O Brasil se tornou um polo de congressos, feiras e conferências ao longo da última década. Essa expansão é fruto da combinação entre hotéis modernos, centros de convenções de grande porte e malha aérea que conecta diferentes continentes.
Além disso, o fortalecimento do turismo de negócios e o avanço da economia criativa impulsionaram investimentos em espaços preparados para receber milhares de visitantes. Esse cenário coloca o país em posição de destaque no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA).
Quais cidades brasileiras lideram em eventos internacionais?
São Paulo é a cidade que mais concentra eventos internacionais, com estruturas como o Expo Center Norte e o São Paulo Expo. A capital paulista recebe desde congressos médicos até grandes feiras de tecnologia e negócios.
O Rio de Janeiro vem logo em seguida, aproveitando sua visibilidade turística para sediar congressos científicos, culturais e esportivos. Já Brasília se destaca por conferências diplomáticas, encontros políticos e eventos ligados a organismos internacionais.
Como cidades fora do eixo Sudeste ganham relevância?
A descentralização também é um movimento importante. Salvador, Fortaleza e Porto Alegre ampliaram sua rede hoteleira e construíram centros de convenções modernos, atraindo feiras acadêmicas e encontros corporativos.
Cidades turísticas do interior, como Foz do Iguaçu, conseguem unir lazer e negócios. Além das Cataratas, a cidade abriga eventos de energia e sustentabilidade, tornando-se referência internacional em congressos temáticos.
Qual é o impacto econômico do turismo de eventos?
O turismo de negócios é um dos segmentos que mais gera receita no setor. Visitantes que viajam para eventos internacionais costumam permanecer mais dias, gastar mais com hospedagem, transporte e alimentação, além de consumir produtos locais.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), esse mercado movimenta bilhões de reais por ano e cria milhares de empregos diretos e indiretos. Além do impacto financeiro, os eventos fortalecem redes de contato globais e estimulam a economia criativa.
Quais são os principais desafios para ampliar o setor?
Apesar do crescimento, o Brasil enfrenta entraves para consolidar sua posição global. A conectividade aérea precisa ser expandida, principalmente em cidades que não estão no eixo Rio-São Paulo. Questões de segurança e logística também influenciam a escolha dos organizadores internacionais.
Outro ponto é a capacitação profissional. O domínio de línguas estrangeiras, a hospitalidade e a aplicação de tecnologia em eventos são fatores que tornam as cidades mais atrativas e competitivas no cenário internacional.
Como os eventos internacionais transformam as cidades brasileiras?
O efeito vai além da movimentação imediata na economia. Grandes eventos ajudam a projetar cidades no mapa mundial, atraem investimentos estrangeiros e estimulam setores como gastronomia, transporte e cultura.
Além disso, locais que recebem eventos internacionais passam a ser percebidos como centros de inovação, ciência e negócios. Isso fortalece a imagem do Brasil como destino confiável e estratégico para diferentes segmentos.
O que podemos aprender com a expansão do setor de eventos?
A trajetória das cidades brasileiras com mais eventos internacionais mostra como planejamento urbano, economia criativa e turismo de negócios estão conectados. Investir em infraestrutura e qualificação profissional resulta em ganhos econômicos e visibilidade global.
Mais do que receber congressos ou feiras, os destinos nacionais se consolidam como hubs de negócios e cultura. A tendência é que novas cidades entrem nesse circuito, reforçando a diversidade regional e ampliando a projeção internacional do país.