Segundo dados do Censo Demográfico de 2022, a cidade com maior proporção de idosos no Brasil é Niterói, no Rio de Janeiro. Aproximadamente 23% da população do município tem 60 anos ou mais, número bem acima da média nacional, que gira em torno de 15%.
Esse índice faz com que Niterói se destaque não só no cenário estadual, mas em todo o país. A combinação de boa infraestrutura urbana, acesso à saúde e qualidade de vida torna a cidade atrativa para a população idosa, tanto os que envelheceram ali quanto os que se mudaram após a aposentadoria.
Por que algumas cidades concentram mais idosos que outras?
Há vários fatores que explicam a concentração de idosos em determinadas regiões. Em primeiro lugar, cidades com bons indicadores de qualidade de vida, como segurança, acesso a serviços de saúde e mobilidade urbana eficiente, atraem aposentados que buscam conforto e bem-estar.
Além disso, muitos idosos preferem locais com custo de vida mais baixo ou clima mais ameno. Isso faz com que cidades do interior de São Paulo, do sul do Brasil ou do litoral fluminense apareçam com frequência nos rankings de envelhecimento populacional.
Quais outras cidades têm altos índices de envelhecimento?
Além de Niterói, outras cidades com grande proporção de idosos incluem:
- Santos (SP)
- Porto Alegre (RS)
- Florianópolis (SC)
- Vitória (ES)
- Campinas (SP)
Esses municípios possuem boa rede hospitalar, transporte acessível e atividades culturais ou de lazer voltadas ao público da terceira idade. Em muitos casos, há também políticas públicas específicas para idosos, como centros de convivência, programas de saúde preventiva e projetos de inclusão digital.
Qual o impacto do envelhecimento populacional nas cidades?
O aumento da população idosa muda a forma como as cidades devem se planejar. É necessário adaptar espaços públicos, capacitar profissionais de saúde e desenvolver políticas habitacionais que favoreçam esse grupo etário.
Além disso, há impactos econômicos importantes. Com mais idosos aposentados, a cidade precisa manter equilíbrio entre o número de contribuintes ativos e beneficiários do sistema previdenciário. Por outro lado, esse público movimenta setores como turismo, saúde e serviços especializados.
Como a expectativa de vida influencia essa distribuição?
A expectativa de vida no Brasil subiu nas últimas décadas e atualmente ultrapassa os 76 anos, de acordo com o IBGE. Regiões com melhores condições socioeconômicas costumam ter índices ainda mais altos, o que contribui para o crescimento da população idosa nesses locais.
Além disso, muitos idosos se mudam após se aposentar. Buscam cidades onde possam ter uma vida mais tranquila, com menos estresse e mais contato com a natureza. Essa migração também altera o perfil demográfico de municípios pequenos que passam a ter uma faixa etária mais elevada.
Qual o perfil socioeconômico da população idosa brasileira?
A maioria dos idosos brasileiros vive em áreas urbanas, recebe aposentadoria e depende do sistema público de saúde. No entanto, há um grupo crescente de pessoas acima dos 60 anos que continua ativa no mercado de trabalho, seja por necessidade financeira ou por escolha pessoal.
Além disso, o número de idosos com ensino superior e acesso à internet tem aumentado. Isso impacta o consumo de conteúdo digital, o uso de aplicativos e a demanda por serviços adaptados à terceira idade, como educação continuada e assistência domiciliar.
O que podemos aprender com o envelhecimento das cidades?
Entender qual a cidade com mais idosos no Brasil é também entender como o país está envelhecendo. Cidades que oferecem suporte à longevidade ativa se tornam referência para outras regiões e mostram que é possível envelhecer com dignidade.
Esse processo exige mudanças estruturais e culturais: desde a inclusão de idosos no mercado de trabalho até a criação de políticas urbanas mais inclusivas. A cidade que hoje lidera em envelhecimento pode ser, amanhã, modelo de sociedade mais preparada e acolhedora.
