Salvador como polo tecnológico ganha força à medida que a cidade recebe investimentos, hubs de inovação e programas de qualificação profissional voltados à economia digital e ao empreendedorismo.
Essa transformação ocorre com apoio público, privado e da academia — e está moldando Salvador como um novo centro de tecnologia no Nordeste.
Quais são os principais projetos que formam o polo tecnológico em Salvador?
Vários projetos convergem para consolidar o polo tecnológico em Salvador — entre eles, hubs, parques tecnológicos e programas de formação. Aqui estão os destaques:
Hub Salvador
- Instalado em 2018, o Hub Salvador ocupa mais de 3.000 m² com coworking, auditório, estúdio audiovisual e mais de 400 estações de trabalho.
- A partir de 2024 o espaço passou a ser gerido pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Informática e Eletroeletrônica de Ilhéus (Cepedi), em parceria com entidades como Softex e Wayra, reforçando atuação em IoT, big data, indústria 4.0.
- O Hub apoia programas de aceleração para startups — por exemplo, em 2024/2025, dez empresas foram aceleradas com apoio técnico e mentorias.
Por que importa: o Hub Salvador funciona como uma “porta de entrada” do ecossistema de inovação da cidade, conectando startups, investidores, empresas e universidades.
Parque Tecnológico da Bahia (em Salvador)
- O parque está localizado na Avenida Paralela, em Salvador, e sua primeira etapa — o Tecnocentro — foi inaugurada em setembro de 2012.
- Em 2025, foi anunciado um pacote de investimentos que inclui a requalificação do Tecnocentro com cerca de R$ 20 milhões, criação de 12 novos espaços para startups e hub de inovação.
Por que importa: ao oferecer infraestrutura dedicada (laboratórios, coworkings, incubadoras), o parque tecnológico viabiliza a instalação de empresas de base tecnológica e pesquisa aplicada em Salvador.
SENAI CIMATEC Digital e Criativo – campus no Centro Histórico
- Está sendo instalado no prédio do Museu de Energia da Bahia (Praça da Sé), em Salvador.
- O polo “Cimatec Digital e Criativo” oferece formação em tecnologias digitais e economia criativa com 300 vagas previstas para 2025.
Por que importa: fomenta o capital humano qualificado que o polo tecnológico precisa — combinando tecnologia com criatividade e localização estratégica no Centro Histórico.
Programas de qualificação e inclusão tecnológica
- Em 2024 o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) lançou três projetos em Salvador: “Bahia + Tecnologia + Empreendedorismo” (capacitação de mil jovens), “Residência Games” (200 estudantes), e “Embarcatech” (mil estudantes em sistemas embarcados).
- Um projeto vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre) incluiu o Centro Público Digital de Economia Solidária (Cesol Digital) que oferece assistência técnica a empreendimentos de economia solidária.
Por que importa: a força de um polo tecnológico depende de pessoas capacitadas e da inclusão de talentos — esses programas ajudam a criar esse ecossistema.
Financiamento e fundos para startups
- O Banco do Nordeste (BNB) e o Hub Salvador anunciaram um fundo de investimento de R$ 120 milhões para startups da região Nordeste, com foco em Salvador, além de programa de aceleração.
- O apoio às empresas inovadoras ajuda a transformar boas ideias em negócios reais e escaláveis.
Por que importa: o financiamento é um dos elementos-chave para que o polo tecnológico não fique apenas em infraestrutura ou em discurso — mas em resultados concretos.

Por que o polo tecnológico em Salvador chama tanta atenção?
Alguns fatores tornam o “polo tecnológico em Salvador” mais relevante e promissor:
- Localização Estratégica e vocação regional: Salvador é capital da Bahia, possui massa crítica universitária, tradição cultural e oportunidades próprias de inovação no Nordeste.
- Infraestrutura em desenvolvimento: o Parque Tecnológico da Bahia e o Hub Salvador oferecem espaços físicos, pela primeira vez com investimentos expressivos em 2025.
- Capital humano e programas de formação: com iniciativas como a capacitação de jovens e economia criativa, o ecossistema ganha força.
- Integração pública‐privada‐academia: a cooperação entre governo, instituições de pesquisa, empresas, startups e investidores fortalece o ecossistema — conforme falado no evento Bahia Tech Experience 2025.
- Foco em setores estratégicos: tecnologia digital, economia criativa, sistemas embarcados, IoT e indústria 4.0 são nichos com alto potencial de crescimento.
Quais elementos tornam esse polo tecnológico único?
Aqui estão os destaques específicos que ajudam a diferenciar este ecossistema na capital baiana:
- Proximidade com o Centro Histórico: o campus “Cimatec Digital e Criativo” está localizado no prédio do Museu da Energia, Praça da Sé, trazendo inovação para o coração da cidade.
- Inclusão social e diversidade: há programas voltados para jovens de diferentes territórios de identidade e para economia solidária.
- Conexão com o ecossistema agronegócio, economia azul e setor naval: por meio do Parque Tecnológico, há hub de inovação para economia azul na Ribeira, Salvador.
- Grandes eventos que mobilizam o ecossistema: o “Bahia Tech Experience 2025” reuniu mais de 150 startups e expositores nacionais e internacionais.
- Fundo regional exclusivo para startups do Nordeste: ao invés de depender apenas de São Paulo ou Sudeste, Salvador se insere como polo regional de inovação.
Quem vai gostar do polo tecnológico em Salvador?
Este ambiente de inovação é especialmente relevante para os seguintes perfis:
- Startups e empreendedores que buscam aceleração, mentoria e acesso a investidores no Nordeste.
- Jovens profissionais ou estudantes interessados em tecnologia digital, economia criativa, IoT, sistemas embarcados.
- Empresas de médio porte que querem se instalar em um ambiente de inovação com incentivos regionais.
- Instituições de ensino ou pesquisa que procuram parcerias industriais ou demandas reais para conhecimento aplicado.
- Investidores ou fundos que desejam diversificar seu portfólio em regiões fora do eixo RJ-SP.
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Curiosidades sobre a construção desse polo tecnológico
- Em 2024 o MCTI anunciou que mais de R$ 70 milhões iriam para o estado da Bahia em programas de infraestrutura de pesquisa, formação e apoio à inovação.
- A startup Trackfy inaugurou em 2024 no Parque Tecnológico da Bahia um laboratório para testar tecnologias de IoT, Big Data e automação para construção civil e indústria.
- O Hub Salvador menciona que as startups aceleradas obtiveram apoio para “provas de conceito” em ambientes reais, com foco em desafios urbanos de Salvador.
- A parceria que lançou esse novo ecossistema conta com convênios entre secretaria estadual de CT&I, Sebrae, governo federal, além de aporte de R$ 15 milhões para o evento Bahia Tech Experience.
O que esperar do futuro do polo tecnológico em Salvador?
Se os projetos continuarem avançando conforme o planejado, podemos observar:
- A atração de mais empresas nacionais e internacionais para instalar centros de P&D ou unidades de inovação em Salvador.
- A geração de empregos de tecnologia de ponta na capital baiana e na região metropolitana.
- O fortalecimento de segmentos como economia azul, indústria naval, tecnologia para agronegócio e mobilidade urbana.
- A melhoria da infraestrutura de conexão, com redes de fibra óptica de alta velocidade, integrando educação, pesquisa e empresas.
- A consolidação de Salvador como um hub tecnológico reconhecido no Nordeste, ajudando a diversificar o ecossistema de inovação no Brasil.
O avanço tecnológico em Salvador
O movimento para tornar Salvador um polo tecnológico representa mais do que prédios e eventos — trata-se de construir um ecossistema sustentável de inovação, capital humano e investimentos relevantes. Se você estiver pensando em empreender, investir ou capacitar-se em tecnologia, este momento na cidade pode oferecer uma janela de oportunidade.
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