Um bebê recém-nascido pode passar de 16 a 20 horas por dia dormindo. Algumas medidas garantem a segurança dos bebês durante o sono, como sempre colocá-los para dormir de costas e nunca com objetos no berço. Além disso, o colchão para o berço é crucial para o bem-estar e para a saúde dos pequenos durante os primeiros dias de vida. Elementos como densidade, material e propriedades devem ser considerados ao buscar o produto ideal.
Para te ajudar a fazer a melhor escolha, pensando na saúde e segurança dos bebês, AnaMaria conversou com especialistas no tema. João Souza, especialista em colchões da Prohouse, destaca a densidade como principal aspecto a ser avaliado durante a pesquisa pelo colchão ideal para o berço.
“Colchões muito macios podem afundar excessivamente, comprometendo o conforto e a postura da criança. Por outro lado, as opções mais duras podem não oferecer o conforto necessário. Portanto, o D18 é recomendado por ser firme o suficiente para suportar o corpo do bebê de forma adequada, sem ser desconfortável”, explica João. A seguir, explicaremos a relação entre a escolha do colchão para o berço e a saúde dos bebês. Confira!
Colchão para o berço e a saúde do bebê
Popularmente conhecida como ‘morte no berço’, a síndrome da morte súbita Infantil (SMSI) acomete bebês saudáveis nos primeiros 12 meses de vida dos bebês. As causas são misteriosas na maioria dos casos. Porém, dois dos gatilhos para a SMIS são a asfixia por compressão das vias aéreas e a hipertermia — aumento da temperatura corporal — causada pela compressão da face contra o travesseiro ou o colchão.
“O colchão precisa ser firme para evitar riscos de sufocamento e síndrome da morte súbita Infantil e deve manter sua forma e não permitir que a cabeça do bebê afunde”, detalha Aline Piedade, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
O suporte adequado também afeta diretamente o desenvolvimento da coluna vertebral dos bebês nos primeiros meses de vida. Por isso, é fundamental escolher um colchão firme, o que impede que o corpo do bebê afunde, mantendo a coluna vertebral alinhada corretamente.
O que considerar na escolha do colchão para o bebê?
Densidade
Anna explica que os bebês precisam de colchões com maior firmeza que os adultos. É importante que o colchão seja firme e que se ajuste perfeitamente ao berço ou moisés, sem que fiquem vãos nos quais o bebê pode ficar preso. “Se você conseguir colocar mais de dois dedos entre colchão e berço, está inadequado”, orienta a pediatra.”
Para testar a firmeza, Aline orienta um teste simples: pressionando o colchão com a mão, ele deve retornar rapidamente à sua forma original. A mão não deve afundar facilmente. É essencial que o produto tenha as certificações do INMETRO e selo Pró-Espuma, que asseguram que o colchão atende aos padrões de qualidade e segurança necessários.
O selo Pró-Espuma é concedido pelo Instituto Nacional de Estudo do Repouso (INER), que submete os colchões a rigorosos testes de qualidade que garantem a densidade correta e a estrutura firme, essenciais para a segurança dos bebês.
Material
Alguns materiais devem ser evitados, como a espuma de memória, poliuretano e retardantes de chama, porque podem ser tóxicos. Evite colchões com molas, pois não proporcionam a mesma sustentação uniforme que os de espuma oferecem. “Aqueles feitos com espuma são ideais porque garantem uma superfície uniforme e firme, crucial para o amadurecimento da coluna vertebral do bebê”, ressalta João.
Prefira materiais naturais, como látex, algodão, linho ou fibra de coco, que são composições respiráveis. Se escolher por composições sintéticas, não deixe de ter certeza de que tem certificado INMETRO.
Propriedades antialérgicas
Certifique-se de que sua escolha tenha tratamento antialérgico para prevenir alergias e problemas respiratórios. “Esses colchões são projetados para resistir à proliferação de ácaros, fungos e outras bactérias, proporcionando um ambiente mais seguro e saudável para seu filho dormir”, orienta Souza.
Aline recomenda materiais hipoalergênicos e atenção especial a certificações que garantam a respirabilidade e a ausência de substâncias nocivas.
Ajuste do colchão para o berço
O ajuste do colchão também é outro fator que merece atenção: ele deve se encaixar perfeitamente no berço, sem deixar espaços onde o bebê possa ficar preso. É recomendado um espaço máximo de 20 mm entre o colchão e as laterais do berço.
Prefira sempre um colchão novo, mas se não for possível, é preciso certificar-se de que ele está em perfeitas condições para garantir a saúde do bebê. Isso porque colchões usados podem conter mofo, ácaros e bactérias, além de terem perdido a firmeza.
Adicionalmente, João recomenda o uso de capas protetoras impermeáveis que possam ser higienizadas com frequência, contribuindo para a durabilidade do colchão e prevenindo a proliferação de ácaros e bactérias.
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