Um novo ciclone extratropical se forma no Sul do Brasil nesta sexta-feira (7) e promete mudar completamente o cenário climático do país nos próximos dias. Segundo o Climatempo, o fenômeno vem acompanhado de uma nova frente fria e deve provocar ventos que ultrapassam 100 km/h em estados como Rio Grande do Sul e São Paulo.
A expectativa é de que o sistema se organize totalmente no fim da noite desta sexta, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Durante a madrugada de sábado (8), ele avança para o litoral catarinense e, ao longo do dia, segue pelo mar em direção à costa de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O avanço do ciclone extratropical
Com o deslocamento rápido do sistema, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul já emitiu alertas para a população, especialmente nas regiões Noroeste e Norte do estado. Há risco de formação de tornados durante a tarde de sexta-feira, o que exige atenção redobrada de quem vive nessas áreas.
No domingo (9), o ciclone extratropical deve se afastar para o mar, com o centro estimado entre as costas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Mesmo distante da faixa continental, ele ainda pode gerar reflexos em boa parte do litoral Sudeste, com ventania e mar agitado.
Os ventos terão força suficiente para causar danos estruturais, como destelhamento de quiosques, embarcações danificadas e interrupção de energia elétrica.
Impactos em outras regiões do país
Embora o fenômeno tenha origem no Sul, as consequências da frente fria devem ser sentidas também em outras regiões. A instabilidade atmosférica vai provocar pancadas de chuva e variações bruscas de temperatura.
- Centro-Oeste: pancadas de chuva intensas e acumulados elevados, especialmente no sul de Mato Grosso do Sul. A instabilidade aumenta à tarde e pode atingir o norte de Goiás e o centro-leste de Mato Grosso.
- Nordeste: previsão de chuva para o sudoeste da Bahia, sul do Piauí e oeste do Maranhão, por influência indireta da frente fria.
- Norte: há possibilidade de chuvas de moderadas a fortes no centro-sul e oeste do Pará, leste do Amazonas, Roraima e Tocantins.
Essas áreas devem manter atenção especial para possíveis alagamentos e descargas elétricas.
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Alerta em São Paulo e no litoral Sudeste
Em São Paulo, a Defesa Civil estadual emitiu um alerta de tempestade severa. A previsão é de fortes chuvas, rajadas de vento acima de 100 km/h, raios e até queda de granizo em algumas cidades.
O órgão também ativou um Gabinete de Crise, preparado para responder rapidamente a possíveis emergências. As rajadas previstas chamam atenção pela intensidade e podem atingir até 115 km/h no Litoral Norte.
Para se ter uma ideia, ventos acima de 70 km/h já são suficientes para derrubar árvores e causar destelhamentos. Quando ultrapassam 100 km/h, os danos se tornam ainda mais graves, exigindo cuidado com estruturas e áreas abertas.

Como se proteger durante o fenômeno
Durante a passagem do ciclone e da frente fria, é importante adotar medidas simples que ajudam a evitar acidentes e prejuízos:
- Evite áreas arborizadas e não estacione veículos sob árvores.
- Recolha objetos soltos em varandas e quintais.
- Durante tempestades com raios, evite estruturas metálicas e contato com água.
- Não atravesse áreas alagadas.
- Se um fio energizado cair sobre o veículo, permaneça dentro do carro e acione o Corpo de Bombeiros.
- Em caso de emergência, ligue para a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193).
Essas orientações são fundamentais para reduzir riscos durante períodos de instabilidade intensa.
O que esperar para os próximos dias
Com a formação do ciclone extratropical, o clima deve permanecer instável até o início da próxima semana. A boa notícia é que, após o afastamento do sistema para o oceano, o tempo tende a se estabilizar gradualmente.
Ainda assim, os meteorologistas recomendam acompanhar os boletins oficiais e evitar deslocamentos desnecessários durante os picos de ventania e chuva.
Resumo: O novo ciclone extratropical traz consigo uma frente fria que deve provocar ventania, chuvas e possíveis estragos entre o Sul e o Sudeste do país. Diante do cenário, seguir as orientações da Defesa Civil e manter atenção aos alertas meteorológicos é a melhor forma de garantir segurança até que o fenômeno se dissipe.
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