O Henley Passport Index é uma referência mundial quando se trata de mensurar a força dos passaportes, baseando-se na quantidade de destinos que seus portadores podem acessar sem a necessidade de visto prévio. Em 2025, o Brasil figura na 18ª posição desse ranking, com seus cidadãos podendo viajar livremente para 171 países, uma redução de uma posição em relação ao ano anterior. Enquanto isso, Singapura lidera o ranking, oferecendo acesso a 195 países sem visto.
A importância de medir a força dos passaportes vai além de simples estatísticas. Ela reflete o soft power de uma nação na cena global, tornando mais evidente a capacidade de seus cidadãos se movimentarem internacionalmente e realizarem negócios ou turismo com maior facilidade.
Qual o impacto dos passaportes mais poderosos?
No topo do Henley Passport Index, ao lado de Singapura, encontra-se o Japão, cujo passaporte permite entrada em 193 países sem visto. A terceira posição é dividida entre Finlândia, França, Alemanha, Itália, Coreia do Sul e Espanha, todos oferecendo acesso a 192 destinos. Países como Áustria e Dinamarca compartilham a quarta posição, enquanto na quinta posição, estão Bélgica, Nova Zelândia, Portugal, Suíça e Reino Unido, com acesso a 190 países.
Tal posicionamento no ranking não implica apenas em liberdade de viagem; é também um sinal de relações diplomáticas eficazes e de confiança mútua entre as nações, o que pode facilitar acordos comerciais e culturais.
Por que alguns passaportes perderam força?
Os Estados Unidos são um exemplo notável de declínio, perdendo posições de destaque nos últimos anos. Em 2014, os EUA estavam no topo junto com o Reino Unido, mas em 2025 caíram para a nona posição. Esta queda está associada, em parte, à falta de reciprocidade quanto à entrada de estrangeiros no país, refletida pelo baixo número de nacionalidades que podem entrar em solo americano sem visto.
Especialistas apontam que políticas isolacionistas contribuem para essa diminuição no poderio do passaporte americano. Durante a administração Trump, a tendência “America First” tornou a política externa mais voltada para dentro e menos inclusiva em termos de mobilidade global.
Os passaportes menos favorecidos do mundo: Quem são e por quê?
No outro extremo do índice, o Afeganistão possui o passaporte menos poderoso, com acesso sem visto a somente 26 destinos. A diferença entre passaportes como o de Singapura e o do Afeganistão reflete grandes disparidades em termos de poder de mobilidade global. Cidadãos de países como Síria, Iraque, Iêmen e Paquistão também enfrentam limitações similares, devido a restrições políticas e de segurança que afetam suas possibilidades de viagem.
Essas restrições podem agravar ainda mais o isolamento desses países, impactando negativamente suas economias e suas relações internacionais.
O futuro da mobilidade global e os desafios pela frente
O panorama de mobilidade global continua a evoluir à medida que os países ajustam suas políticas de imigração e relações internacionais. Exemplos como o passaporte chinês, que viu sua classificação subir ao longo dos anos, demonstram como mudanças estratégicas podem melhorar o poderio dos passaportes.
Por outro lado, as nações precisam equilibrar suas necessidades de segurança interna com a abertura para um fluxo maior de visitantes, garantindo assim um desenvolvimento sustentável de suas economias e uma maior integração no cenário mundial.