Lidar com o tempo seco nem sempre é fácil, por isso, apostar em um umidificador de ar pode ser uma saída. Mesmo prático e eficiente para manter o nível da umidade de ar dentro dos padrões, o que facilita a respiração, o uso do item merece atenção, já que ele pode causar mofo. AnaMaria te explica como isso acontece e quais os cuidados necessários para ter um umidificador de ar em casa, confira!
Basicamente, o aparelho funciona convertendo água em vapor, que se espalha pelo ar, elevando o nível de umidade do cômodo. “Ele pode ser bem útil em climas secos ou durante o inverno, quando o uso de aquecedores tende a ressecar o ar. O aumento da umidade pode aliviar alguns problemas respiratórios, ressecamento da pele e outros desconfortos associados ao ar seco”, destaca o biólogo e professor no Aprova Total, Paulo Jubilut.
Com uma concentração maior de umidade no ar a respiração também fica mais confortável, mas quando em excesso, o ambiente se torna propício para algumas bactérias, fungos e vírus se proliferarem, pois eles preferem espaços mais úmidos para se estabelecerem, como explica o infectologista da rede AmorSaúde, Guilherme Roveri.
Umidade, mofo e os riscos para a saúde
O umidificador de ar por si só não causa mofo, mas sim quando usado de forma inadequada. O mofo, também conhecido como bolor, é um termo que se refere a várias espécies de fungos, que normalmente apresentam uma cor preta ou verde. E eles prosperam em ambientes úmidos. “Quando a umidade relativa do ar se mantém alta demais por longos períodos, o ambiente se torna perfeito para o crescimento desses fungos”, afirma o biólogo.
Além de trazer um aspecto desagradável para um ambiente, o mofo pode ser prejudicial aos seres humanos. Isso porque, se alguma partícula de fungo conseguir chegar até os pulmões e a região da garganta, podem surgir doenças respiratórias.
Assim, ele pode causar alergias, sendo um gatilho para a famosa rinite alérgica, causando espirros, coriza, olhos vermelhos e coceira. O bolor também pode agravar condições já existentes, como a asma e a bronquite, destaca o professor.
O infectologista alerta que para indivíduos imunossuprimidos – aqueles em radioterapia e quimioterapia, com uso de corticoides ou imunomoduladores em altas doses, pacientes com AIDs, pacientes transplantados, diabéticos descontrolados e com outras patologias que afetam o nosso sistema de defesa – a “porta está aberta” para infecções e para outras doenças. Isto é, o contato com o mofo pode agravar seu estado de saúde e exige uma maior atenção com o uso correto do umidificador de ar.
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Como evitar o mofo em casa?
Para evitar a proliferação desses organismos é impontante garantir que o umidificador de ar seja mantido limpo. Em casa, é interessante ainda aumentar a circulação de ar, mantendo as janelas e portas abertas, e monitorar os focos de umidade quando se faz uso do item. Se os primeiros sinais do mofo aparecerem, limpe o quanto antes.
Ser instalado seguindo as especificações dos órgãos especializados, passar por manutenção frequente e ter o funcionamento ocorrendo de acordo com as especificações do fabricante, seguindo o manual e o estabelecimento de todos os reparos necessários, são alguns passos fundamentais segundo o médico.
Roveri ainda destaca que, caso esteja em dúvida sobre a utilização do aparelho, é importante conversar com um médico, de preferência infectologista, para que ele oriente se o umidificador vai trazer mais malefícios ou benefícios ao seu estado de saúde.
Como dicas para evitar o mofo em casa ocasionado pelo uso do umidificador de ar, o biólogo orienta que limpe e desinfete com frequência o aparelho. “É importante também trocar a água do umidificador todos os dias. Além disso, o coloque em um local onde a névoa possa se dispersar bem, isso evita que a umidade excessiva se acumule em superfícies próximas”, afirma Jubilut.
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