Com a chegada de um novo ano, muitos brasileiros estão explorando novas maneiras de incrementar sua renda, e a profissão de motorista de aplicativo se destaca como uma alternativa atrativa. A flexibilidade nos horários e o potencial de ganhos significativos são alguns dos fatores que têm atraído trabalhadores para essa atividade. Um estudo realizado pela GigU, anteriormente conhecido como StopClub, apresenta dados relevantes sobre os rendimentos desses profissionais em diversas capitais do Brasil.
Nas grandes metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, os motoristas podem obter um faturamento anual expressivo. No Rio de Janeiro, por exemplo, o rendimento médio alcança R$ 86,4 mil por ano para aqueles que trabalham cerca de 54 horas por semana. Após considerar os custos operacionais – dos quais R$ 24,6 mil são destinados apenas ao combustível – o lucro líquido anual é estimado em R$ 39,6 mil.
Em São Paulo, o cenário é ainda mais promissor. Os motoristas conseguem um faturamento médio anual de R$ 102,8 mil com uma carga horária semanal de 60 horas. Apesar das despesas mais elevadas, o lucro líquido anual é considerável, atingindo R$ 51 mil.
Outras capitais, como Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, também apresentam números positivos, embora com variações específicas para cada localidade. Em Brasília, por exemplo, a média mensal fica em torno de R$ 6,4 mil, resultando em um lucro líquido de R$ 2,4 mil por mês. O tempo dedicado à atividade é de aproximadamente 50 horas semanais, equilibrando tempo e retorno financeiro.
Em Belo Horizonte, os motoristas conseguem cerca de R$ 7,7 mil mensais, com um lucro líquido mensal de R$ 3,5 mil. Já em Porto Alegre, a média mensal é de R$ 7,3 mil, com lucros líquidos também na faixa de R$ 3,1 mil mensais; ambos enfrentam custos operacionais em torno de R$ 4 mil mensais.
Os dados indicam que ser motorista de aplicativo pode proporcionar um retorno financeiro atrativo, especialmente em centros urbanos maiores. Contudo, é crucial que os profissionais estejam atentos aos custos operacionais associados à atividade. Despesas com combustível e manutenção do veículo podem impactar significativamente os ganhos líquidos dos motoristas, especialmente nas cidades onde o custo de vida é elevado.
Luiz Gustavo Neves, CEO da GigU, ressalta: “O sucesso na profissão depende da habilidade em gerenciar o tempo e as despesas. A flexibilidade nos horários e a possibilidade de ajustar a carga horária conforme a demanda são os principais atrativos dessa carreira”.
Para aqueles que estão considerando iniciar nesta carreira, é fundamental compreender o equilíbrio entre receitas e despesas. Embora essa profissão possa ser uma alternativa interessante para quem deseja aumentar a renda neste início de ano, é imprescindível que os motoristas realizem um planejamento cuidadoso e uma gestão eficiente do tempo e dos custos operacionais. Dessa forma, a atividade pode se revelar uma excelente oportunidade para quem busca flexibilidade e um acréscimo na renda.
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