O norte de Santa Catarina passou por uma situação crítica devido a fortes chuvas que atingiram a região nos dias 13 e 14 de um mês Tempestuoso. As cidades de Araquari e Guaramirim enfrentaram severas consequências, declarando situação de emergência. O temporal, acompanhado de ventos e raios, causou alagamentos, quedas de árvores e destelhamentos em várias áreas, afetando milhares de pessoas e infraestrutura local.
Em Araquari, mais de 350 moradores ficaram desabrigados quando as chuvas excederam o esperado para dois meses em apenas 48 horas, acumulando 160 milímetros de precipitação. Já em Blumenau, a tempestade também deixou marcas, com deslizamentos e alagamentos por toda a cidade. As autoridades locais trabalham para atender as ocorrências e amparar os afetados, enquanto o desafio para a recuperação permanece.
Quais foram os impactos nas comunidades indígenas de Araquari?
Além das áreas urbanas, as comunidades indígenas em Araquari também sofreram com os efeitos das chuvas. Uma aldeia teve casas destelhadas, afetando diretamente a segurança e a saúde dos habitantes. Um incidente específico envolveu um recém-nascido e sua mãe, que precisaram de cuidados médicos após o teto de sua residência ser danificado. Até o momento, ambos estão em recuperação em hospitais de Joinville, segundo informações das autoridades locais.
Alagamentos e Desabamentos em Guaramirim e Corupá
Em Guaramirim, o volume de água intenso resultou em alagamentos significativos em mais de 50 ruas e residências, além de deslizamentos em várias partes da cidade. Os bairros Centro, Amizade e Avaí estavam entre os mais afetados. A área rural também enfrentou perdas consideráveis, como a destruição de plantações que podem afetar a economia local.
Corupá sofreu com a rápida deterioração do clima. Ventos fortes causaram destelhamentos, enquanto a queda de árvores resultou na interrupção do fornecimento de energia elétrica para muitos residentes. Duas passagens principais foram bloqueadas, isolando cerca de 50 famílias. A cidade enfrenta o desafio de reconstruir e restaurar a infraestrutura básica.
Como a chuva influenciou infraestruturas em Joinville?
Joinville, uma das maiores cidades da região, também sofreu com os alagamentos rápidos e intensos. Em apenas meia hora, chuvas torrenciais transformaram ruas em rios, impactando a mobilidade urbana e o funcionamento do transporte público. Um pico de maré agravou a situação, elevando o nível das águas e retardando seu escoamento.
A operação do Terminal Central de transporte coletivo foi suspensa devido à situação, sendo retomada somente horas depois. Moradores enfrentaram dificuldades com quedas de árvores e interrupções no acesso às suas casas e serviços. As autoridades municipais estão mobilizadas para reparar estragos e restaurar a normalidade o mais rapidamente possível.
Desafios persistentes no vale do Itajaí
Blumenau e outras cidades do Vale do Itajaí permaneceram em alerta com a continuação de chuvas que causaram deslizamentos e falhas no fornecimento de energia. A Celesc, empresa de energia local, relatou interrupções significativas, com milhares de unidades afetadas. As equipes de resgate estão sobrecarregadas devido ao número elevado de ocorrências relacionadas aos deslizamentos.
A região também foi palco de um desaparecimento preocupante: um adolescente de 15 anos sumiu após entrar em um rio durante o temporal. A comunidade aguarda por notícias enquanto enfrenta a difícil realidade das condições climáticas adversas.