Muitos brasileiros enfrentam longas jornadas e acreditam que a identidade profissional define quem são. Na Dinamarca, a realidade é outra. Por lá, menos de 2% dos trabalhadores passam mais de 50 horas semanais no emprego, enquanto no Brasil esse número chega a 6%. O foco está na eficiência e no respeito ao tempo livre, o que melhora a qualidade de vida e reduz o estresse.
Para os dinamarqueses, a profissão é apenas uma parte da vida. “Adoro meu trabalho, mas ele não me define”, conta Lise-Lotte Wolthers, executiva de marketing que cresceu no Brasil e vive na Dinamarca há 18 anos, em entrevista à Forbes. Essa mentalidade reflete no ambiente corporativo: escritórios vazios após as 17h são comuns, e trabalhar até tarde pode ser visto como falta de organização.
Produtividade baseada em eficiência
Trabalhar menos e produzir mais é uma realidade no país. O segredo está na eficiência e no alto nível de escolaridade da população. Enquanto no Brasil 57% dos adultos concluem o ensino médio, na Dinamarca esse índice chega a 82%. Profissionais qualificados são mais produtivos, valorizam o tempo livre e equilibram melhor suas responsabilidades.
No mercado de trabalho dinamarquês, os resultados importam mais que a presença física. Se um funcionário trabalha além do horário, pode ser questionado sobre sua organização.
Vida em equilíbrio e qualidade de vida em primeiro lugar
A rotina dinamarquesa privilegia o lazer e os vínculos familiares. O país tem uma das melhores infraestruturas para ciclismo do mundo, permitindo que muitas pessoas troquem o carro pela bicicleta.
O tempo fora do trabalho é aproveitado com passeios ao ar livre, esportes e encontros sociais. No verão, é comum ver pessoas reunidas nos canais e parques. Além disso, os dinamarqueses valorizam o tempo em família: tanto homens quanto mulheres se envolvem ativamente nos cuidados com os filhos e a casa.
Salários altos e impostos proporcionam bem-estar
Os dinamarqueses recebem bons salários, mas também pagam impostos elevados. O mínimo por hora equivale a mais de R$ 20 mil mensais para uma jornada completa. No entanto, o custo de vida também é alto, chegando a ser 150% maior que no Brasil.
Contudo, os altos impostos garantem serviços de qualidade, como saúde e educação pública eficientes.
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