Na correria do dia a dia, raramente paramos para olhar para o teto e pensar em como ele influencia a sensação que temos nos ambientes. Um detalhe que muitas vezes passa despercebido é o forro, elemento que vai muito além de estética: ele pode transformar a atmosfera de um espaço, trazendo acolhimento, elegância e até funcionalidade.
“Os forros não são apenas um acabamento. Eles organizam instalações, garantem aconchego e ainda contribuem para o estilo do espaço”, explicam os arquitetos Alexandre Pasquotto e Mariana Meneghisso, da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
Além de esconder vigas, tubulações e cabeamentos, o forro permite embutir iluminação, caixas de som e até cortinas automatizadas, unindo beleza e técnica em um único recurso.
Forro e bem-estar: conforto que faz diferença no dia a dia
Mais do que um detalhe decorativo, o forro impacta diretamente o bem-estar. Quando feito com materiais como drywall acústico, lã de rocha ou placas perfuradas, ele ajuda a reduzir ruídos, sendo ideal para home offices, salas de TV e outros espaços onde o silêncio faz falta.
“O forro pode ser um grande aliado ao conforto acústico e térmico, melhorando a experiência em cada ambiente”, ressalta Mariana Meneghisso.
Principais tipos de forro e como escolher o ideal
Existem diferentes tipos de forros, cada um com características próprias. Confira os mais utilizados:
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Drywall: preferido em residências por ser prático, rápido de instalar e versátil. Permite sancas, cortineiros embutidos e soluções acústicas.
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Madeira: transmite calor e aconchego, presente em projetos de alto padrão. Elegante e de baixa manutenção quando bem instalada.
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Gesso: versátil, permite desde desenhos discretos até sancas e rebaixos elaborados.
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Vinílico: leve e resistente à umidade, ideal para áreas externas cobertas, como varandas e espaços gourmet.
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PVC: comum em ambientes comerciais, fácil de limpar e acessível, mas menos utilizado em residências de médio e alto padrão.
Pasquotto alerta que alguns modelos estão saindo de cena: “O antigo forro de gesso em plaquinhas vem sendo substituído por drywall e opções mais modernas e funcionais”, comenta.
Altura mínima e planejamento do forro
Para que o ambiente seja confortável, é importante pensar na altura do forro desde o início do projeto. Segundo os arquitetos, luminárias de LED pedem entre 6 e 7 cm, enquanto equipamentos como ar-condicionado dutado podem exigir até 35 cm.
“Se o cliente decidir instalar um ar-condicionado depois, o espaço precisa ter sido previsto desde o começo”, reforça Alexandre Pasquotto.
Instalação correta garante durabilidade e segurança
A instalação do forro requer atenção. Módulos elétricos, caixas de passagem e reatores devem ser bem posicionados para evitar problemas futuros.
Elementos pesados, como coifas ou luminárias grandes, precisam ser fixados diretamente na laje, nunca no forro, para garantir segurança. Em cozinhas gourmet ou áreas que exigem maior proteção, materiais resistentes ao fogo são recomendados.
Em apartamentos menores, o forro pode ser aplicado apenas no perímetro do ambiente. Essa técnica valoriza a iluminação e a decoração sem comprometer a sensação de espaço.
Forro: união de estética, conforto e funcionalidade
Mais do que um detalhe, o forro combina estilo, conforto e praticidade. Ele organiza instalações, valoriza a iluminação, melhora a acústica e a temperatura dos ambientes, tornando cada espaço mais agradável e funcional.
Resumo: O forro é um recurso indispensável em projetos de arquitetura. Além de esconder instalações, proporciona aconchego, valoriza a decoração, melhora a acústica, controla a temperatura e contribui para o bem-estar no dia a dia.
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