O Brasil encerrou o segundo trimestre de 2025 com uma taxa de desemprego de 5,8%, o menor índice da série histórica iniciada em 2012. O resultado surpreendeu especialistas, ficando abaixo da expectativa de 6,0% prevista por pesquisas da Reuters e registrando uma queda expressiva em relação aos 7,0% do trimestre anterior, conforme repercutido pela Forbes.
Segundo o IBGE, no mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego havia sido de 6,9%, mostrando que o país mantém um cenário de recuperação consistente no mercado de trabalho.
Renda em alta impulsiona o consumo
O rendimento médio real mensal de todos os trabalhos atingiu R$ 3.477, estabelecendo um novo recorde. Isso representa crescimento de 1,1% sobre os três primeiros meses do ano e de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023.
Com salários mais altos, o consumo das famílias se mantém aquecido, favorecendo gastos e movimentando a economia. No entanto, especialistas alertam que esse cenário também pressiona a inflação, especialmente nos serviços, exigindo atenção do Banco Central.
Mercado de trabalho e resiliência frente a desafios
Apesar dos avanços, o mercado de trabalho brasileiro encara incertezas externas. Recentemente, o presidente dos EUA anunciou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, como carne bovina e café, que podem impactar setores importantes da economia.
“O mercado de trabalho tem inércia e resiliência. Ele não reage imediatamente a choques externos, como acontece com câmbio ou títulos. Precisamos acompanhar de perto os setores mais afetados”, observa Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa do IBGE.
Ocupação em crescimento e participação recorde
Nos três meses até junho, o número de desempregados caiu 17,4% em relação ao primeiro trimestre, totalizando 6,253 milhões de pessoas, e registrou queda de 15,4% na comparação anual. Ao mesmo tempo, o total de ocupados chegou a 102,316 milhões, crescimento de 1,8% no trimestre e 2,4% em relação ao ano passado.
O setor privado com carteira assinada atingiu 39,020 milhões de trabalhadores, outro recorde da série histórica, enquanto aqueles sem carteira cresceram 2,6%, somando 13,539 milhões. A taxa de participação na força de trabalho atingiu 62,4% e o nível de ocupação chegou a 58,8%, ambos valores inéditos.
Perspectivas para o futuro do mercado de trabalho
Com base nas novas projeções populacionais de 2024, incorporando os resultados do Censo de 2022, o IBGE reforça que o mercado de trabalho brasileiro apresenta sinais de solidez. Apesar de desafios externos, como tarifas internacionais, a tendência é que o país continue a registrar avanços no emprego e na renda, beneficiando famílias e economia.
Resumo: O Brasil registrou a menor taxa de desemprego desde 2012, com crescimento da ocupação e recorde de renda média. O mercado de trabalho mostra resiliência mesmo diante de tarifas internacionais, reforçando um cenário positivo para economia e consumo das famílias.
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