Passar pelo processo de reforma pode ser, ao mesmo tempo, emocionante e desafiador. Planejar a transformação do lar envolve não apenas escolhas estéticas, mas também decisões financeiras e estruturais que impactam o resultado final. Muitas vezes, no entanto, alguns mitos sobre reforma podem atrapalhar o andamento da obra e gerar gastos desnecessários.
Gabriella Moreira, engenheira da GPM Engenharia, explica que boa parte dos problemas surge da falta de informação e da busca por soluções rápidas. “Reformar exige estratégia. Quando a obra é tratada com seriedade desde o orçamento até a execução, o processo flui com mais tranquilidade, previsibilidade e segurança”, afirma.
Conhecer o que é verdade e o que é mito nesse universo ajuda a evitar frustrações e a aproveitar melhor cada etapa da obra.
Planejamento importa mesmo em pequenas reformas
Muitas pessoas acreditam que reformas pequenas, como trocar revestimentos ou pintar ambientes, não exigem planejamento. Esse é um mito perigoso.
“Qualquer intervenção sem planejamento pode gerar retrabalhos, atrasos e custos extras. Ter um escopo claro evita dores de cabeça e garante um resultado mais profissional”, alerta Gabriella.
Portanto, mesmo ao realizar mudanças aparentemente simples, organize as etapas, verifique materiais e defina prioridades. Esse cuidado faz toda a diferença no resultado final.
Não é preciso gastar uma fortuna para ter qualidade
Outro equívoco comum é achar que quanto mais caro, melhor. A realidade é que o impacto da obra depende mais da estratégia do que do valor investido.
“Escolhas técnicas e criteriosas permitem equilibrar orçamento e resultado. Muitas vezes, trocar o layout ou modernizar acabamentos gera grande impacto visual e funcional sem ultrapassar o limite financeiro”, orienta Gabriella.
Essa abordagem evita gastos desnecessários e garante que cada decisão esteja alinhada ao propósito da reforma.

O valor do profissional especializado
Contratar um especialista costuma assustar por conta do custo, mas reformar sem apoio técnico costuma sair bem mais caro.
“Erros, retrabalhos, compras equivocadas e atrasos elevam o orçamento. Um engenheiro vê o que o cliente não vê, otimiza a obra e previne problemas estruturais e elétricos. O barato improvisado acaba custando caro depois”, reforça Gabriella.
Portanto, investir em orientação profissional é uma estratégia que protege seu patrimônio e tranquiliza todo o processo.
Definir prazo de obra é possível, mas com cautela
Muitos querem saber exatamente quanto tempo a reforma vai levar. A verdade é que definir prazo de obra é possível… até certo ponto.
Gabriella explica que, com planejamento e gerenciamento adequados, o cronograma se cumpre. No entanto, imprevistos como achados estruturais ou atrasos de fornecedores podem ocorrer. A chave é manter transparência, plano de ação e acompanhamento técnico constante.
Material caro nem sempre é sinônimo de durabilidade
Muitas pessoas acreditam que comprar o item mais caro garante qualidade. Na prática, o que realmente importa é a compatibilidade técnica.
“Cada obra tem uma necessidade específica. Existem materiais acessíveis, modernos e eficientes que atendem perfeitamente aos requisitos de durabilidade e estética. O importante é escolher o material correto para cada ambiente, não apenas o mais caro”, orienta Gabriella.
Morar no imóvel durante a obra é viável
Para quem deseja continuar morando no local, isso é possível, mas exige organização.
“Com cronograma setorizado e etapas bem definidas, conviver com a obra é viável. Sem esse controle, poeira, barulho e logística improvisada tornam o dia a dia caótico”, alerta Gabriella.
Portanto, planejar cada fase da reforma e estabelecer regras claras para convivência durante a obra garante conforto e segurança.
Resumo: Entender os mitos sobre reforma e aplicar estratégias de planejamento é essencial para transformar o lar sem estresse e com resultados duradouros. Investir em conhecimento, organização e orientação profissional permite equilibrar orçamento, prazos e estética, evitando surpresas e garantindo que cada detalhe da reforma seja aproveitado ao máximo.
Leia também:
Ainda dá tempo de reformar a casa para o final do ano? Confira dicas






