sobre a tristeza” e “A dúvida de Luca – Sobre o medo” e “De Carona no Corona”, folheto educativo para crianças, relacionado à pandemia –, é importante notar que, apesar de existirem diferenças, eles também dialogam entre si no sentido de necessitarem de correção e reparação em ambos os casos. “Contudo, diferente de um comportamento inapropriado, o bullying necessariamente envolve algum nível de agressão que ocorre sempre com um desnível de poder entre o abusador e o abusado”, esclarece.

O PAPEL DOS PAIS E RESPONSÁVEIS

Quando comecei a pensar sobre esse assunto, meu primeiro impulso foi procurar por mães que pudessem falar abertamente sobre o tema, ainda que não mencionassem seus nomes nem os dos filhos. Mas não encontrei. E entendi. Afinal, assumir que os filhos não estejam sendo legais com os colegas é realmente complicado. Entretanto, é preciso, sim, abrir os olhos para o que está acontecendo não apenas porque tais atitudes prejudicam outras crianças, mas também para ajudar o agressor. A não aceitação dos pais e responsáveis sobre as atitudes dos filhos é muito comum. Entretanto, o assunto não pode ser esquecido de forma alguma. Mas como abordar os pais de quem pratica bullying?

A pedagoga Claudiane Quaglia, especialista em educação infantil e psicoterapia infantil da Clínica de Psicologia PSEQ, explica que essa conversa é necessária e deve ocorrer para que eles também auxiliem seus filhos. “Ao receberem esta notícia que o filho pratica bullying, os pais tendem a se sentirem culpados e questionam-se sobre o motivo para tal situação. Um desconforto aparente existe, mas o objetivo não é eleger culpados, mas, sim ajudar a criança/adolescente que está realizando este ato, pois provavelmente já foi vítima de bullying em outro momento e está somente reproduzindo o que vivenciou”, diz.

Mas nem sempre essa dificuldade para aceitar que o filho esteja cometendo bullying é apenas por culpa. Há casos, por exemplo, em que a criança tem uma personalidade calma e gentil em casa e com familiares e outra em determinado ambiente. “Assumimos diversas máscaras dependendo do papel social que está em questão. Com isso, a maneira como agimos em casa é diferente de como agimos no trabalho, num evento ou num clube, por exemplo. Crianças também são assim. E, na escola e nos grupos, elas podem assumir outras posições hierárquicas que lhes permitem experimentar personagens distintos, possibilitando, assim, o extravasar de suas frustrações e angústias”, alerta Bruna Richter.

Claudiane lembra, ainda, que é preciso falar sobre alguns comportamentos dos pais em casa, que podem ocasionar mais bullying, como achar graça ao saber das piadinhas que os filhos fazem ou dos apelidos que colocam nos colegas. “Há pais que, ao serem chamados pela escola ou por outras pessoas para conversar sobre o assunto, acham que é bobagem e brincadeira da idade. E não é, de forma alguma. Quando fazem isso, os pais estão, sim, validando a agressividade. É preciso, portanto, que os adultos ensinem que está errado, que é preciso respeitar o outro, que atitudes agressivas não serão toleradas. Tudo conversado de forma respeitosa, mas firme”, complementa.

Bruna diz, ainda que não são raros os casos de sujeitos que praticam bullying exatamente porque não foram expostos a limites bem estabelecidos em sua estrutura familiar. “A conduta aprendida, orientada e, principalmente, observada em casa, serve de parâmetro para os relacionamentos desenvolvidos futuramente. Acrescido a isso, lares onde não há consequências para ações negativas praticadas tendem a estimular o procedimento disruptivo”, enfatiza.

DICAS PARA OS PAIS

A seguir, a neuropsicóloga Milena Fernandes Mata, pontua 11 dicas para os responsáveis conversarem e praticarem com os filhos que praticam bullying para que mudem esse comportamento.

  1. Reflita com seu filho a diferença de brincadeira (onde ambas partem se divertem, não há agressões físicas ou psicológicas) de Bullying (apenas uma das partes se diverte);
  2. Pontue os efeitos psicológico que tais atitudes podem ocasionar na outra pessoa;
  3. Construa e estimule diálogos onde a criança ou adolescente se sinta visto, ouvido e acolhido em suas vivências. Ao mesmo tempo que seja convidado a refletir sobre seus comportamentos de modo geral;
  4. Ressalte as qualidades de seus filhos também! Elas servirão como estímulo para mudanças necessárias;
  5. Estimule uma postura empática, em que seu filho(a) se coloque no lugar do outro para pensar como seria se fosse com ele(a);
  6. Estimule pesquisa sobre o tema com leituras e vídeos que expliquem o que é o Bullying e suas consequências;
  7. Use suas vivências como forma de exemplos positivos para reflexões e mudanças. Ensine que errar faz parte e a forma como cuidamos disso é essencial;
  8. Se você, pai e mãe, surgirem como fator de influência, saiba pedir desculpas, pense e estabeleça com seu filho novas formas de agir. Não há nada mais efetivo do que aprender com nossos erros, tal qual observando como nossas referências lidam com os seus;
  9. Conte com uma rede de apoio familiar, de amigos e comunidade. Mas tome cuidado para não expor seu filho. Existem formas de ajudar sem ser invasivo;
  10. Crie uma aliança de apoio com os profissionais e pares do local onde o Bullying esteja ocorrendo;
  11. Se perceber a necessidade, procure um profissional especializado que possa auxiliar com o caso.

*PRISCILA CORREIA é jornalista, especializada no segmento materno-infantil. Entusiasta do empreendedorismo materno e da parentalidade positiva, é criadora do Aventuras Maternas, com conteúdo sobre educação infantil, responsabilidade social, saúde na infância, entre outros temas. Instagram:@aventurasmaternas

Tags: ajudaAventuras Maternasbullyingcomo evitarviolência
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