O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente que a taxa de desemprego chegou a 6,1% no trimestre encerrado em novembro – o menor índice desde o início da série histórica, em 2012. Mas o que, afinal, está por trás dessa redução? Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, explica que esse cenário positivo é resultado de diversos fatores que, somados, criam condições para mais contratações e renda no país.
Economia aquecida: o principal motor da queda no desemprego
De acordo com a especialista, a trajetória de crescimento econômico tem sido determinante para a redução da taxa de desemprego. Quando a economia está aquecida, como ocorreu em 2024, há mais consumo, o que estimula os empregadores a ampliarem suas equipes. Setores como o da construção civil, por exemplo, tiveram grande destaque, já que demandam muita mão de obra.
Por outro lado, atividades como a agricultura enfrentam desafios, como condições climáticas adversas, que limitam o crescimento da força de trabalho empregada. No entanto, o panorama geral do mercado é animador, com diferentes setores contribuindo para o aumento da população ocupada.
Adriana também destaca que a continuidade desse movimento dependerá do desempenho da economia nos próximos meses. “Qualquer mudança no mercado de trabalho estará atrelada ao ritmo da economia e à capacidade das atividades econômicas de gerar novas vagas”, ressalta.
Mais renda e carteira assinada: sinais de estabilidade
Outro ponto importante é o crescimento da massa salarial, que alcançou o recorde de R$ 332,7 bilhões no trimestre encerrado em novembro. Isso significa que mais pessoas estão empregadas e recebendo melhores salários, especialmente no setor formal. O número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39,1 milhões, o maior da história.
Os empregos formais são especialmente importantes porque oferecem salários mais altos e benefícios, o que contribui diretamente para o aumento do poder de compra das famílias. Esse ciclo positivo estimula ainda mais o mercado, criando condições para novas contratações.
Black Friday e o impacto nas contratações temporárias
Outro fator que ajudou a reduzir o desemprego foi o período de promoções da Black Friday, que movimentou o comércio e impulsionou contratações temporárias. Não foi apenas o varejo que se beneficiou. Áreas relacionadas, como transporte e logística, também registraram aumento na população ocupada, devido à maior demanda por entregas e armazenamento de produtos.
Vale destacar que o período promocional não se restringe mais à última sexta-feira de novembro. Muitas lojas começam as campanhas em outubro, o que, na prática, antecipa contratações e aquece ainda mais o mercado.
E o futuro?
Embora o cenário atual seja positivo, especialistas alertam para a necessidade de acompanhar os desdobramentos da economia. O crescimento da população ocupada e a continuidade da queda no desemprego dependem de fatores como estabilidade macroeconômica e políticas públicas que incentivem o consumo e a geração de empregos.
Se você quer entender mais sobre o mercado de trabalho e como as taxas de desemprego impactam o seu dia a dia, acompanhe as notícias regularmente e aproveite para revisar suas finanças pessoais. Afinal, com mais oportunidades surgindo, pode ser o momento ideal para investir em qualificação e buscar uma colocação no setor dos seus sonhos!
Por fim, confira conteúdos que expliquem como as mudanças no mercado de trabalho podem impactar o custo de vida e as tendências de consumo. Informação é sempre a melhor ferramenta para se preparar para o futuro!
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