Ao final do ensino médio, muitos jovens se perguntam: “O que devo estudar para ter um bom futuro profissional?”. Em tempos de mudanças tecnológicas aceleradas, essa resposta ficou ainda mais desafiadora. Afinal, a chegada da inteligência artificial em diferentes setores do mercado transformou não apenas o jeito de trabalhar, mas também o que as empresas esperam dos profissionais.
Na Argentina, por exemplo, cursos da área de tecnologia têm ganhado força entre os jovens. Dados da Universidade de Buenos Aires mostram que graduações como Análise de Sistemas, Engenharia Informática e Engenharia Eletrônica estão entre as mais procuradas. Contudo, será que basta escolher uma carreira técnica para garantir sucesso no futuro?
A verdade é que, mais do que saber programar ou lidar com algoritmos, o mercado valoriza profissionais com capacidade de adaptação, pensamento crítico e, acima de tudo, habilidades que as máquinas ainda não conseguem reproduzir com excelência.
Profissões técnicas também estão entre as profissões ameaçadas pela IA
Segundo o próprio ChatGPT, diversas ocupações tradicionais podem enfrentar sérias transformações com a popularização da inteligência artificial. A contabilidade, por exemplo, está sendo automatizada com softwares que calculam impostos, fazem auditorias e até analisam balanços financeiros.
Na mesma linha, a tradução básica e a interpretação sem especialização correm o risco de perder espaço. Ferramentas como Google Tradutor e DeepL já fazem traduções automáticas com alta precisão. Por isso, os profissionais que atuam com traduções simples precisarão buscar diferenciação por meio de nichos específicos, como o jurídico, médico ou literário.
Jornalismo também está entre as profissões ameaçadas pela IA
Redações automatizadas, resumos de notícias e relatórios financeiros são algumas das tarefas que sistemas como o ChatGPT e o Gemini, do Google, já conseguem realizar com facilidade. Com isso, jornalistas que atuam de forma mais mecânica ou repetitiva podem, sim, ver seu espaço diminuir.
Por outro lado, o jornalismo investigativo e o trabalho de campo ainda são insubstituíveis. Reportagens com apuração presencial, contato direto com fontes e análise crítica seguem como diferencial humano. A máquina pode até escrever, mas não sente, não interpreta nuances sociais e não cria empatia com o público — algo essencial para contar boas histórias.
Muito além da técnica: o que as empresas vão valorizar
Apesar de tantos avanços, há uma boa notícia: características humanas seguem insubstituíveis. A criatividade, a empatia, a comunicação interpessoal e a capacidade de resolver problemas complexos são qualidades que continuam em alta.
A tendência é que, daqui para frente, os cursos e formações que estimulam esse tipo de habilidade ganhem cada vez mais espaço. Afinal, a inteligência artificial pode até otimizar tarefas, mas o olhar humano seguirá sendo essencial para decisões estratégicas, inovação e relacionamentos interpessoais.
Nem tudo está perdido: como se adaptar
Se você está em uma carreira citada como “ameaçada”, isso não significa que deve abandoná-la imediatamente. Em vez disso, é hora de se reinventar.
Atualize-se, invista em formação contínua, desenvolva habilidades socioemocionais e aproxime-se da tecnologia — em vez de tratá-la como vilã. Saber usar a inteligência artificial como aliada pode ser o diferencial entre manter-se relevante ou ser substituído por um algoritmo.
Resumo: A presença crescente da inteligência artificial no mercado de trabalho tem afetado diversas áreas, como contabilidade, tradução e jornalismo. Apesar disso, profissões com foco em habilidades humanas continuam em alta. O segredo está em se adaptar, aprender novas competências e usar a tecnologia a seu favor.
Leia também:
Veja se você está pronta para ser chefe