A discussão sobre a escala 6×1 ganhou corpo ao longo de 2024, mas agora avança de vez em Brasília. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a PEC que altera o modelo tradicional de seis dias trabalhados para um de descanso. A decisão, que segue para o plenário, promete reorganizar a rotina de milhões de brasileiros. Embora a proposta ainda dependa de novas etapas, ela já provoca debates importantes sobre descanso, bem-estar e produtividade.
A mudança aponta para uma reconfiguração da jornada de trabalho, que poderá ficar mais enxuta ao longo dos próximos anos. O tema, que afeta desde setores industriais até comércio e serviços, deve transformar a relação entre tempo livre e vida profissional.
Como a nova jornada de trabalho será organizada
De acordo com o texto aprovado, a PEC prevê que a jornada de trabalho passe por uma redução gradual. Inicialmente, ela não poderá ultrapassar oito horas por dia, mas o limite semanal mudará ano a ano. O modelo final prevê 36 horas semanais, distribuídas em até cinco dias — um formato muito mais próximo dos padrões internacionais que buscam valorizar o descanso regular.
Além disso, o repouso semanal remunerado passará a ter, no mínimo, dois dias consecutivos, preferencialmente aos sábados e domingos. Essa alteração surge como resposta a um desejo antigo de muitas categorias, que, frequentemente, lidam com semanas extenuantes e pouco convívio social.
Como o processo será escalonado, as empresas terão tempo para reorganizar equipes, escalas e processos internos. Assim, ninguém precisará se adaptar de forma abrupta — algo essencial para evitar prejuízos tanto para negócios quanto para trabalhadores.

Redução gradual até chegar às 36 horas semanais
Segundo o texto, quando a proposta for aprovada, o primeiro passo será limitar a carga semanal a 44 horas até o fim do ano de aprovação. Em seguida, no ano posterior, o teto de horas trabalhadas cai para 40. A partir daí, a redução ocorre de maneira progressiva: uma hora a menos por ano até atingir as 36 horas semanais.
Caso o Congresso aprove a PEC em 2025, o novo cronograma começará a valer já em 2026. Assim, o país chega ao modelo final em 2030. Embora o processo seja longo, ele busca garantir equilíbrio entre saúde, produtividade e viabilidade econômica.
E por que tudo isso importa agora?
É importante destacar que nada muda de imediato. A PEC ainda precisa ser votada no plenário e depois analisada pelos deputados. Só então começará a transição que mexerá com a escala 6×1, com a jornada de trabalho e, finalmente, com a adoção das 36 horas semanais.
Resumo: A CCJ do Senado aprovou a PEC que modifica a escala 6×1 e reduz a carga horária semanal ao longo dos próximos anos. O texto prevê duas folgas semanais e uma redução gradual até chegar às 36 horas semanais. As regras só entram em vigor após nova votação no Senado e na Câmara.
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